Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


terça-feira, 26 de agosto de 2008

Qual é o sentido desta estratégia?


Na primeira jornada da Liga de Futebol Profissional, assistiu-se logo no 2.º jogo um caso que tem sido usado ou arrastado para diversos meios. O que quero aqui colocar é a opinião de Rui Cartaxana do jornal 'Record' e não destaco se foi ou não penalty neste caso contra o Sporting e a favor do Trofense. Eu com as imagens que vi apitava para a marca de grande penalidade. Mas como referi, não é isso que quero aqui discutir.

O que quero aqui abordar , é que contra um adversário que vinha da 2.ª Liga e a ganhar 3-0 e a realizar um bela exibição, confrontado com aquela 'injustiça' o treinador do Sporting Paulo Bento decidiu disparar em várias frentes.

O que Rui Cartaxana aqui levanta através do seu artigo que o penaly existiu: "Trata-se, de resto, de uma conhecida recomendação do International Board, a que a FIFA deu seguimento, e que, pelo menos os senhores árbitros tinham obrigação de conhecer, a começar pelo sr. Paulo Baptista. Que diz a tal recomendação? Que os senhores árbitros, perante um jogador defensivo que inicie uma acção faltosa sobre um atacante fora da grande área (por ex., um agarrão), que venha a terminar dentro da grande área, devem assinalar grande penalidade! Precisamente o que aconteceu (o agarrão do texto da recomendação é apenas um exemplo) no jogo de sábado entre o Sporting e o assustador Trofense." Como disse eu marcava e por isso aqui nem quero entrar no tema se era ou não era.

Mas perante o disparo de várias balas por Paulo Bento, como se sentirão os jogadores quando perderem um jogo...porque o adversário jogou melhor ou apenas tiveram a sorte do jogo, sem existirem estes casos? Irão realizar de facto uma introspecção ou na grande maioria terão a 'cabeça feita' para estes casos?

Estes processos facilitam que os jogadores evitem pensar nos erros que fazem ou leva-os a procurar outras desculpas? E como será a postura do treinador quando o seu clube sair vitorioso por erros da equipa de arbitragem? Olhará para o lado como nada fosse? Perdeu-se a tranquilidade...

Será estranho que tão cedo se comece já a fazer 'joguinhos' paralelos, numa equipa que possivelmente não irá precisar tal a sua qualidade e perante um treinador com provas dadas. É de facto uma estratégia arriscada, para além de ser pouco legitima, mas isso, fica para cada um. Ao nível dos processos de treino, quem já foi alvo, condiciona. E não falo de treino de bolas paradas ou defensivos, etc., falo de treino comportamental. Fico por aqui. Se quiserem ler mais sobre a tal entrevista, ver aqui. http://www.record.pt/noticia.asp?id=802155&idCanal=3437

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