Existem diversas matérias na bibliografia que os melhores líderes não devem mentir, que não se segue quem mente, etc. Bem...se há coisas que em Portugal andam atrasadas ou que a tradição ainda é o que era, esta é uma delas.
«Posso garantir que Rodríguez não será jogador do F.C. Porto Pinto da Costa, negando a transferência do então jogador do Benfica, que acabaria por assinar pelo F.C. Porto em Junho
«Se pagarem 39,9 milhões eu ponho o euro que falta» Pinto da Costa, falando da transferência de Quaresma, que acabaria por rumar ao Inter num negócio de 18,6 milhões mais o passe de Pelé
Coach do Coach
Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Inteligência espiritual...II
O que é inteligência espiritual?
É uma terceira inteligência, que coloca nossos actos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efectivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direcção pessoal.
O QS aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas acções.
Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neuronais. Um tipo de organização neuronal permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico.
Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afectado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.
Qual a diferença entre QE e QS? É o poder transformador. A inteligência emocional permite-nos julgar em que situação nos encontramos e a nos comportarmos apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual permite-nos perguntar se queremos estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para nós, e não apenas como as coisas afectam a nossa emoção e como reagimos a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade. No início do século XX, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um génio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milénio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era das actividades humanas.
Os especialistas identificam dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Essas pessoas:
1. Praticam e estimulam o auto conhecimento profundo
2. São levadas por valores. São idealistas
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade
4. São holísticas [capacidade de ver a relação entre coisas diversas]
5. Celebram a diversidade
6. Têm independência [capacidade de lutar contra as convenções]
7. Perguntam sempre "porquê?"
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo
9. Têm espontaneidade
10.Têm compaixão
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Inteligência Espiritual
Dei com este tema já há alguns meses, mas na semana passada, durante uma reunião, 'choquei' com ele novamente! Fiquei curioso e aqui vai:
A sociedade ocidental habituou-se a colocar em primeiro lugar a razão como o melhor meio de solucionar problemas lógicos e apreender a realidade. Por isso, os psicólogos desenvolveram testes para medir este tipo de inteligência o Q.I. (Quociente de Inteligência). Na década de 90, pesquisas realizadas por neurocientistas e psicólogos descobriram um novo tipo de inteligência: a inteligência emocional, que permite lidar com os sentimentos.
A sociedade ocidental habituou-se a colocar em primeiro lugar a razão como o melhor meio de solucionar problemas lógicos e apreender a realidade. Por isso, os psicólogos desenvolveram testes para medir este tipo de inteligência o Q.I. (Quociente de Inteligência). Na década de 90, pesquisas realizadas por neurocientistas e psicólogos descobriram um novo tipo de inteligência: a inteligência emocional, que permite lidar com os sentimentos.
Elementos como a empatia, compaixão, motivação e capacidade de reagir à dor e ao prazer reconstruíram a definição de inteligência. Mas novas pesquisas sobre o comportamento humano descobriram um terceiro factor essencial na descrição da inteligência humana: o Quociente Espiritual.
Segundo os estudiosos, é através da inteligência espiritual que resolvemos questões da ordem do valor. A inteligência espiritual insere cada comportamento humano num contexto mais vasto e profundo, gernado um sentido global na vida, avaliando cada acção à luz de uma perspectiva centrada no não-imediativismo. É a inteligência espiriutal que permite a criatividade do quebrar das regras e da subversão. O QE é a base necessária para o bom funcionamento da inteligência emocional. É a nossa inteligência final. É o elemento que permite a flexibilidade na adopção de normas rígidas. É a compreensão, o saber lidar com as questões do bem e do mal e a capacidade de imaginar outras situações. É o que permite a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro: é a compaixão.
Pergunto eu: isto servirá para os treinadores?
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Porque não te calas?! Ficava-te tão bem
Agora, depois de o ex-seleccionador lhe ter "passado a perna" e assinado com um clube em pleno Mundial, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol achou por bem comentar o caso maior da "era" Scolari na Selecção. Em entrevista ao Porto Canal, Madaíl afirma não perceber essa e outras situações, referindo ter tido pena de Vítor Baía não ser chamado à Selecção.
Ora se o sr. Gilberto Madaíl estava tão inconformado com algumas situações e admirado por outras, tal como ele mesmo disse, não teria sido na altura, enquanto Scolari ainda comandava a Selecção Nacional, o momento de pôr esses assuntos na mesa?!
Pergunto eu...que liderança é esta? E se preocupasse mais com o estado actual da nossa Selecção? Mas tenho este defeito de perguntar muita coisa!
fonte: relvado
Quando começa um jogo de futebol?
No rescaldo da jornada 12, os treinadores dos três grandes afirmaram na generalidade que as suas equipas passaram os primeiros 45 minutos a 'não fazer grande coisa'.
Até para o mais comum dos mortais, o que da vontade de perguntar é...o porquê?! Será que ninguém exige que apesar dos desníveis que devem existir num jogo, independentemente da modalidade, que o facto das equipas mais profissionais, com os melhores jogadores, treinadores, etc...percam 45' constantemente e não estejam nem focados nem concentrados?
Problemas de quê?
Bem vindo a Portugal Quique!
Todos eles fazem um esforço por serem diferentes. Lembro-me dos mais recentes: Boby Robson, Boloni, Eriksson, Trapattoni, Koeman e agora Quique.
Mas não dá, devem pensar eles lá no fundo das suas incertezas. Quique durou 12 jornadas até perceber no que se veio meter. A tradição em algumas coisas não muda, indo ao encontro do anúncio...em que a tradição ainda é o que era.
Depois do jogo Benfica-Nacional, Quique parece que explodiu. Como dizia Pedro Henriques, árbitro do respectivo jogo, na defesa da sua tese de mestrado...independentemente da decisão que se toma, é preciso estar convicto. Ele pareceu...
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Jogos de Mourinho - I
José Mourinho afirmou que não considera Cristiano Ronaldo o melhor jogador do mundo, preferindo por exemplo...o 'seu' Ibrahimovic ao português.
Não será alheio o facto do sorteio da Liga dos Campeões ter proporcionado um Manchester United-Inter de Milão. Ou seja, já começamos a ver os jogos psicológicos de Mourinho de forma a incentivar o seu jogador e/ou desgastar Ronaldo. Vamos ver o que se vai passar no terreno de jogo!
Não será alheio o facto do sorteio da Liga dos Campeões ter proporcionado um Manchester United-Inter de Milão. Ou seja, já começamos a ver os jogos psicológicos de Mourinho de forma a incentivar o seu jogador e/ou desgastar Ronaldo. Vamos ver o que se vai passar no terreno de jogo!
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Receio de Flores?
Fernando Guerra, cronista no jornal 'A Bola', faz referência a algo que já me tinha ocorrido relativamente a alguns comportamentos do treinador da equipa benfiquista de futebol Quique Flores.
Até agora Quique tem-se mostrado bem melhor comunicador que gestor do potencial técnico dos seus jogadores. Melhor comunicador pelo menos para fora, para a tv, rádio, jornais, conferências, etc. Não consigo medir para dentro do balneário, mas cá para fora, vende a sua mensagem. Alguém dizia que se 'dizes e não ouvem é porque não disseste' e neste caso específico, duvido que Quique não tenha conquistado uma grande maioria das pessoas que o ouvem.
O problema é que tem-se verificado que no jogo jogado, Quique é diferente. Ou seja, se domina as palavras, ao nível das suas emoções...percebe-se que demonstra diversas vezes receio, sendo medroso em muitas das suas apostas. Podem dizer que é calculista...mas os resultados demonstram que é mais medroso do que calculista.
Para surpresa de muitos...eu incluído, o último discurso foi também ele calculista/medroso...o objectivo é o apuramento para a LC? Mas isso também era o objectivo dos últimos treinadores com um plantel com metade da qualidade deste! E muitas das vezes sem gastar um terço do que se gastou neste! Alguém consegue explicar se isto faz parte de alguma estratégia ou é mesmo assim?!
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Artigo de Jorge Araújo
Formar e preparar equipas vencedoras. Algo que pede capacidades extremamente exigentes, seja no desporto, seja nas empresas. Como consegui-lo?
Liderar jogadores, para que trabalhem em equipa, constituiu sempre um desafio de enorme complexidade e exigência. Todo o ser humano tem como objectivo principal a sua afirmação individual e só depois – se o mobilizarem nesse sentido – será capaz de se concentrar nos interesses colectivos. O que ilustra como é difícil tentar aperfeiçoar interacções pessoais e técnicas entre indivíduos cujos objectivos particulares estão muitas vezes longe de ser compatíveis.
