Coach do Coach
Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
2010...
Momentos excelentes de auto-conhecimento. Auto-avaliação. Auto-controlo. De perfomance. Superação. Esforços. Empatia. Escuta Activa.
A ferramenta da facilitação agrada-me. Fascina-me pelas capacidades que possui e acima de tudo, pelos resultados que alcança. Momentos de discussão. Reflexão individual e em grupo. Dinâmicas de grupo. De comunicação implícita e explícita.
Espaços de crescimento e de observação, que existem sempre hiatos de fiabilidade, zonas de conforto, equilíbrios ténues e espaços e oportunidades de crescimento enormes. Pontos fulcrais, momentos de viragem que devemos aproveitar.
Dinâmicas de equipa. Alinhamento constante entre uma pessoa e o grupo. Responsabilização sobre os resultados obtidos ou a falta deles. Respostas ou ausências de resposta aos sinais emitidos. Aprendizagem constante.
Por tudo e por muito mais, Muito Obrigado pelos momentos proporcionados ao longo de 2010, onde cada momento proporcionou-me também ele uma auto-formação. E os votos de um excelente 2011!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Jorge Jesus
Esta época desportiva Jorge Jesus vive uma espécie de purgatório depois de há uns meses ter sido considerado um excelente treinador, um exemplo, pois era um treinador sem formação académica e que nem a 4.ª classe possui, um mestre da táctica, etc. Teria o seu mérito, o Benfica era Campeão e tinha demonstrado um dos melhores ‘futebóis’ dos últimos tempos em Portugal. Isto apesar dos defeitos na gestão do plantel, que ficaram sempre ofuscados pelas diversas goleadas e excelentes exibições e carreira europeia (que terminou nessa mesma discrepância de gestão de alguns casos internos do plantel).
Na época 2009/10, Jesus conseguiu algumas proezas ao nível da potencialização de jogadores. Extremos mesmo! Conseguiu recuperar quase das últimas o Fábio Coentrão! Tocou no ponto relativamente a Di Maria. Conjugou como ninguém a capacidade de Ramires tornar todos os que com ele jogassem tornarem-se excelentes jogadores (caso mais evidente, Javi Garcia). Recuperou de um ano muito mau Aimar e colocou Saviola a sonhar com a ida ao Mundial, mesmo que fosse apenas na cabeça dos dois.
Esta época, Jorge Jesus vive quase o oposto. Por diversas razões. Umas relacionadas com opções mais estruturais e de direcção que da sua responsabilidade. Outras – penso eu – apenas da sua responsabilidade: empréstimo de alguns jogadores (Urreta apenas técnico? Rodrigo, que custou 6 M €…como pode ser emprestado? o Benfica é algum Real Madrid que empresta jogadores de 6 M €?, insistência de outros (Peixoto é talvez o caso mais evidente). A preparação da época é uma responsabilidade de todos! Se Vieira também serve para ir negociar…porque terá menos responsabilidades noutros assuntos? Jorge Jesus queixa-se da ida dos atletas ao Mundial…muito tempo a resmungar, menos tempo a improvizar soluções para esses problemas.
Jorge Jesus tornou-se menos interventivo. Mais arrogante. A meu ver, menos astuto. Com menos capacidade de surpreender. Tem para este ano um grande desafio: não perder a embalagem que ganhou na época anterior que o prejudique, quer interna quer externamente. Que o impeça de saltar para um Campeonato mais competitivo, embora para uma equipa com menos ‘pujança’ que o Benfica.
Jorge Jesus tem inúmeras qualidades. Não duvido nada. Ganharia muito mais se as equilibrasse com factores como a humildade, melhor comunicação e menos aparições, melhor impacto comunicacional. Não se consegue medir se é melhor que A ou pior que B. Valem os números. As vitórias ou derrotas. A capacidade de cair e levantar-se várias vezes.
Jorge Jesus tem de fazer consigo o que fez com tantos outros jogadores. Ir à boleia de uma boa campanha da equipa para sair para outros voos. Sabe que Ramires e Di Maria (mais este) usufruiram de boa visibilidade para irem para outros clubes. Jesus sabe que pode perder muito com más campanhas internas. UEFA será uma miragem, não há por enquanto qualidade, experiência e alinhamento para irem longe. É verdade que faltam 2 meses e meio, muito ainda, mas ter-se-á de remar mais e mais forte.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Competitividade
Lança ideias e factos passados noutros países que contribuem para uma maior competitividade em diversas modalidades e nos escalões mais jovens. A história de que mesmo nos escalões jovens, deve-se exigir rigor e competição em todas as situações dos torneios, competições e até ao final do jogo, competição, treino, etc.
Na minha (curtíssima) carreira como treinador, um dos casos com que nos debatíamos na área de motivação era quando a equipa (constituída por 'putos' bons tecnicamente e com uma entrega exemplar) iam jogar com equipas menos apetrechadas técnica e fisicamente. A ideia passava não só por ganhar mas criar sempre uma diferença de golos como objectivo no término do jogo! Esta é uma das ideias lançadas pelo responsável máximo da Academia.
Outras são as ideias de competitividade que devem ser transversais. Ideias que podem ser transferidas para outros campos mesmo organizacionais. A ler...e debater. Fica apenas o apontamento que algumas das ideias são debatidas há muitos anos...e que poucos ou quase nenhuns jornais foram dando atenção a questões lançadas, quer por Professores quer pelo público em geral.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Dogbert e Dilbert
Ler um livro do Dogbert e Dilbert quando ainda estudamos, quando começamos a vida laboral, quando se está em início de carreira ou quando já temos alguma experiência em diferentes locais e com naturezas distintas, quase que afirmaria que é um processo de crescimento e maturidade.