«O que ganho eu com isso?», perguntavam-me os jogadores. Questão central… Precisava de convencê-los de que, através da equipa e do respectivo sucesso colectivo, cada um deles teria algo de significativo a ganhar. Tinha de conseguir fazê-los interiorizar que, contribuindo individualmente para que o todo fosse maior do que a soma das partes, retirariam daí o retorno positivo que almejavam.
Como consegui-lo? Potenciando a mobilização das vontades individuais ao serviço do colectivo. Se nunca os abandona a motivação respectiva, na defesa dos interesses individuais, então teria de ser capaz de conseguir que, atingindo a equipa os seus objectivos, cada um dos jogadores ganhasse com isso algo de significativo.
Se cada jogador era tão sensível ao facto de ter de ganhar algo, sempre que se entregasse ao colectivo, cumpria-me ser capaz de me ajustar às diferenças que revelavam, ver a minha autoridade reconhecida mais do que imposta e possuir em cada momento da vida das equipas que dirigia uma visão clara do que pretendia alcançar a nível individual e colectivo.
Tinha forçosamente de me adaptar e de conseguir potenciar os constantes fluxos e refluxos motivacionais provocados pelos egoísmos dos jogadores, na busca de uma fundamental coesão de processos e de uma necessária relação social e também de uma identificação colectiva.
Uma sincronização dos movimentos colectivos e individuais e clareza na definição e na coordenação de tarefas de cada jogador.
Profundos laços sociais e afectivos, potenciando uma cooperação e uma entreajuda sem reservas de qualquer espécie. Um alinhamento claro de todos os jogadores ao serviço dos objectivos colectivos a atingir e fortes sentimentos de orgulho de pertença à equipa.
Todos os jogadores que conheci – naturalmente uns mais do que outros – debatiam-se entre afirmarem-se individualmente e o prazer de fazerem parte de uma equipa com a qual se sentissem envolvidos.
O que, em complemento do que já ficou dito para trás, permite concluir que reside nesta aparente contradição um dos mais apaixonantes aspectos de tudo o que diz respeito ao trabalho em equipa. Por um lado, somos uns inveterados egoístas; por outro, temos o desejo constante de fazer parte de um colectivo que nos complemente e que nos dê espaço quanto baste para, através dele, também nos afirmarmos individualmente. De entre os jogadores que comigo trabalharam, os que fizeram a diferença para melhor foram precisamente aqueles que sabiam utilizar a equipa e os seus resultados como uma oportunidade de afirmação e desenvolvimento pessoal.
As competências comportamentais desses jogadores e a forma como se relacionavam com os restantes foram atributos que os distinguiram no modo como contribuíam para a equipa sem nunca se deixarem diluir totalmente no interesse colectivo. Eram maduros, seguros, confiantes, preocupados com os outros, sempre capazes de estabelecer laços de confiança com todos os que os rodeavam.
Geriam bem as suas emoções sob pressão, contribuíam pela positiva para o desenvolvimento de dinâmicas na equipa ao serviço do aumento da respectiva eficácia. Tinham uma constante atitude positiva e influenciavam a equipa de modo marcante. Por sua vez, em termos colectivos, onde é que registei diferenças no que respeita às equipas com que alcancei sucesso?
As diferentes personalidades nelas existentes complementavam-se e completavam-se. Nelas existiam afinidades que lhes potenciavam as acções em comum, funcionando quase sempre numa simbiose perfeita entre estarem focadas nas tarefas e nos objectivos comuns a alcançar e, em simultâneo, estabelecerem fortes laços de inter-relação social. Demonstravam índices de coesão acima da média e davam respostas diversificadas às naturais dificuldades impostas pelo confronto com a realidade.
Formar e preparar equipas vencedoras foi naturalmente um dos meus objectivos ao longo dos anos. E para o conseguir fui percebendo a partir de uma certa altura que me eram pedidas capacidades extremamente exigentes. Para além de o facto de ser treinador me ter exigido uma mudança profunda do meu comportamento. Quem joga são os jogadores e não o treinador, razão pela qual tive de assumir como objectivo principal que os jogadores fossem autónomos e capazes de se auto-disciplinarem, auto-motivarem e auto-prepararem.
Liderar jogadores, para que trabalhem em equipa, constituiu sempre um desafio de enorme complexidade e exigência. Todo o ser humano tem como objectivo principal a sua afirmação individual e só depois – se o mobilizarem nesse sentido – será capaz de se concentrar nos interesses colectivos. O que ilustra como é difícil tentar aperfeiçoar interacções pessoais e técnicas entre indivíduos cujos objectivos particulares estão muitas vezes longe de ser compatíveis.
«O que ganho eu com isso?», perguntavam-me os jogadores. Questão central… Precisava de convencê-los de que, através da equipa e do respectivo sucesso colectivo, cada um deles teria algo de significativo a ganhar. Tinha de conseguir fazê-los interiorizar que, contribuindo individualmente para que o todo fosse maior do que a soma das partes, retirariam daí o retorno positivo que almejavam.
Como consegui-lo? Potenciando a mobilização das vontades individuais ao serviço do colectivo. Se nunca os abandona a motivação respectiva, na defesa dos interesses individuais, então teria de ser capaz de conseguir que, atingindo a equipa os seus objectivos, cada um dos jogadores ganhasse com isso algo de significativo.
Se cada jogador era tão sensível ao facto de ter de ganhar algo, sempre que se entregasse ao colectivo, cumpria-me ser capaz de me ajustar às diferenças que revelavam, ver a minha autoridade reconhecida mais do que imposta e possuir em cada momento da vida das equipas que dirigia uma visão clara do que pretendia alcançar a nível individual e colectivo.
Tinha forçosamente de me adaptar e de conseguir potenciar os constantes fluxos e refluxos motivacionais provocados pelos egoísmos dos jogadores, na busca de uma fundamental coesão de processos e de uma necessária relação social e também de uma identificação colectiva.
Uma sincronização dos movimentos colectivos e individuais e clareza na definição e na coordenação de tarefas de cada jogador.
Profundos laços sociais e afectivos, potenciando uma cooperação e uma entreajuda sem reservas de qualquer espécie. Um alinhamento claro de todos os jogadores ao serviço dos objectivos colectivos a atingir e fortes sentimentos de orgulho de pertença à equipa.
Todos os jogadores que conheci – naturalmente uns mais do que outros – debatiam-se entre afirmarem-se individualmente e o prazer de fazerem parte de uma equipa com a qual se sentissem envolvidos.
O que, em complemento do que já ficou dito para trás, permite concluir que reside nesta aparente contradição um dos mais apaixonantes aspectos de tudo o que diz respeito ao trabalho em equipa. Por um lado, somos uns inveterados egoístas; por outro, temos o desejo constante de fazer parte de um colectivo que nos complemente e que nos dê espaço quanto baste para, através dele, também nos afirmarmos individualmente. De entre os jogadores que comigo trabalharam, os que fizeram a diferença para melhor foram precisamente aqueles que sabiam utilizar a equipa e os seus resultados como uma oportunidade de afirmação e desenvolvimento pessoal.
As competências comportamentais desses jogadores e a forma como se relacionavam com os restantes foram atributos que os distinguiram no modo como contribuíam para a equipa sem nunca se deixarem diluir totalmente no interesse colectivo. Eram maduros, seguros, confiantes, preocupados com os outros, sempre capazes de estabelecer laços de confiança com todos os que os rodeavam.
Geriam bem as suas emoções sob pressão, contribuíam pela positiva para o desenvolvimento de dinâmicas na equipa ao serviço do aumento da respectiva eficácia. Tinham uma constante atitude positiva e influenciavam a equipa de modo marcante. Por sua vez, em termos colectivos, onde é que registei diferenças no que respeita às equipas com que alcancei sucesso?
As diferentes personalidades nelas existentes complementavam-se e completavam-se. Nelas existiam afinidades que lhes potenciavam as acções em comum, funcionando quase sempre numa simbiose perfeita entre estarem focadas nas tarefas e nos objectivos comuns a alcançar e, em simultâneo, estabelecerem fortes laços de inter-relação social. Demonstravam índices de coesão acima da média e davam respostas diversificadas às naturais dificuldades impostas pelo confronto com a realidade.
Formar e preparar equipas vencedoras foi naturalmente um dos meus objectivos ao longo dos anos. E para o conseguir fui percebendo a partir de uma certa altura que me eram pedidas capacidades extremamente exigentes. Para além de o facto de ser treinador me ter exigido uma mudança profunda do meu comportamento. Quem joga são os jogadores e não o treinador, razão pela qual tive de assumir como objectivo principal que os jogadores fossem autónomos e capazes de se auto-disciplinarem, auto-motivarem e auto-prepararem.
Tal como aprendi, com o passar dos anos, que não há qualquer aparente contradição entre a necessidade que o treinador tem de legitimar e valorizar a sua função e a percepção gradual que vai adquirindo ao longo do tempo; a de que o rendimento da sua equipa, num certo sentido, melhora quanto mais os jogadores menos dele precisem.
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sábado, 13 de dezembro de 2008
Bom artigo sobre o papel pedagógico do Treinador - José Mourinho
Artigo do jornal "Record" sobre o papel de José Mourinho no tratamento dos jogadores do Inter de Milan:
José Mourinho sempre foi um treinador rígido em questões disciplinares e esse é, sem dúvida, um dos segredos do seu sucesso como treinador de futebol. Mas, da mesma forma que castiga os seus jogadores e os critica na praça pública é o primeiro a abrir-lhes a porta da reconciliação e a dar-lhes uma nova oportunidade.Depois, há dois tipos de jogadores.
Há os que percebem a mensagem do treinador, agarram a oportunidade com unhas e dentes e assim que marcam um golo correm para os braços do "pai" que semanas antes lhes aplicou um severo castigo e há... Adriano!O brasileiro do Inter é a imagem do mau profissionalismo. Mourinho sempre denotou uma grande preocupação em recuperar o avançado e concedeu-lhe várias oportunidades que o brasileiro desperdiça, umas atrás das outras.Desta vez, chegou adiantado ao treino matinal mas porque vinha directamente de uma noite de copos com o seu compatriota Maicon. Ambos levaram guia de marcha. O lateral-direito para curar a bebedeira em casa; o avançado para ficar em casa... definitivamente!
É que embora o presidente do Inter, Massimo Moratti, se tenha apressado a dizer que "tudo foi um equívoco" e que espera "que se entendam rapidamente com Mourinho", a paciência tem limites. E da mesma forma que o português já mostrou que sabe perdoar, também já mostrou, noutras ocasiões, que a sua paciência também tem limites.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Mulher para motivar!
Juande Ramos, para dizer aos jogadores o que quer antes dos jogos precisa por vezes de ajuda. É verdade que não precisa de a procurar muito longe, mas precisa dela. É o mito de "por trás de um grande homem há uma grande mulher". A mulher, Consuelo Ferrandiz, é psicóloga e é ela que o ajuda a encontrar as palavras para motivar e espicaçar os seus jogadores, quando é preciso fazê-lo nas palestras antes dos jogos - e isso é quase em todos os jogos, obviamente.
E esta hem?
Quem puxa quem
De volta ao blog após uns dias por terras de Napoleão, encontrei esta frase de Scolari quando ainda estava na nossa Selecção de Futebol:
"Um não carrega 20, mas 20 carregam um."
Falava ainda sobre as possibilidades da Selecção no Euro 2008. Para começar, Scolari não podia ser mais claro: "Esta selecção ainda não é uma equipa e precisa desse fundir de talentos e vontades para ser feliz no Euro 2008; e Cristiano Ronaldo, o incontestável craque da equipa, a bandeira de sucesso deste grupo, será tanto mais útil e eficaz quanto se integre no colectivo."
Parece-me hoje e agora, que para além desta teoria, Scolari consegue também colocá-la em prática. E isso era importante para as classificações.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Golos e mais golos!
Para quem gosta de golos, acompanhar as equipas portuguesas esta semana foi um simples espectáculo. Seis na semana passada contra o Brasil, mais cinco ontem entre o Sporting e um Barcelona económico e mais cinco hoje entre o Benfica que somente a nível interno faz algo contra um primeiro classificado, mas de um campeonato que se julga inferior ao português!
Algo vai mal por aqui! Salvem-se o FCP e o Braga!
Algo vai mal por aqui! Salvem-se o FCP e o Braga!
A comunicação tem disto...
Existem diversas teorias que os treinadores deviam pensar mesmo antes do jogo realizar-se, o que deveriam dizer na conferência depois do jogo.
Claro que não é pacífico, mas cada vez mais se nota que os treinadores estudam o que devem dizer e treinam a parte comunicacional. Paulo Bento, que sinceramente não me parece encaixar-se para já neste perfil, das duas vezes que se queixou do nojo que era estão paixão pela arbitragem, teve dois jogos onde perdeu bem e sem qualquer erro de arbitragem.
Azar ou não, coincidência ou não, a comunicação tem esta capacidade de poder-nos fazer reflectir. Depois do jogo em Alvalade contra o Porto, perdeu em casa com o Leixões sem dó, depois do jogo em Naval, perdeu em casa com o Barcelona...sem espinhas.
Comunicar é muito mais que chamar nomes a alguém!
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Como motivar
Paulo Sousa parece contar com os golos do avançado Dexter Blackstock (do novo clube do treinador Português), que vinha atravessando uma crise de confiança. «Falei com ele um dia antes do jogo. Estivemos a rever os golos dele. »
A revisão do melhores momentos e como factor construtivo é uma das melhores formas de balizar positivamente.
sábado, 22 de novembro de 2008
Onde posso assinar por baixo?
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Enganado ou não?
Carlos Queiroz após a derrota de 6-2 com o Brasil afirmou: "Já sei quem não vai para a selva comigo" utilizando uma velha expressão de quem são as pessoas de máxima confiança que levaria para a guerra.
Sinceramente acho que Queiroz está enganado. A questão parece-me claramente quem são os jogadores que querem e confiam em Queiroz para ir para dentro do campo, a guerra deles. Contra o Brasil o que se viu é que os jogadores brasileiros estavam na guerra com Dunga.
A outra imagem que fica ou deverá ficar é: que pensará um jogador num momento de crise ao olhar para o seu farol (banco de suplentes onde está o Treinador) e observar o Treinador com as mãos na cabeça desesperado?
Sinceramente acho que Queiroz está enganado. A questão parece-me claramente quem são os jogadores que querem e confiam em Queiroz para ir para dentro do campo, a guerra deles. Contra o Brasil o que se viu é que os jogadores brasileiros estavam na guerra com Dunga.
A outra imagem que fica ou deverá ficar é: que pensará um jogador num momento de crise ao olhar para o seu farol (banco de suplentes onde está o Treinador) e observar o Treinador com as mãos na cabeça desesperado?
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Strokes aos nossos atletas
O stroke é um sinal de feedback que se dá a uma pessoa, a um atleta, jogador, etc. A verdade é que cada vez mais existem queixas dos líderes, também de equipas, darem pouco feedback, especialmente o positivo.
O que é isso de um stroke? É um sinal de reconhecimeno incondicional sobre alguém, se for dado de forma construtiva. Para um jogador, com maior ou menor necessidade, os strokes são como as necessidades básicas, tão importantes para um atleta como o sistema de treino. O treinador está a dizer ao jogador que "ele existe". Não o podemos guardar só para quando as coisas correm bem ou mal, é sempre vital dá-los. Adaptá-los aos contextos, mas dar strokes aos atletas.
Nestes comportamentos, o treinador tem de dominar a ferramenta da comunicação, saber escutar, observar, verificar o input que o atleta reconheceu. O treinador tem claramente de perceber os quadros de referência dos atletas...não são todos iguais...se queremos tratar todos da mesma forma, mais tarde perderemos algum.
Para os treinadores é preciso saber dar, receber também, pois existem diversos strokes positivos e negativos por parte dos jogadores. É preciso também pedir e recusar por vezes. Não é fácil.
A importância de strokes para a motivação individual é de reforçar a auto-estima, dar confiança. assegurar que o atleta está no comportamento desejado, premiar o esforço e promover a mudança, a melhoria.
Para o colectivo, os strokes criam modelos, incentivam ao desenvolvimento de competências semelhantes em outros, passam uma mensagem de justiça, de qualidade evidenciada.
A identidade do jogador 'naquela' equipa
Todos os jogadores quando chegam a uma equipa confrontam-se com a conquista do seu espaço. Umas vezes essa luta é mais árdua, outras ocorre de forma natural e por vezes, o seu espaço é definido anteriormente por alguém...criando uma pressão ou não.
O jogador depara-se com passagens de diferentes níveis da sua identidade ali, 'naquela' equipa. Primeiro...é a imagem que o jogador tem dele, a sua confiança, o que ele pensa que deverá assumir e onde se vê!