Numa das passagens dos diversos livros que existem, achei uma pérola:
"Felizmente, há muitas coisas «gestoriais» que pode fazer para preencher o seu tempo e dar a ideia de que é um executivo capaz.
Buchas de gestão para queimar tempo
- Mudar o nome do departamento
- Relatórios de actividades
- Exercícios de trabalho de equipa
- Transferências dentro do escritório
- Escrever declarações de intenções
- Mudanças aleatórias na organização
- Fazer gráficos de apresentação
- Microgestão"
Caso para perguntar "Onde é que já vimos e vamos vendo isto?". Será que alguns dos nossos gestores seguem os seus modelos por aqui? Dado que vem de uma cultura americana, a concretização do uso de equipas raramente entra nas nossas organizações. Deve ser apenas por isso.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
O país não pode ter na sua juventude qualificada a melhor mercadoria para exportar
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Compromisso
Existe um equilibrio entre não querer estar e querer estar comprometido. Os perigos de não comprometermos as pessoas com os nossos objectivos, resultados, ambientes é bem superior ao comprometer. Comprometendo, existe uma percentagem mais elevada dos meus passarem a ser meus e deles. Nossos! Quem não sabe o que se passa, a razão para que estão a trabalhar ou esforça faz com que não seja prioritário, crie desinteresse, não dê o extra-mile e coloque outros factores à frente dessas funções que atribuem. Para além…de não saber, especular.
Uma simples alteração na abordagem modifica quase exponencialmente a atitude e comportamento do outro. Para melhor. Sabermos para onde se dirige ou queremos que se dirija o barco é mais do que suficiente para: criar trocas de ideias e quem sabe criação de mais valor, mesmo que exista discórdia existe por algo em concreto e não do desconhecido, existe um mapa e bússola, existe um reconhecimento com algo. Algo mais do que suficiente para altera a abordagem de quem quer alcançar um objectivo e necessita de outros para os alcançar.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
A incerteza de Jesus no Domingo(s)
A verdade é que com os nomes dos treinadores e as situações que os dois vivem actualmente, dava para realizar inúmeros trocadilhos: Jesus pode ser massacrado no Natal; Jesus precisa de Paciência para este Domingo; Que Domingo para Domingos?; etc.
Voltando à situação e ao jogo do próximo Domingo, acredito que uma derrota do Benfica deixa o clube sem objectivos quer ambiciosos (pois vencer a Taça da Liga nunca pode ser ambicioso para um clube como o Benfica), quer exequíveis (Liga Portuguesa ou UEFA...é para esquecer). Como escrevia um jornalista do jornal ‘Record’, se os resultados e as más exibições continuarem, não será apenas o JJ a ficar com o seu cargo em risco, arrisca a levar com ele a Direcção e toda a estrutura. Por isso acredito que mais derrota menos derrota, a própria Direcção do clube fica com as suas posições muito fragilizadas perante a queda do Futebol Sénior e as expectativas criadas de uma época para a outra.
Acredito que mais derrota menos derrota, também o Domingos pode ver a sua posição em risco, pois a meio da tabela da Liga Portuguesa está longe dos objectivos e potencial da equipa, e até Fevereiro, um novo treinador poderia muito bem ter tempo para se preparar para os embates europeus.
Voltando ao Benfica, JJ perde margem de manobra e os eventuais reforços a vir não passarão pelas mãos dele e alguns jogadores escolhidos por ele arriscam-se a ser emprestados ou vendidos. Continuará sempre por explicar como se gasta 6 M € no Rodrigo e se empresta. O Urreta ser continuadamente emprestado? Mais brasileiros e argentinos até quando?
Domingo…com uma derrota, duvido que quer Rui Costa quer Luís Filipe Vieira o consigam aguentar, com o risco de caírem mais tarde de forma mais precipitada. No Futebol, como me dizia Manuel Sérgio, não existem adversários, apenas inimigos. Até dentro dos próprios clubes…
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Expert Teams
- Expert teams share a clear and common purpose and a strong mission.
- They have clear (but not overly clear or rigid) roles and responsibilities. Members understand their roles and how they fit together
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Alinhamento entre o individual e o colectivo
Atletas que são treinados e 'formatados' a valores individuais e de um momento para o outro, a obtenção do objectivo passa a incluir uma equipa, um conjunto de colegas durante a competição propriamente dita. A tal questão de correr unicamente só ou estar numa competição onde se inserem também valores e comportamentos relacionados com uma equipa que apenas existe durante a competição e depois volta à 'normalidade'.
Poderíamos saltar quantas vezes as necessárias para a analogia entre o exemplo anterior e o mundo das organizações, onde damos preferência a valores organizacionais e profissionais relacionados com os aspectos individuais e depois, como fosse simples, mudar-se o chip para algo colectivo e em grupo.
Os treinadores trabalham atletas de forma a que os mesmos sejam fortes mental, física e tecnicamente e a conquistarem os seus objectivos de forma quase 'só' quando estão em competição. Em outras situações a confrontarem-se com um problema de alinhamento quando tentam explicar aos mesmos atletas que nesta competição, para a vencerem terão de trabalhar em equipa, puxar uns pelos outros.