Segundo, o jogador depara-se com o que pensam dele. Os seus colegas, equipa técnica e restantes dirigentes. Depois, o jogador e o ambiente em seu redor...o seu estatuto, expectativas, dimensão dos seus actos, etc. Por último, o jogador e a competição, onde são avaliadas as suas prestações, evolução, dados, estatísticas.
Há claramente jogadores, novos ou experientes, que vivem bem com estas exigências e fases diferentes da identidade dos jogadores na conquista do seu espaço nos plantéis.
Inteligência colectiva no...desporto
Nalgumas conversa que tenho tido com treinadores das mais diversas modalidades, principalmente colectivas, questiono sobre o papel dos jogadores e equipa na construção das regras do conjunto. E dos valores porque se regem. E dos objectivos. Pergunto se estão alinhados.
Bem sabem que nas empresas é, ou melhor, deveria ser assim. Será que no desporto também dá? Estarão os treinadores preparados para escutar e levar em linha de conta as opiniões dos seus jogadores para o regulamento interno do clube? E da equipa? Os objectivos deles...são os mesmos que os dos treinadores só porque estes impõem?
"Os jogadores estão sempre dispostos a enfrentar os maiores desafios, desde que esses sejam os seus desafios" disse Wyane Smith, treinador dos All-Blacks. Será que os treinadores vão nisto? Para uma melhor sinergia entre todos, devemos:
- co-responsabilizar todos na construção da visão da equipa, podendo mesmo ser com pesos difrentes, mas todos devem sentir aquilo também deles;
- gerir o processo...umas vezes deixar andar, outras insistir mais, facilitar a participação;
- existir um alinhamento entre tudo o que é decidido, existir coerência;
- acompanhar o processo e os conteúdos;
- favorecer o empowerment...não basta perguntar, é preciso escutar e perceber os sinais, nem que seja o silêncio.
A partir de agora os adeptos do Inter são conhecidos como Costinhas...
O Inter sofreu para vencer a Udinese, com o golo da vitória a chegar nos descontos. Após o cabeceamento certeiro de Julio Cruz, já nos descontos da partida, José Mourinho festejou efusivamente e levou o indicador aos lábios, num gesto conhecido em todo o planeta como de silêncio.
Aos microfones da Sky, o treinador português referiu que não estava a mandar calar o público e que o gesto «foi para Costinha», internacional português, ex-jogador de Mourinho no F.C. Porto, que estava na bancada do Giuseppe Meazza.
Aos microfones da Sky, o treinador português referiu que não estava a mandar calar o público e que o gesto «foi para Costinha», internacional português, ex-jogador de Mourinho no F.C. Porto, que estava na bancada do Giuseppe Meazza.
E lá voltámos a isto!
Acusando Bruno Paixão de falta de coragem, Paulo Bento afirmou: «Aí coragem não lhe faltou, até porque estava de costas. Quem deu a ordem pareceu-me o fiscal de linha, mais uma vez. A questão da arbitragem no futebol português já mete nojo. Não é uma questão de profissionalismo, porque se os árbitros passarem a profissionais serão profissionais incompetentes.»
Quando lhe foram pedidos exemplos concretos dos erros de arbitragem, o técnico do Sporting recorreu ao sarcasmo: «Tem aí uma folha A4? Se tiver, eu faço-lhe um resumo. E isto é antes de ir para casa rever o jogo, porque de certeza que ainda vou encontrar mais.»
Podemos também nós depois de ver mais uma vez o jogo enviar uma folhita A3 ou A2 com os erros do Paulo Bento? Mas com tranquilidade...porque irá ser preciso muito tempo para perceber como é que um plantel como aquele (que o ano passado estava em construção e este ano com mais 3 ou 4 bons internacionais, ainda está...em construção mas mais atrás) não termina com o jogo logo na 1.ª parte?
sábado, 8 de novembro de 2008
O que é isso de uma equipa autónoma?
Qualquer treinador tem o seu ego! Fala-se muito do ego dos jogadores, da sua identidade, forma de estar, esquecendo-se por vezes o treinador. Conforme o estilo de liderança mais utilizado pelo treinador, tal como um chefe, vemos treinadores mais centralizadores, mais dirigistas, mais democráticos, concensuais, visionários, coachers, etc.
Faz parte do papel de um treinador deixar obra feita no sentido de tornar o seu jogador mais autónomo? E o que é isso de autonomia de um jogador? Bem, diria que é capacitar o jogador a pensar por si, a não estar dependente a 100 % do treinador e em situações de pressão e tomada de decisão, saber pensar por si! Até porque...quem joga são os jogadores e não os treinadores!
Porque passos passa é independência? Autonomia é igual a independência? Ou é interdependência? As equipas passam geralmente por quatro fases na conquista de uma autonomia que lhes possibilita encarar os desafios e os objectivos de uma forma 'culturalmente' comum.
Fase 1 - Dependência (do treinador)
Fase 2 - Contra-dependência (tentativa de mostrar que não precisam do treinador)
Fase 3 - Independência (as coisas saiem bem, mas não existe um compromisso comum a 100 % entre todos os intervenientes nos processos)
Fase 4 - Interdependência (implementação de uma relação de paridade entre todos - jogadores e equipa técnica - que conduza à responsabilização individual fazendo parte de uma abordagem sistémica...que todos dependem e condicionam).
Fair but no equal
Paulo Bento voltou a deixar Vukcevic de fora da lista de convocados para o jogo deste domingo com o F.C. Porto para a Taça de Portugal. O treinador garante que o ambiente nos treinos é bom mas, sem querer referir nomes, deixou uma «indirecta» que se cola na perfeição no jogador montenegrino.
«O bom ambiente continua. Vocês vêm parte do treino, não o vêm todo, mas quanto ao ambiente e ao empenho, em ternos gerais, estou satisfeito. Seria mentiroso se dissesse que estão todos empenhados da mesma forma, não estão, mas não vou dizer quem é.»
«O bom ambiente continua. Vocês vêm parte do treino, não o vêm todo, mas quanto ao ambiente e ao empenho, em ternos gerais, estou satisfeito. Seria mentiroso se dissesse que estão todos empenhados da mesma forma, não estão, mas não vou dizer quem é.»
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
O estado de graça!
À partida para a semana europeia, os três 'grandes' do Futebol nacional estavam em fases diferentes. Fases? Talvez estados de espírito.
A que se encontrava mais no fundo ganhou no último minuto, tornando a vitória mais saborosa. A equipa que se tentava recompor ganhou bem, num jogo equilibrado fez a diferença marcando. A equipa que estava numa estado de graça maior, fez o pior jogo dos três e talvez da sua época desportiva, curta até à presente data.
O estado de graça é assim...com a certeza que na 3.ª feira, pelo menos (!!) uma das três equipas terá perdido um jogo e assim...o seu estado de graça mínimo e curto.
A que se encontrava mais no fundo ganhou no último minuto, tornando a vitória mais saborosa. A equipa que se tentava recompor ganhou bem, num jogo equilibrado fez a diferença marcando. A equipa que estava numa estado de graça maior, fez o pior jogo dos três e talvez da sua época desportiva, curta até à presente data.
O estado de graça é assim...com a certeza que na 3.ª feira, pelo menos (!!) uma das três equipas terá perdido um jogo e assim...o seu estado de graça mínimo e curto.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Novo sucesso da Sport Tv, de seu nome Pedro Henriques!
Nas habituais escolhas que a SportTv faz para comentar alguns dos jogos de Futebol que passa nas suas edições, surgem por vezes...algumas vedetas ou marretas!
Hoje, nos últimos minutos do jogo D. Kiev - FC Porto, já depois do 2.º golo da equipa portista, Pedro Henriques (mais informações aqui ) apelava ao anti fairplay dos jogadores, para se mandarem para o chão, etc. Que serviço (público e não só) exerce uma estação de televisão quado apela a isso? Mesmo que fosse em prol do clube português, a ideia seria passar tempo, para que a equipa portuguesa ganhasse, mas...será correcto expressar isso dessa forma?
Quantos de nós estamos à espera de num jogo de Basquetebol ou Voleibol, ouvir o comentador a fomentar que os jogadores não estejam no verdadeiro espírito de fairplay? Será que não começa também aqui a educação desportiva e cultural do adepto?
Quanto à escolha das palavras...fico por aqui, quanto ao comentador...
Coerência!
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Comunicar mais alto!!
Para um treinador que ganhou uma Liga dos Campeões por 2-1 estando a perder até ao minuto 90, pensar-se-ia que este seria o jogo que lhe traria melhores recordações. Mas não. Pelo menos para Alex Ferguson. O treinador do Manchester United afirmou que o jogo mais memorável para si foi uma vitória por 5-3 sobre o Tottenham.
«Aquele que me vem à cabeça foi quando fomos a casa do Tottenham em Setembro de 2001 e estávamos a perder 3-0 ao intervalo e fomos ganhar 5-3. Foi uma reviravolta espantosa, com grande ajuda dos adeptos também. Foi um grande jogo», revelou Ferguson à revista de adeptos Red News.
Consta que para que tal cambalhota no marcador com os três golos de Dean Richards, Les Ferdinad e Ziege na primeira parte, o treinador do United teve de se aplicar ao intervalo no seu conhecido tratamento do secador (em que berra de tal forma em cima da cara dos jogadores que o cabelo deles esvoaça).
Tenha sido com a potência a meio ou até mesmo no máximo, o que é certo é que o Manchester United deu de facto a volta completa ao marcador com cinco golos de Andy Cole, Blanc, Van Nistelrooy, Verón e Beckham.
Quem será o novo treinador do Sporting CP?
Face às constantes dicas de Paulo Bento que o seu trabalho 'terminará' no mês de Junho ou Julho no Sporting CP e que irá deixar obra feita, nota-se claramente um desgaste psicológico mas também que pretende mudar de ares.
Será que a SAD do clube já estará a trabalhar no perfil do próximo treinador ou candidatos, ou preocupada somente com o presente e manter Paulo Bento por mais uns tempos?
Candidatos...há?
Será que a SAD do clube já estará a trabalhar no perfil do próximo treinador ou candidatos, ou preocupada somente com o presente e manter Paulo Bento por mais uns tempos?
Candidatos...há?
domingo, 2 de novembro de 2008
Só para quem esperava algo de ti, Cajuda!
Foi a decepção e o fracasso no acesso à Liga dos Campeões contra um adversário acessível como o Basileia (nem o golo mal anulado disfarça a incompetência do jogo na cidade berço), depois o falhanço à Taça UEFA em que faz 1 ponto em 6 possíveis, e agora isto!!
Hoje, 50 minutos com mais um homem (quem é que isto faz lembrar...?), com a equipa a beneficiar de uma má decisão pela grande penalidade não marcada contra si, dois dos seus jogadores a merecerem serem expulsos por agressões e a ficarem por lá a rir, pergunto...quem esperava algo de si estará assim tão decepcionado? Eu não! Como diziam de Bush..."shame of you, Mr. Cajuda, shame of you..."
Hoje, 50 minutos com mais um homem (quem é que isto faz lembrar...?), com a equipa a beneficiar de uma má decisão pela grande penalidade não marcada contra si, dois dos seus jogadores a merecerem serem expulsos por agressões e a ficarem por lá a rir, pergunto...quem esperava algo de si estará assim tão decepcionado? Eu não! Como diziam de Bush..."shame of you, Mr. Cajuda, shame of you..."
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Comunicação e a falta dela
Entrevista de Nélson Évora ao DN...
P - Com a sua medalha, Vicente de Moura, presidente do Comité Olímpico Português, passou de demissionário a candidato a mais um mandato...
R - Entendo que muita coisa não foi bem gerida. Em termos de comunicação, o Comité falhou. E o nosso presidente não esteve bem. Um presidente não se demite antes de os Jogos Olímpicos acabarem. Não manda um atleta para casa [Marco Fortes]. Ele faltou ao respeito aos atletas que ainda iam competir. Isso magoou-me. Mas estas coisinhas, em vez de me perturbarem, motivaram-me. Entrei em prova, fiz o que tinha o fazer, mas devo dizer que registei.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Visão é isto!
Durante os cinco dias que estive em Barcelona, o FC Barcelona ganhou dois jogos com a 'chapa' 5-0! Um para as competições europeias outro para a Liga Espanhola. Se o meu clube ganhasse dois jogos seguidos (já não seria mau) e ainda por cima por 5-0, melhor ainda!
Mas o que mais impressiona e deve fazer corar algumas empresas, é que o clube FC Barcelona personifica o que deve ser uma visão de uma organização, de uma empresa, de algo! O FC Barcelona tem a missão de alegrar todos os catalãos, exceptuando aqueles milhares do Espanyol FC. O catalão está alinhado com o clube. O clube está alinhado com a região. Ambos não vivem sem o outro. Sabem a sua missão, o que devem fazer e vivem alinhados. Alinhamento...aqui está uma ferramenta essencial da Visão!
domingo, 26 de outubro de 2008
Quem joga são os jogadores
José Mourinho, depois do empate entre a sua equipa Inter de Milão contra o Génova 0-0: "Sou sempre responsável pelos resultados da minha equipa".
Faz-me sempre recordar a frase de quem joga são os jogadores!
Faz-me sempre recordar a frase de quem joga são os jogadores!
sábado, 25 de outubro de 2008
Ele...
Paulo Bento sobre um dos seus jogadores:
«Em relação ao Simon, estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para o recuperar, tanto fisicamente, tanto na integração no grupo, com o apoio dos colegas. Falta a outra parte, que é a dele», começou por dizer o técnico, antes de concretizar: «Neste momento não quer muito jogar no Sporting. O comportamento é completamente diferente, em relação aos colegas. Trabalha pouco.»
domingo, 19 de outubro de 2008
Quem joga?
"No coaching, é decisivo perceber que quem joga são os jogadores, não os treinadores. E que o acto de treinar alguém subentende acima de tudo servir, mais que servirmo-nos" (Jorge Araújo)
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Há crónicas assim!
Desde algum tempo habituei-me a procurar o suplemento desportivo que o DN publica às 6.ª feiras. Para além da qualidade gráfica e algumas transferências fantásticas, capazes de fazer sonhar qualquer um, contempla um belo grupo de cronistas.
Hoje, e ainda sobre Queiroz, está publicada uma que vale a pena ler. Crítica mas com muitos e bons exemplos. Não acredito que João Marcelino fizesse melhor que Queiroz na posição de treinador...mas ele também não é pago para isso, mas sim, para nos dar algumas lições como nos dá esta 6.ª feira.
Aconselho mais uma vez...
http://dn.sapo.pt/2008/10/17/dnsport/um_descalabro_chamado_queiroz.html
Hoje, e ainda sobre Queiroz, está publicada uma que vale a pena ler. Crítica mas com muitos e bons exemplos. Não acredito que João Marcelino fizesse melhor que Queiroz na posição de treinador...mas ele também não é pago para isso, mas sim, para nos dar algumas lições como nos dá esta 6.ª feira.
Aconselho mais uma vez...
http://dn.sapo.pt/2008/10/17/dnsport/um_descalabro_chamado_queiroz.html
Comunicação ou a falta dela
O médio Vukcevic não se apresentou no treino desta sexta-feira do Sporting, depois representar a selecção do Montenegro frente à tália, em Lecce, informando o clube de que está doente.
Paulo Bento comentou o assunto na conferência de imprensa de antevisão do jogo com a U. Leiria."Não sou médico não trabalho no aeroporto para saber onde é que ele está. Não sou espião, sou treinador do Sporting".
Alguém tem dúvida que estas frases são um exemplo de não comunicação?
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Treinador tem de comunicar!
Kobe Bryant:
"Como é jogar para o Coach K (Mike Krzyzewski)?
- É tudo o que eu esperava que fosse e ainda mais. Quando estava no high school, ele era a minha primeira esolha, mas tive de esperar cerca de 11 anos para jogar para ele. Ele é uma excelente pessoa e um treinador incrível e eu já aprendi muito com ele. Tem uma grande paixão pelo jogo, grande respeito pelos seus atletas e acima de tudo, quer ver os seus jogadores a jogar bem. E claro, quer ganhar. Ele comunica facilmente com os seus atletas e é muito claro naquilo que quer."
A fisiologia e a água das pedras
«Ainda não digeri o empate com a Albânia, apesar de já ter bebido muita Águas das Pedras», disse o Presidente da Federação Gilberto Madaíl.
Será que alguém irá assumir a responsabilidade? Ficaremos todos a aguardar pela próxima vitória para vir ver o sol? Serão estes os líderes que só aparecem quando tudo corre bem? Gilberto Madaíl pode sempre juntar-se a Paulo de Andrade, ex-Presidente do Sporting que também teve de sair no célebre jogo na Mata Real há uns aninhos.
Enquanto isso...a caravana já passou. A ver vamos se o Mundial de Futebol na África do Sul também...
Eu ou a equipa?
Hugo Almeida, avançado que jogou 90' contra a Albânia e que ficou 0-0 : «Tive duas ocasiões para marcar e acho que cabeceei bem em ambos os lances».