Não se trata de nenhuma crítica ao nível competitivo das modalidades, antes, uma reflexão sobre a dificuldade do próprio treinador alterar o seu discurso e alinhar as formas metodológicas e processuais para conseguir aumentar o rendimento dos atletas, quer quando competem de forma individual, quer quando a sua modalidade 'oferece' a via colectiva.
Ao nível das organizações, mesmo as desportivas, essa necessidade de alinhamento é tudo menos empática. Não existe qualquer sentimento e preocupação relacionada com o ajustar do discurso e das mensagens a um melhor resultado final colectivo.
As dinâmicas geralmente são sempre as mesmas, apenas condicionadas se são comunicadas para uma pessoa só ou a um conjunto. No desporto, apesar de existir a dificuldade, a empatia e necessidade criam nos treinadores uma tentativa e esforço de mesmo em pouco tempo fazer com que os seus atletas entendam que o seu resultado individual depende sempre de um colectivo.
O desporto, que tem muita a ensinar às organizações, independentemente das suas dimensões, podia começar a catalogar os ensinamentos às organizações. Este era um deles.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Mind games...
Nem entro dentro da base técnica ou táctica, apenas nisto. Mourinho - como quase sempre - elevou bastante a fasquia. Hoje deu-se mal. Mas deu-nos a oportunidade de ver provavelmente uma das melhores equipas de sempre a ter um dos jogos mais perfeitos de sempre. Com uma percentagem de passe por volta dos 90 % (certo?), que moral terá Mourinho para chamar à atenção qualquer um dos seus jogadores quando passou a semana a 'picar' o ambiente? Quando fomentou o ambiente...não soube ele se os seus jogadores iriam aguentar jogar à 'rabia'?
À indisciplina táctica, viu-se um aglomerado de jogadores perdidos também mentalmente. As imagens não perdoam e a meio da 1.ª parte já se via um treinador emocionalmente abatido...haveria alguma equipa que notaria aquilo olhando para o seu treinador?
Por último, não será justo nunca comparar Ronaldo a Messi com o jogo de hoje, mas que Messi hoje ganhou 15-0...ganhou!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
O saber ser...
O primado empresarial do saber fazer deu lugar ao saber ser. As empresas estão cada vez mais conscientes do papel determinante dos seus colaboradores no sucesso da organização e estão decididas a apoiá-los na descoberta das suas potencialidades. O Coaching entrou no vocabulário das organizações lusas.
Tudo nasce em nós, disse um dia o filósofo grego Sócrates que com esta teoria inspirou aquilo que hoje conhecemos como o coaching. Uma ferramenta de gestão que orienta os profissionais de modo a explorarem as suas potencialidades individuais e a tirar delas o melhor partido e beneficio. Embora a buzzword seja recente no domínio da liderança, a verdade é que a prática do coaching é antiga, transversal a vários setores de atividade e norteada por um valor supremo: orientar os outros no trilhar do seu próprio caminho.
Em Portugal, o grande boom deste conceito deu-se em 2005, estimando-se que existam atualmente a exercer no mercado nacional cerca de 110 profissionais de coaching devidamente certificados. Mas para Maria do Carmo Bessa, coach e membro do Núcleo de Formadores e Coaches da Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos de Recursos Humanos (APG), “a aplicação do coaching ainda se faz sobretudo ao nível das comissões executivas e diretores de primeira linha”. A especialista reconhece que “o coaching ainda é visto como uma metodologia de elite – tanto mais que Portugal não tem, tendencialmente, uma cultura voltada para o coaching -, embora já exista um número crescente de casos de aplicação deste processo em chefias intermédias”, mas acrescenta que ainda há um longo caminho a trilhar neste campo. Um caminho que começa logo na própria desmistificação do conceito.
“Nem tudo é coaching e é fundamental que as pessoas e as empresas percebam isso”, argumenta Maria do Carmo Bessa, referindo que “A APG criou em setembro o Núcleo de Formadores e Coaches, exatamente para a balizar o trabalho de coaching e evitar irregularidades e utilização indevida do conceito”. Pensada em contexto organizacional – Corporate Coaching – esta ferramenta abarca o executive coaching e o team coaching , enquanto no território pessoal, falamos de life coaching . “Em nenhum destes territórios o coaching dirá ao indivíduo o que ele deve fazer, porque não é essa a sua função nem o seu caminho. O que fará é, trabalhando conteúdos específicos, ajudar o indivíduo a perceber as suas potencialidades e tirar delas o melhor partido e benefício”, explica a profissional.
Na verdade, para Maria do Carmo Bessa, a necessidade mais urgente na expansão do coaching é talvez que as pessoas percebam o seu conceito e o seu nível real de intervenção. “O coaching não impõe nada, nem dá regras. A sua raiz é o desenvolvimento das pessoas tal como o mentoring ou a formação, simplesmente de uma forma diferenciada: aqui leva-se a pessoa ao autoconhecimento, questionando e confrontando, ajudando-a a encontrar o seu próprio caminho, sem imposições ou fórmulas feitas para o sucesso”, explica. Tudo porque na raiz deste conceito está a ideia de que “quando a descoberta é feita por nós, sem imposições externas, é quando a interiorizamos com mais convicção e quando nos faz de facto sentido e agimos com mais eficácia”, defende Maria do Carmo Bessa. Diz a especialista que se trata de “atuar em profundo respeito por aquilo que é o outro e a sua etapa de vida” e na verdade, este método pode ter um impacto bastante positivo nos profissionais (ver caixa).