Quem lhe explica que as equipas funcionam como um sistema...que não basta um fazer coisas boas?
Quem lhe explica que as equipas funcionam como um sistema...que não basta um fazer coisas boas?
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Lição de medo de Queiroz
Assistiu-se hoje em Braga a das maiores demonstrações de inoperacionalidade por parte de um seleccionador nacional, neste caso, o de Futebol. Frente a uma selecção que está mais de 70 lugares atrás de Portugal no Ranking FIFA, uma selecção da Albânia que jogou mais de 60' com 10 homens, a equipa orientada por Carlos Queiroz não conseguiu vencer.
- Mesmo com mais um homem, demorou 15' a deixar de jogar com 3 médios, com características mais defensivas que ofensivas.
- Demorou mais de 30' a colocar a equipa a jogar com 2 pontas-de-lança, sendo que a selecção apenas jogou 'assim' durante 15'.
- Demorou e hesitou sempre e demais nas substituições, com chamadas para os jogadores entrarem e hesitações se entrava 'já' ou 'daqui a pouco'.
- Portugal teve em campo uma equipa que precisava de 4 bolas: 1 para o Nani, 1 para o Quaresma, 1 para Ronaldo e outra para os restantes jogadores.
- Queiroz teve durante quase todo o jogo um comportamento que transparecia nervosismo, ansiedade, desconfiança, incerteza, maus sentimentos para um líder.
- Queiroz não se comporta durante os jogos com o que informa nas conferências de imprensa, onde se afirma como uma pessoa confiante e que não tem medo.
Hoje a selecção não teve um dos dois tipos de treinadores que podíamos ter tido: não tivémos ninguém que percebesse tecnicamente do assunto, nem comportamental. Para além do passo atrás na qualificação, demos muitos passos atrás naquilo que tinha sido conquistado. Pode ser que me engane, mas não estamos a preparar uma equipa para ser vencedora nem campeã, até porque para isso, é preciso...vencer.
Etiquetas:
Agência Lusa,
Carlos Queiróz,
Liderança
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Treinar o quê?
Ontem falava com uma amiga minha sobre esta ideia do coaching e treino experiencial nas empresas dando-lhe exemplos variados, quer do desporto quer do mundo do espectáculo.
E afirmava que numa companhia de dança, por exemplo, elas treinam até à exaustão todos os movimentos que repetidamente fazem no palco. Que os bases no Basquetebol treinam afincadamente o passe, os triplistas o lançamento triplo, as ginastas os movimentos que fazem em competição, os lançadores do peso o seu lançamento, etc. Porque raio nas empresas não se treina o que se faz durante o dia-a-dia? Porque nos preocupamos a preencher o tempo com algo que não beneficia o nosso desempenho?
Mais um pensamento, apenas isso.
E afirmava que numa companhia de dança, por exemplo, elas treinam até à exaustão todos os movimentos que repetidamente fazem no palco. Que os bases no Basquetebol treinam afincadamente o passe, os triplistas o lançamento triplo, as ginastas os movimentos que fazem em competição, os lançadores do peso o seu lançamento, etc. Porque raio nas empresas não se treina o que se faz durante o dia-a-dia? Porque nos preocupamos a preencher o tempo com algo que não beneficia o nosso desempenho?
Mais um pensamento, apenas isso.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Assertividade
Assertividade - Comunicação aberta, de respeito pelo outro mas também pelo próprio. Estabelece uma relação de win-win. São utilizadas atitudes de afirmação, sinceridade, ou seja, de afirmação do que se pretende, com espírito construtivo e sem receio de suscitar relações de hostilidadem em seu redor. O indivíduo expressa a sua vontade sem atentar contra os direitos dos outros. Em termos de comunicação, uma atitude passiva caracteriza-se por respeito pelo outro e pela transparência na linguagem.
E parece tão simples...
E parece tão simples...
Emoção nas equipas
Deixo-vos mais um livro. Este cria claramente valor a quem o lê, até onde...não sei! Com inúmeros exemplos e uma linguagem bastante acessível, conjuga diversos casos práticos, com fichas, histórias, etc. Vale a pena. Para quem se interessa pelo tema ou diariamente gere pessoas, grupos e equipas, aprende-se.
Nome: "Gestão Emocional de Equipas"
Autor: António Miguel, Ana Rocha e Oliver Rohrich
Ano: 2008, Lidel
Autor: António Miguel, Ana Rocha e Oliver Rohrich
Ano: 2008, Lidel
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
O primeiro dos três P's: Protecção
José Mourinho sobre os seus jogadores e ele próprio:
«A última coisa que podem esperar de mim é criticar os meus jogadores após um jogo: não o faço. Não me escondo. Gosto que os jogadores se sintam protegidos. Eles estão tranquilos porque o alvo a abater sou eu, o antipático e arrogante sou eu, o treinador sem capacidade sou eu. Para nós isso é positivo».
«A última coisa que podem esperar de mim é criticar os meus jogadores após um jogo: não o faço. Não me escondo. Gosto que os jogadores se sintam protegidos. Eles estão tranquilos porque o alvo a abater sou eu, o antipático e arrogante sou eu, o treinador sem capacidade sou eu. Para nós isso é positivo».
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Jesualdo
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Motivação por Wenger
Tópicos dos discursos de Arsene Wenger aos seus atletas! 'Apanhado' no quarto de um dos muitos Hotéis por onde passa o Arsenal.
“Uma equipa é tão forte quanto as relações que se estabelecem no seu interior”, lê-se a abrir. A construção do espírito de conjunto prossegue com tópicos como estes: “Demonstrar atitude positiva dentro e fora do campo”; “Ser exigente consigo próprio”; “Manter a união”; “Mostrar o desejo de vencer em tudo o que se faz”.
“Uma equipa é tão forte quanto as relações que se estabelecem no seu interior”, lê-se a abrir. A construção do espírito de conjunto prossegue com tópicos como estes: “Demonstrar atitude positiva dentro e fora do campo”; “Ser exigente consigo próprio”; “Manter a união”; “Mostrar o desejo de vencer em tudo o que se faz”.
sábado, 27 de setembro de 2008
Defesa (ou ataque?) à zoning
Ferramenta engraçada para trabalhar as zonas de intervenção das problemáticas, porque não, com os treinadores!
- A identidade do coach;
- A identidade do coach com o treinador;
- A identidade do treinador;
- A relação do treinador com as pessoas com quem trabalha;
- O quadro de referência das outras pessoas para com o treinador;
- O problema (operacional, implicíto e explicíto);
- A relação dos outros com o problema;
- A relação do treinador com a problemática.
A identidade, e em termos muito simples, conjuga itens de variável importante e essencial. É só um cheirinho.
- A identidade do coach;
- A identidade do coach com o treinador;
- A identidade do treinador;
- A relação do treinador com as pessoas com quem trabalha;
- O quadro de referência das outras pessoas para com o treinador;
- O problema (operacional, implicíto e explicíto);
- A relação dos outros com o problema;
- A relação do treinador com a problemática.
A identidade, e em termos muito simples, conjuga itens de variável importante e essencial. É só um cheirinho.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
E agora Paulo Bento?
«Por que não jogava Vukcevic no Saturn?». A pergunta é de Derlei, numa entrevista à RTP. Agora é a vez do jogador do Sporting vir a público tomar posição no 'caso' de Vukcevic. Na conversa com a RTP, Derlei lembra que os problemas de Vukcevic «já aconteceram no Saturn». O avançado diz que o montenegrino podia ter as suas razões, «mas o treinador do Saturn também devia ter». Derlei diz que Vukcevic tem a sua favor «a qualidade e tudo o que já fez», mas, lembra Derlei, «o treinador do Sporting tem dito que o passado não vale».
O brasileiro diz que «compreende» a insatisfação do montenegrino, por «não poder fazer parte dos eleitos», mas lembrou que ele próprio, mesmo com um passado «rico em termos de títulos», já ficou muitas vezes no banco.
Derlei não tem dúvidas de que «o melhor era Vukcevic falar primeiro com os responsáveis do clube, para que a situação se resolvesse», até porque o esquerdino «com estas declarações complica a situação».
Derlei não tem dúvidas de que «o melhor era Vukcevic falar primeiro com os responsáveis do clube, para que a situação se resolvesse», até porque o esquerdino «com estas declarações complica a situação».