E contra factos não há argumentos: não há mudança organizacional sem haver mudança na mentalidade e postura dos seus profissionais. Isto significa que paralelamente a qualquer investimento tecnológico, re-estruturação organizacional ou plano estratégico, é fundamental atuar no plano das atitudes e emoções das pessoas. O grande desafio das empresas é, hoje, desenvolver o seu capital humano nas questões ligadas ao relacionamento interpessoal e emocional. Se outrora se viveu na Era do aprender a fazer, hoje o paradigma é do aprender a Ser e é esse o grande contributo do coaching para o universo empresarial e pessoal.
Um líder inspiracional
As organizações e os seus recursos humanos são estruturas em permanente mudança. Se antes era papel do líder descobrir o que era melhor para os seus colaboradores, hoje cabe-lhe ajudar cada um a desvendar a melhor forma de expressar o seu talento e colocá-lo ao serviço da organização, com impacto positivo nos resultados da mesma. Nesta relação de win-win , o coach tem um papel importante. Como se do treinador de uma equipa de futebol se tratasse, o coach pode:
. Ajudar o colaborador a aprender e a perceber as áreas em que o seu potencial de desenvolvimento é maior;
. Estimulá-lo a desenvolver a sua inteligência emocional e a tirar o melhor partido dela em termos profissionais;
. Apoiá-lo a explorar e definir as suas metas, a tomar opções, a lidar e analisar os erros, as suas raízes e formas de os resolver e ultrapassar;
. Facultar pistas ao colaborador para que ele possa encontrar o seu rumo na organização e superar-se a si próprio;
. Transmitir desafios concretizáveis, bem como sentimentos de segurança;
. Estimular a proatividade e o orgulho de pertença à organização;
. Promover o reconhecimento do mérito e impelir o colaborador a utilizar todo o seu potencial ao serviço da empresa;
. Ajudar a estimular a independência e autonomia do colaborador, bem como a sua competência e empenho.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Jorge Jesus tinha razão...
Bem, não sei mesmo se JJ irá aguentar a máquina (muito pesada e exigente) até ao final de Maio. Considero que a passagem à fase seguinte, não sendo uma obrigação, era uma corrida a três e em luta contra duas equipas que não estavam nas melhores condições desportivas quando o Benfica perdeu, quer em França, quer na Alemanha.
Se passarem à Liga Europa (falta garantir isso ainda...) penso que acaba por em termos desportivos ser mais exequível a longo prazo. Ninguém teria dúvidas que a passagem na Liga dos Campeões seria apenas até...aos 8.ºs finais.
De hoje ressaltam algumas coisas bastante transparentes: faltou marcar primeiro, aproveitar 1 das 5 ou 6 oportunidades claras de golo, sofreu-se 3 golos infantis, David Luiz há muito que não está com a cabeça no Benfica e outros jogadores andam em má forma.
JJ ainda não aprendeu a ser mais comedido. Sinceramente...dois a três aspectos vão marcar a época 2010/11:
. resultado do Benfica-Braga para a Taça;
. conseguir ir para a Liga Europa;
. como irá gerir a luta pelo 2.º lugar, ou seja, a aproximação do Sporting e o factor anímico nessa luta;
e daqui surge a resposta de quanto tempo vai durar o efeito de JJ ter sido campeão...
Porque as equipas não funcionam?
Este artigo é interessante, recomendo que leiam...rápido.
"You begin your book Leading Teams with a pop quiz: When people work together to build a house, will the job probably (a) get done faster, (b) take longer to finish, or (c) not get done?
That multiple choice question actually appeared on a standardized fourth-grade test in Ohio, and the obvious “answer,” of course, is supposed to be a—the work gets done faster. I love that anecdote because it illustrates how early we’re told that teamwork is good. People tend to think that teams are the democratic—and the efficient—way to get things done. I have no question that when you have a team, the possibility exists that it will generate magic, producing something extraordinary, a collective creation of previously unimagined quality or beauty. But don’t count on it. Research consistently shows that teams underperform, despite all the extra resources they have. That’s because problems with coordination and motivation typically chip away at the benefits of collaboration. And even when you have a strong and cohesive team, it’s often in competition with other teams, and that dynamic can also get in the way of real progress. So you have two strikes against you right from the start, which is one reason why having a team is often worse than having no team at all.
You’ve said that for a team to be successful, it needs to be real. What does that mean?
At the very least, it means that teams have to be bounded. It may seem silly to say this, but if you’re going to lead a team, you ought to first make sure that you know who’s on it. In our recent book Senior Leadership Teams, Ruth Wageman, Debra Nunes, James Burruss, and I collected and analyzed data on more than 120 top teams around the world. Not surprisingly, we found that almost every senior team we studied thought that it had set unambiguous boundaries. Yet when we asked members to describe their team, fewer than 10% agreed about who was on it. And these were teams of senior executives!
Often the CEO is responsible for the fuzziness of team boundaries. Fearful of seeming exclusionary—or, on the other end of the spectrum, determined to put people on the team for purely political reasons—the chief executive frequently creates a dysfunctional team. In truth, putting together a team involves some ruthless decisions about membership; not everyone who wants to be on the team should be included, and some individuals should be forced off."
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Para quem se corre assim?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
O mapa não é o território
Escutei esta frase no âmbito de uma formação que abordava a gestão de conflitos, expectativas, aspectos relacionados com a liderança, gestão de pessoas, etc. Para além de um problema de visão e missão da grande maioria das entidades públicas e também privadas no nosso País, que acaba por alinhar o próprio País numa caminhada sem objectivos ou indicadores, observamos que a busca de uma posição de liderança ou coordenação altera quase sempre as bases identitárias das pessoas, que de alguma forma, buscam um mapa ou título que as torne 'mais importantes'.