Uma tomada de posição de Derlei sobre o caso do momento no Sporting. Declarações tornadas públicas horas depois de Vukcevic ter dito que deseja deixar o Sporting em Dezembro. Foi eleito pelos treinadores da Liga como a revelação da época
No início da época apontava a qualidade do plantel do meio-campo do Sporting como um dos grandes desafios que iria colocar Paulo Bento sobre pressão. Como iria reagir um ou outro jogador que ficaria no banco? Depois de Moutinho dizer o que disse...e nada acontecer, a ver vamos o que irá acontecer a Vukcevic e/ou ao Derlei.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Escuta Activa
O profissional da comunicação que trabalhou anos a fio com Margaret Thatcher afirmava "Se dizes e não ouvem, é porque não disseste".
Ainda alguém discorda disto?
Ainda alguém discorda disto?
Pessoas e trabalho
Muda a tua visão centrada no desenvolvimento do trabalho através das pessoas, para uma visão que desenvolve as pessoas através do trabalho. (Marcus Buckingham)
Treinador e moda
"O treinador tem muito de estilista neste processo continuo (treino e jogo). Descodifica os tempos. Percebe que as coisas se transformam e muda as tendências. Ele é causa e efeito, ao mesmo tempo. Depois é o jogo. Onde se cruzam equipas, estratégias, preparador-físico, directores, jornalistas, adeptos. No centro, o jogador: como fazer para entrar nas tendências da moda? Dirão que o bom futebol está sempre na moda. É um pouco verdade, mas a sua face, como vimos na crise dos velhos heróis, muda."
Luis Freitas Lobo, 'A Bola', 17 de Setembro de 2008
Luis Freitas Lobo, 'A Bola', 17 de Setembro de 2008
domingo, 14 de setembro de 2008
270 páginas sem conteúdo
Por vezes o fenómeno da escrita tem estes acontecimentos, que para serem adaptados para uma série qualquer, só necessitava de terem lugar no Entrocamento.
Esta não, trata-se de um livro denominado "O gestor de 90 minutos" e que tem na capa o 'nosso' Mourinho. Mas lá dentro, não se iludam, escrevem, escrevem, escrevem...mas sem qualquer tipo de sumo, nem doce nem amargo.
Nome: "O gestor de 90 minutos"
Autor: David Bolchover e Chris Brady
Ano: 2008, Lua de papel
Perguntinhas...
Se és treinador, faço-te a seguinte pergunta: "De 0 a 10 como classificas a atitude da tua equipa?" Caso a resposta não seja um 10, pergunto-te "Que farias para atingir o 10?"
Não vale vir com respostas que para atingir o 10, necessitas de algo que não controlas. Não te deves focar no que não controlas, mas sim do que depende de ti e da tua equipa. Se te preocupas demasiado com o que não controlas, prepara a tua equipa para aceitar o 'novo'.
Lá no fundo, poucos treinadores diriam que a equipa atinge o 10. A questão que se levanta é: aperfeiçoar o 5, 6, 7, etc...que se tem, ou pretender alcançar a nota mais alta?
Não vale vir com respostas que para atingir o 10, necessitas de algo que não controlas. Não te deves focar no que não controlas, mas sim do que depende de ti e da tua equipa. Se te preocupas demasiado com o que não controlas, prepara a tua equipa para aceitar o 'novo'.
Lá no fundo, poucos treinadores diriam que a equipa atinge o 10. A questão que se levanta é: aperfeiçoar o 5, 6, 7, etc...que se tem, ou pretender alcançar a nota mais alta?
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Formação ou falta dela!
Recados
Vítor Baía sobre ex-Treinador da Selecção Nacional Scolari:
"A situação que vivi na Selecção Nacional é algo que me entristece bastante. Acima de tudo, pela falta de frontalidade das pessoas e pela cobardia, nomeadamente do seleccionador nacional, que não assumiu publicamente as razões do meu afastamento. Não o fez enquanto seleccionador e agora mandou um amigo jornalista dizer umas asneiras em relação a isso. Enquanto não for ele, pela sua boca, a dizer a razão do meu afastamento, que eu sei não existir, mas que não tem a coragem de dizer, vamos continuar a não saber o porquê de toda esta situação".
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Intromissão!
Conforme notícia do "Diário de Noticias", Diamantino está proibido de frequentar o balneário do Benfica. Parece que Diamantino Miranda “falou antes do jogo com o FC Porto sem informar a SAD, o que desagradou aos dirigentes e a Quique Flores, que já o havia afastado do trabalho de campo”. Nessas declarações, falava da obrigatoriedade de vitória sobre o FC Porto, ao mesmo tempo que admitia ser um sonho vir a treinar o Benfica. A partir desse momento, ficou proibido por Quique Flores, de entrar no balneário encarnado, o que terá acontecido pela primeira vez nas horas que antecederam o jogo com o FC Porto, embora a SAD não tenha aberto qualquer procedimento disciplinar.
Nesta situação, que deveria um treinador principal exigir?
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Morreste de véspera Nuno Assis...
Aquando da apresentação de Nuno Assis pelo V. Guimarães, o jogador demonstrou-se insatisfeito pela forma como o seu anterior clube o tinha tratado, e em termos irónicos concluiu dizendo "Ao menos vou fazer 2 jogos na Liga dos Campeões enquanto outros nem isso." numa clara alusão ao facto do seu anterior clube não ter conseguido o apuramento para a prova.
Após a 3.ª fase da pré-eliminatória para a Liga dos Campeões, V. Guimarães foi eliminado pelo modesto Basileia e Nuno Assis não jogou nenhum dos jogos por se encontrar lesionado.
Digo eu, morreste cedo...muito cedo, como diz o ditado "Pela boca morre o peixe"...
Exemplo de Di Stefano
Sai hoje no jornal 'A Bola' uma história contada por Di Stefano, antiga glória do Real Madrid, sobre a situação dos jogadores insatisfeitos, por não jogarem ou serem substituídos. Conta assim:
Nos seus velhos tempos, quando sucedeu algo parecido que o treinador chamou esse jogador insatisfeito e fez uma reunião entre toda a equipa no balneário. Pedia ao jogador insatisfeito para se levantar e colocar-se em frente aos colegas e afirmava o seguinte: "Ok, reclamas por ter saído ou não jogar. Tudo bem, é a tua opinião. Mas, agora, vais ter de me ajudar a dizer, na frente de todos, qual o colega que deve sair para jogares tu!". Com esta atitude, diz Di Stefano, que o treinador devolvia ao jogador a responsabilidade de fundamentar perante todo o grupo.
Nos seus velhos tempos, quando sucedeu algo parecido que o treinador chamou esse jogador insatisfeito e fez uma reunião entre toda a equipa no balneário. Pedia ao jogador insatisfeito para se levantar e colocar-se em frente aos colegas e afirmava o seguinte: "Ok, reclamas por ter saído ou não jogar. Tudo bem, é a tua opinião. Mas, agora, vais ter de me ajudar a dizer, na frente de todos, qual o colega que deve sair para jogares tu!". Com esta atitude, diz Di Stefano, que o treinador devolvia ao jogador a responsabilidade de fundamentar perante todo o grupo.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Dar o exemplo!
Vicente Moura, Presidente do COP, aufere 2500 € por mês, mais do que a bolsa de medalhado, mais as ajudas de custos e despesas pagas, verba bem superior à auferida por um atleta que conquiste um medalha, como os casos de Nelson Évora, ouro no triplo salto, e Vanessa Fernandes, prata no triatlo em Pequim.
Esses dois campeões integram agora o estatuto de medalhado recebendo assim até Londres 2012, um subsídio de 1500 €. Para além de Vicente Moura, o secretário geral do COP recebe 2000 € e o tesoureiro 1500€. Segundo o artigo 13, ponto 3, dos estatutos do COP, "o exercício do mandato em qualquer orgão do COP é voluntário e gracioso não podendo os seus membros serem remunerado, sem prejuízo das despesas justificadas ou perda de proveitos do exercício das suas funções".
Lá está...a liderança é quando um Homem quiser!
Qual é o sentido desta estratégia?
Na primeira jornada da Liga de Futebol Profissional, assistiu-se logo no 2.º jogo um caso que tem sido usado ou arrastado para diversos meios. O que quero aqui colocar é a opinião de Rui Cartaxana do jornal 'Record' e não destaco se foi ou não penalty neste caso contra o Sporting e a favor do Trofense. Eu com as imagens que vi apitava para a marca de grande penalidade. Mas como referi, não é isso que quero aqui discutir.
O que quero aqui abordar , é que contra um adversário que vinha da 2.ª Liga e a ganhar 3-0 e a realizar um bela exibição, confrontado com aquela 'injustiça' o treinador do Sporting Paulo Bento decidiu disparar em várias frentes.