Na verdade, sabemos que o mapa que é entregue às pessoas, independentemente do cargo ou posição hierárquica que possuem, quase nunca bate 100% com o real território em que essas pessoas lidam. A não percepção de da distinção do mapa e território continua a ser deturpada por questões de formação de base e bom senso.
Observamos o sistema desportivo com um conjunto de princípios bastante válidos ao nível da competição propriamente dita, formação, treino, interacção ao nível dos atletas, treinadores, etc., e tudo se esfuma quase por magia a partir do momento em que essas mesmas pessoas enveredam pela parte de gestão, administração, coordenação mais administrativa/avaliação das Federações, Institutos, Associações, etc.
Tal fenómeno contribuiu para uma decalage ao nível dos resultados, principalmente se os soubermos diferenciar e segmentar o mérito: o que pertence por trabalho 'apenas' da parte técnica do treino, competição, formação, etc.; e aquela que advém 'apenas' do trabalho desenvolvido pelos dirigentes dessas mesmas entidades.
Questionar porque um treinador apela à justiça, alinhamento dos seus atletas, repetição no treino, procura dos 'experts' para as suas tarefas, comunicação frontal, desenvolvimento das competências dos seus atletas e, transferido para uma posição mais fora do terreno, assume comportamentos que contrariam os que antes aplicava para a obtenção...dos melhores resultados.
A não obtenção dos melhores resultados por falta ou recusa de procedimentos que fomentam a concretização dos objectivos, propiciam o estado a que o desporto (e não só) português chegou. A recusa de existir uma estratégia comum, nem que fosse ao nível das associações de uma federação! De uma visão alinhada pelo Estado, descentralizada pelas autarquias, federações, associações, etc.
A necessidade da existência de muitos pequenos mapas para incluírem todos os favores, que na realidades se reflectem em territórios sobrepostos, mal definidos, funções repetidas por duas, três ou mais entidades, visões que são incoerentes com as suas práticas, fazem com que hoje (fenómeno que sempre foi existindo, mas hoje agrava-se) não se deva apenas falar de poucas verbas, mas de verbas mal atribuídas e para os mesmos acontecimentos e, pior do que tudo, potencia que entidades se repitam na sua natureza e sejam adversárias e estejam explicitamente numa competição.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
A liderança de Paulo Bento
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Facilitar a criação de processos e equipas
Uma das questões que continua a mover esforços, estudos e comparações é a capacidade que algumas pessoas apresentam para conseguirem extrair uma maior capacidade e desempenho de um conjunto de pessoas. Há quem reclame que são dons naturais, outros que apelam à possibilidade que temos para treinar e aperfeiçoar competências que definem a capacidade para fazer algo que à primeira vista pode parecer simples, mas está longe de o ser: 1 +1 > 2!
Quando me iniciei por estas paragens, uma das características que mais contribui para que uma pessoa consiga num determinado tempo e com x recursos, retirar de um conjunto de pessoas um potencial acrescido, que as mesmas estejam empenhadas para tarefas e objectivos comuns, e de forma a envolver todos é a capacidade que essa mesma pessoa tem para facilitar os processos de equipa!
Diversos autores apresentam diferentes ‘teses’ sobre as características que uma equipa deverá apresentar, mas no geral são sempre abordados a confiança, a comunicação frontal, o respeito, o alinhamento, a participação, objectivos comuns e exequíveis, a organização e o reconhecimento.
Para que num conjunto de pessoas todos os processos atinjam uma harmonia e sintonia que permita aumentar o rendimento e empenhamento das pessoas que compõem uma equipa, existem os tais processos que de alguma forma ‘jogam’ com o potencial individual de cada um dos elementos que a compõem.
A facilitação nestes processos, nas fases de forming, storming, norming e performing atinge uma importância no equilíbrio e no desenrolar do andamento que diferentes equipas apresentam. O líder, o treinador, o coordenador, o responsável pelas equipas tem de possuir uma capacidade de facilitar. De não complicar. De observar o potencial que o rodeia, as pessoas à sua frente, o ambiente e saber como colocar aqueles indivíduos a realizar determinadas tarefas. Como as explicar? Como torná-las suas também?
Um facilitador, como o próprio nome indica, facilita! Como? O facilitador sabendo onde quer chegar, assume-se como um expert no processo. É no processo que coloca o enfoque da sua acção. Instrui e ajuda as pessoas a atingir um determinado objectivo sem manipular ou influenciar directamente as suas acções. Cria condições para serem geradas acções, ideias, comportamentos. Lidera um processo para serem tomadas decisões, conclusões e reflexões.
Faz recordar as pessoas do ambiente, objectivos, age consoante a necessidade que o grupo tem, mantém a ‘chama’ acesa relativamente ao caminho a traçar até ao seu objectivo e cria uma atmosfera de participação. Quase que um misto entre formador e coacher, que tenta extrair o máximo de cada um e por sinal, da equipa, mas sem orientar o que deve ou não deve fazer, tentando constantemente que através do fazer e reflectir possam tirar as suas conclusões da melhor forma de atingir algo.
A primeira vez que fui confrontado com o termo ‘facilitação’ ou de ‘facilitador’ encontrava-me num Fórum para jovens dirigentes em Aarhus na presidência dinamarquesa da União Europeia, 2002. Digamos que foi a partir daí que tive consciência que alguns dos métodos que já utilizava tinham algo daquela natureza e poderiam ser melhorados a todos os níveis. Que podia aperfeiçoar esse método de transmissão de conhecimentos, trabalhar competências, misturar bases de animação, desporto, formação, relações e facilitar-me também.
domingo, 7 de novembro de 2010
Onde se divide o mérito e a incompetência?
E antes do jogo começar, Villas-Boas sabia como o Benfica ia agir, foi-lhe 'dito' por Jorge Jesus: receosos; jogadores adaptados; desalinhados, pois precisavam de vencer mas vinham jogar com 3 defesas centrais. Nem entre na parte técnica, mas jogar com um defesa direito já de si adaptado (bom, é certo, mas adaptado), um defesa esquerdo adaptado, um defesa central sem ritmo, um extremo esquerdo que tem jogado sempre a defesa esquerdo, um Sálvio sem ritmo...
Bem, Villas-Boas teve a resposta às dúvidas dele. A questão é saber e verificar que o Porto ganha bem e justamente. Ganha sem fazer uma grande exibição. O Benfica faz apenas 1 remate à baliza, perde o seu capitão por agressão num acto que demonstra onde aquilo já ia. Não soube como seria jogar novamente contra o mesmo número de jogadores, pois Maicon não é expulso pelo mesmo gesto.
Roberto faz apenas uma defesa e sofre 5 golos, em que se pede mais no último. Não se consegue distinguir pela positiva nenhum jogador do Benfica. Falta perceber o quanto o próprio Benfica, que já partia em grande desvantagem de dinâmicas de equipa e de grupo para este jogo, contribuiu para uma maior queda e um maior ascendente do Porto.
Parece que a Liga termina aqui e começa um novo torneio pelo 2.º lugar com o Benfica, Sporting, Guimarães, Braga e afins. Quantos jogadores quererão sair já em Janeiro? Como será preparada a próxima época? Bem...parabéns ao Porto e à arbitragem, que tirando o lance de Maicon teve bastante positiva. Parabéns à SportTv também, que demonstrou sempre muita preocupação em focar os lances importantes do jogo. Será que o funcionário da SportTv que teve a coragem e a estupidez de passar uma repetição da agressão do Maicon ainda trabalha lá?
sábado, 6 de novembro de 2010
Os esforços de criar uma equipa
O 'porquê' de querer equipas? Exige bastantes esforços constituir uma equipa, crescer de um aglomerado de pessoas ou de um grupo para uma verdadeira equipa. Esforços temporais e a dedicação de recursos que naturalmente pesam nos bolsos de quem suporta. E claramente não vale a pena considerar essa hipótese se não soubermos o que de positivo a mesma pode proporcionar para o grupo de trabalho e para alcançar os objectivos propostos.
Penso mesmo que o objectivo de criar sinergias entre os colaboradores ou atletas é admitir que o todo tem de ser maior que a soma de todas as partes. Nestes contextos implica que haja cooperação para que se consiga atingir colectivamente mais do que todas as individualidades. Quando se trabalha em equipa necessitamos de certas competências como:
- foco para resolução de problemas;
- capacidade de tomada de decisão;
- capacidade de trabalhar sobre pressão;
- cooperação, compromisso, respeito e justiça;
- flexibilidade de acção e recepção de ideias de diferentes quadrantes;
- e por fim, uma enorme vontade de escuta activa!
Se sou o treinador de uma equipa e tento incutir isso a um número de atletas, não posso estar à espera que o meu estado de espírito seja só 'meu' e consiga separar a 100 % as minhas emoções interiores e aquelas que estão 'pegadas' ao meu discurso! Os estados emocionais e as acções dos líderes influenciam o comportamento dos subordinados e, portanto, o seu desempenho. A capacidade dos líderes para gerirem os seus estados de espírito e para influenciarem os estados de espírito dos outros já não pode ser considerado um assunto pessoal, é um factor que determina os resultados da equipa.
Este é outro desafio, sairmos do nosso estado de conforto para criarmos um estado de conforto noutras pessoas. Empatia e não simpatia. Se somos líderes, treinadores, coordenadores, chefias de alguém, deveremos em 1.º lugar dar as condições para que 'eles' estejam em posição de alcançar os objectivos. Este auto-conhecimento de sabermos se conseguimos viver num desconforto pessoal ao trabalhar com alguém e para esse alguém, torna o desafio ainda mais ...'desafiante'.
Para terminar, uma frase de António Damásio: "Uma das razões porque algumas pessoas se tornam líderes e outras seguidoras, umas comandam e outras se acobardam, tem a ver com a sua capacidade de promover certas respostas emocionais nos outros e não propriamente com os seus conhecimentos ou aptidões."
sábado, 30 de outubro de 2010
Benfica para este ano ou já 2011/12?
De ontem destacava também apenas os 3 portugueses nos 18 (2 a titular e 1 no banco) e a má forma física.
Os três jogos que refiro são contra o Lyon na próxima 3.ª feira em que é imperativo ganhar e se possível, por 2-0 para igualar o confronto directo contra os franceses. Próxima jornada da Liga contra o Porto, em que seria necessário uma vitória para dar ânimo e esperança aos benfiquistas, mas que observando a perfomance das duas equipas, um empate já seria muito bom. Depois contra o Sp. Braga para a Taça de Portugal, que nas últimas 3 visitas ao Estádio da Luz perdeu sempre por 1-0.