O que Rui Cartaxana aqui levanta através do seu artigo que o penaly existiu: "Trata-se, de resto, de uma conhecida recomendação do International Board, a que a FIFA deu seguimento, e que, pelo menos os senhores árbitros tinham obrigação de conhecer, a começar pelo sr. Paulo Baptista. Que diz a tal recomendação? Que os senhores árbitros, perante um jogador defensivo que inicie uma acção faltosa sobre um atacante fora da grande área (por ex., um agarrão), que venha a terminar dentro da grande área, devem assinalar grande penalidade! Precisamente o que aconteceu (o agarrão do texto da recomendação é apenas um exemplo) no jogo de sábado entre o Sporting e o assustador Trofense." Como disse eu marcava e por isso aqui nem quero entrar no tema se era ou não era.
Mas perante o disparo de várias balas por Paulo Bento, como se sentirão os jogadores quando perderem um jogo...porque o adversário jogou melhor ou apenas tiveram a sorte do jogo, sem existirem estes casos? Irão realizar de facto uma introspecção ou na grande maioria terão a 'cabeça feita' para estes casos?
Estes processos facilitam que os jogadores evitem pensar nos erros que fazem ou leva-os a procurar outras desculpas? E como será a postura do treinador quando o seu clube sair vitorioso por erros da equipa de arbitragem? Olhará para o lado como nada fosse? Perdeu-se a tranquilidade...
Será estranho que tão cedo se comece já a fazer 'joguinhos' paralelos, numa equipa que possivelmente não irá precisar tal a sua qualidade e perante um treinador com provas dadas. É de facto uma estratégia arriscada, para além de ser pouco legitima, mas isso, fica para cada um. Ao nível dos processos de treino, quem já foi alvo, condiciona. E não falo de treino de bolas paradas ou defensivos, etc., falo de treino comportamental. Fico por aqui. Se quiserem ler mais sobre a tal entrevista, ver aqui. http://www.record.pt/noticia.asp?id=802155&idCanal=3437
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Coach do Treinador
Li hoje um artigo numa revista da especialidade que gostava de partilhar. É sobre os benefícios que o coaching pode ter sobre os treinadores e dado que já tinha lido outras coisas sobre o assunto, acrescentei mais alguma 'matéria'!
Na área do Desenvolvimento Pessoal o coaching ajuda a uma melhor gestão pessoal e controlo emocional. Ajuda a trabalhar as seis áreas do desenvolvimento de capacidades: auto-resolução; auto-motivação; confiança; auto-responsabilidade; identificação; e concentração.
Não nos esquecemos que os treinadores relacionam-se com pessoas, quer seja em desportos individuais ou colectivos. Como líderes, como potenciadores de comportamentos através dos seus próprios comportamentos, têm um papel fundamental nos resultados alcançados, nem que seja através do correcto 'clic'! Os treinadores têm o objectivo de maximizar o potencial e as capacidades de cada um, utilizar as ferramentas para que o todo seja maior que a soma de todas as partes.
Para além dos hardskills (conhecimentos tácticos, técnicos, dos adversários, metodologias de treino, biomecânica, fisiologia do esforço, etc.), tal como em outras profissões, carecem de uma ferramenta importante e que cada vez mais faz a diferença: os softskills.
Questões como observar para além do que se 'vê', questões relacionadas com o relacionamento interpessoal, a definição do estilo de liderança mais adequado, o potenciar a sua comunicação (observar, escutar, analisar e falar). Ajuda a definir os objectivos para a sua equipa e/ou para os seus atletas e a melhor forma de estruturar os procedimentos para melhorar a perfomance.
O coaching sobre os treinadores tem como principal missão elevar a perfomance de quem tem como missão potenciar a sua equipa a atingir níveis de desempenho elevados. Pode-se dividir o processo em quatro fases: 1) coaching a si próprio; 2) coaching à equipa; 3) definir comportamentos; 4) acções.
Como pode um coach ajudar um treinador? Através dos mecanismos referidos. Ajuda a dismistificar certas crenças e bloqueios e criar outro tipo de pensamentos. É sem dúvida uma descoberta pessoal e consciencializada dos valores, planos e metas. Não é alvo de coach quem pode ou precisa, mas quem quer. Apenas isso.
Na área do Desenvolvimento Pessoal o coaching ajuda a uma melhor gestão pessoal e controlo emocional. Ajuda a trabalhar as seis áreas do desenvolvimento de capacidades: auto-resolução; auto-motivação; confiança; auto-responsabilidade; identificação; e concentração.
Não nos esquecemos que os treinadores relacionam-se com pessoas, quer seja em desportos individuais ou colectivos. Como líderes, como potenciadores de comportamentos através dos seus próprios comportamentos, têm um papel fundamental nos resultados alcançados, nem que seja através do correcto 'clic'! Os treinadores têm o objectivo de maximizar o potencial e as capacidades de cada um, utilizar as ferramentas para que o todo seja maior que a soma de todas as partes.
Para além dos hardskills (conhecimentos tácticos, técnicos, dos adversários, metodologias de treino, biomecânica, fisiologia do esforço, etc.), tal como em outras profissões, carecem de uma ferramenta importante e que cada vez mais faz a diferença: os softskills.
Questões como observar para além do que se 'vê', questões relacionadas com o relacionamento interpessoal, a definição do estilo de liderança mais adequado, o potenciar a sua comunicação (observar, escutar, analisar e falar). Ajuda a definir os objectivos para a sua equipa e/ou para os seus atletas e a melhor forma de estruturar os procedimentos para melhorar a perfomance.
O coaching sobre os treinadores tem como principal missão elevar a perfomance de quem tem como missão potenciar a sua equipa a atingir níveis de desempenho elevados. Pode-se dividir o processo em quatro fases: 1) coaching a si próprio; 2) coaching à equipa; 3) definir comportamentos; 4) acções.
Como pode um coach ajudar um treinador? Através dos mecanismos referidos. Ajuda a dismistificar certas crenças e bloqueios e criar outro tipo de pensamentos. É sem dúvida uma descoberta pessoal e consciencializada dos valores, planos e metas. Não é alvo de coach quem pode ou precisa, mas quem quer. Apenas isso.
Balanço dos JO para Portugal
Nestas coisas de números e prestações, há sempre diversas formas de encarar os resultados. Muitas das vezes afirma-se que contra factos não há argumentos, mas nós por cá, conseguimos dar sempre uma nova 'olhadela' de ver as coisas.
Nos Jogos Olímpicos de Pequim, podemos afirmar que:
- Portugal conseguiu em termos de medalhas a sua melhor prestação de sempre, com uma medalha de ouro e outra de prata;
- Portugal atingiu 40 % das medalhas a que se tinha proposto publicamente antes do início dos JO;
- Portugal não atingiu 50 % dos pontos (consegui-se 28 e a 'baliza' eram 60) a que se tinha proposto publicamente antes do início dos JO.
Depois temos outros factos! Vicente Moura, Presidente do COP, informou que não se iria candidatar nas próximas eleições para o Comité, mas depois de ver Nélson Évora voar, considerou e afinal já quer ficar.
No Judo ficámos aquém das expectativas e a juntar aos maus resultados, tivémos atitudes que em nada dignificam o nosso país. Ou seja, assistiu-se a uma futebolização na nossa comitiva de Judo dos JO, com diversos apontamentos sobre a arbitragem. Na Natação foram batidos alguns recordes nacionais, noutras disciplinas como o Tiro, onde se esperava muito mais, fomos ficando pelo caminho e no Badminton, por estranho que pareça, havia muito vento na sala.
No Atletismo, tivémos de tudo. A nossa medalha de ouro, uma grande desilusão chamada Naide Gomes e uma méscla de ambição/confiança vs descontextualização da realidade, onde Francis, que nunca tinha conseguido baixar da marca dos 10' aos 100 metros afirmava que podia ser campeão olímpico na disciplina. Foi também nesta modalidade que assistimos a epidódios como de manhã só na caminha, atletas que se distraíam com outras provas e depois afirmavam que não se tinham concentrado para a sua prova, que afirmaram que aquele ambiente não era para eles. Quase no final, a Marcha deu boa conta de si e parece que iremos ter gente para 2012.
No Triatlo Feminino atingimos a prata, numa excelente prova de Vanessa Fernandes, só batida pela super prova da Snowsill, enquanto nos masculinos não atingimos os objectivos propostos. Na água, Gustavo Lima ficou a um ponto do bronze e Emanuel Silva não atingiu a final por menos de um segundo.
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