A verdade é que uma não vitória na 3.ª feira relega o Benfica para a Liga Europa. A verdade é que uma derrota no Estádio do Dragão oferece novamente a Liga deste ano ao Porto. Uma não vitória contra os bracarenses na Taça...e será mais um ano sem ganhar esse troféu.
Depois...aparece Janeiro, um mês de uma mini silly season! Ainda hoje o CM promovia Candeias e o facto do Porto ainda ter 30 % do seu futuro valor. Fala-se em mais uns brasileiros e as percentagens para outros dentro da estrutura do Benfica.
Que Benfica existirá nestes 3 jogos? E onde tocar em Janeiro e como comprar ou mexer no plantel?
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Workshop dia 9 de Novembro sobre Coaching e Liderança
Convido todos a estarem presentes. Confirmem para cestur@eshte.pt ou por telefone 21 0040744/49.
Conto com a vossa presença
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Perceber o que se passa cá dentro!
Após isso, fui lendo e observando a quantidade de excelentes trabalhos publicados e os prémios de reconhecimento de alguém que teve de ir para os EUA ter as oportunidades que em Portugal (e porque não na Europa também) não conseguiu.
No outro dia, fruto de uma obrigação profissional, dei por mim às 7 da manhã a ler a reportagem no jornal Público. Excelente, teria de o ser para me manter às 7 da manhã focado em algo. Recomendo para todos. Estudantes, Professores, Treinadores, Técnicos, Chefias, tudo! A ler aqui! Reparei que o meu amigo RA também a publicou. Ainda bem, mais uns a remar.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
E se Portugal mudasse de nome?
Para além das questões comportamentais, legislativas, processuais, as pessoas e os colaboradores são os mesmos. Como alterar tudo juntamente com os comportamentos das pessoas que deverão (?) modificar as suas atitudes e acções porque de um dia para o outro, alguém lhes comunica "somos privado"?
As questões comportamentais, a formação, a inclusão das pessoas na mudança, explicar-lhes o porquê é deveras importante nem que seja para que todos, excepto o coelho do País da Alice das Maravilhas, saibam para onde ir.
Semelhante ao facto de Portugal alterar de um dia para o outro o nome para Alemanha, Bélgica ou Luxemburgo, por exemplo. E assim, tal como o estudo europeu indica, esses países produzem até à manhã de 4.ª feira, o mesmo que Portugal produz até ao final da 6.ª feira. E assim, todos poderíamos produzir mais um pouco, ou aproveitar mais um dia para juntar ao fim-de-semana. Funcionaria?
Claro que não. As pessoas, o contexto, a cultura é a mesma e alterar o nome não seria suficiente. Tal como mudar o estatuto ou o enquadramento não é suficiente nem constrói qualquer alicerce de segurança, pois, as pessoas não alteram os seus comportamentos sem formação, sem consequências, sem motivações, etc.
Falamos em motivar, produzir mais, substituir nomes e pessoas, não alterando a cultura e a sistematização, não construindo e/ou cimentando uma visão e missão. É um efeito que pode ser comparado aos foguetes, que sobem como as expectativas, brilham e fascinam, mas acabam por apagar-se como o efeito.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Um texto sobre Motivação
Desloco a última frase para aqui: «Não julgue cada dia pela colheita que fez, mas pelas sementes que plantou.» "
Atitude mental e capacidade de desenvolver comportamentos mais positivos em relação ao trabalho, à profissão e às pessoas. Dominando a vontade e a parte imatura de nosso ser, que busca fugir da responsabilidade e de enfrentar a realidade. Uma perspectiva sobre o tema da motivação.
Há muitos conceitos e desenvolvimentos sobre a motivação. Geralmente, assiste-se a uma diferenciação entre motivação intrínseca, gerada por necessidades e motivos (teorias cognitivas), e a motivação extrínseca, gerada por processos de reforço e punição (teorias comportamentalistas).Todavia, acho que pode apenas ser considerada como o impulso interno que leva à acção ou a força que puxa/ atrai.Acredito que para se ser capaz de superar as dificuldades e os cansaços próprios da vida, é necessário ver cada meta como algo de grande e positivo que podemos e devemos conseguir alcançar. Por isso, nas pessoas motivadas sempre há «alguma coisa» que lhes permite obter satisfação onde os outros não a encontram.Aquelas que se sentem eficazes recuperam mais depressa dos fracassos, não se perturbam demasiado pelo facto de que as coisas possam correr mal; pelo contrário, fazem-nas o melhor que podem e procuram a maneira de as fazer ainda melhor na vez seguinte. O sentimento da própria eficácia tem um grande valor estimulante, e vai acompanhado por um sentimento de segurança que alenta e conduz à acção.O dia-a-dia requer uma contínua improvisação de habilidades que permite abrir caminho entre as diversas circunstâncias que se nos deparam, tantas vezes ambíguas, imprevisíveis e stressantes. Cada um de nós responde com sentimentos distintos, que levam a uma retirada ou à constância, dependendo da ansiedade que produzam e da nossa capacidade para suportar.há bastante diferença entre dispor de uma determinada capacidade e ser capaz de chegar a utilizá-la. Por essa razão, pessoas distintas com recursos semelhantes – ou a mesma pessoa em distintas ocasiões – podem ter um rendimento muito diferente.O mundo emocional de cada um dificulta ou favorece a sua capacidade de pensar, de sobrepor-se aos problemas, de manter com constância alguns objectivos. Por isso, a educação dos sentimentos estabelece um limite da capacidade de fazer render os talentos de cada um.É certo que as disposições sentimentais têm uma componente inata, cujo alcance é difícil precisar. Mas existe também a poderosa influência da família, da escola, da cultura em que se vive. E existe, sobretudo, o próprio esforço pessoal para melhorar.Cada estilo sentimental favorece ou entorpece uma vida psicologicamente sã, e favorece ou entorpece a prática das virtudes ou dos valores que desejamos alcançar.Daí eu ser da opinião de que o conhecimento do carácter é demasiadamente importante. Este compõe-se de elementos inatos e de elementos adquiridos. Os primeiros, inatos, estão ligados ao organismo e não são susceptíveis de uma modificação total. São a constituição física, o temperamento e a inteligência (esta última nas suas várias formas – concreta, abstracta; lógica, imaginativa). Os segundos, adquiridos, são: o conjunto dos sentimentos, o conjunto dos valores e dos ideais e o conjunto das atitudes.Se uma pessoa viver permanentemente frustrada porque a maior parte dos seus sonhos não se realizam, a tristeza não o vai abandonar. Mas se perceber que a grande maioria dos seus medos também nunca se concretizam, decididamente voltará a ser feliz.
O problema na vida é a dimensão que damos às coisas que acontecem; o problema não é o problema, mas a atitude que temos diante deleÉ a partir do conhecimento do carácter que constituímos a nossa imagem. A imagem que cada um tem de si mesmo é em grande parte o que queremos que os outros pensem sobre nós, sendo uma componente real da personalidade, e que regula em boa parte o acesso à própria energia interior. E, em muitos casos, não só permite o acesso a essa energia, como inclusivamente cria essa energia.Como actualmente vivemos num mundo susceptível de muitos julgamentos, e em que a noção errada de liberdade leva a não contrair vínculos e a quebrar com facilidade os vínculos contraídos, é oportuno recordar que a liberdade é, na sua forma maior, liberdade de nos amarrarmos, de honrar a nossa palavra, de demonstrarmos o quanto somos responsáveis. É esse o significado de «criar laços».A vida não pode ser encarada como um jogo, mas sim como um caminho que vai criando oportunidades, algo que se adoptarmos uma postura positiva e saudável, gerindo bem as situações de desgaste, nos permite singrar com maior facilidade.Só a pessoa que é deveras íntegra e responsável é autenticamente livre. Quem não o é, joga constantemente e é ainda criança, imatura, insensata e pouco correcta.Os novos tempos exigem mudanças. O ser humano precisa de encontrar o seu verdadeiro espaço na dimensão pessoal e na dimensão profissional. Ele deve sentir a sensação de pertença no todo, dirigindo a sua energia e partilhando-a com a sua família e com os seus colegas.O que eu quero dizer é que importa que haja um esforço de disponibilidade e acessibilidade para os outros, mas que cada ser humano tem de ser capaz de encontrar em si mesmo o impulso e subir pelos seus próprios créditos.É a essa fase que eu chamo «maturidade plena». Quando tomamos consciência do que realmente somos e do que realmente temos e poderemos ter – em condições de vida normal.E é justamente tal maturidade que nos ensina a gostar do que fazemos. Viver a vida toda em busca de «fazermos aquilo de que gostamos» pode desviar-nos do prazer de «gostar do que fazemos».Uma pessoa realmente madura, mais do que buscar fazer aquilo de que gosta, aprende a gostar do faz. Aprende a gostar da sua família como ela é. Aprende a ver a sua verdadeira imagem e a gostar dela tal como é. Aprende a ver o seu emprego e a gostar dele e a sentir prazer no trabalho que executa.Não obstante, este exercício de aprendizagem não é conseguido por todas as pessoas, o que faz com que permaneçam em constante tensão. Passam o tempo todo em busca do que, muitas vezes, nem elas próprias sabem o que é. Elas sabem do que não gostam, mas não sabem do que realmente gostam. E essa busca, muitas vezes, dura uma vida toda de insatisfação e não-realização.Insisto, apenas na consciência da realidade de que, num certo momento da vida, é preciso gostar do que se faz e buscar a felicidade na madura dedicação e no comprometimento com o que se está fazendo e vivendo. É tudo uma questão de atitude mental e de desenvolver comportamentos mais positivos em relação ao trabalho, à profissão e às pessoas. É preciso dominar a vontade e a parte imatura de nosso ser, que busca fugir da responsabilidade e de enfrentar a realidade Sei que muitos leitores não concordarão com o que estou a afirmar e que defendem que, até ao dia do «juízo final», temos que procurar aquilo de que gostamos. Concordo com o ideal dessa busca, mas é preciso reconhecer, sem fantasias, que a vida na prática mostra que pessoas que aprenderam a gostar do que fazem acabaram por descobrir a felicidade e o sucesso de forma igualmente gratificante. Elas aprenderam a não desperdiçar a vida. Isso não invalida que deixem de ter novas ideias e desafios pela frente, mas mostra que sabem aproveitar cada etapa das suas vidas, como se fosse única.Devemos lembrar-nos de que o estado da vida de cada um de nós nada mais é do que o reflexo do estado da própria mente. Logo, se deixarmos que memórias agradáveis sobrevivam em tempos de tristeza conseguiremos criar fortes convicções e levar a cabo extraordinárias acções.Efectivamente, quem quer fazer algo encontra um meio, quem não quer arranja desculpas. O segredo da existência humana consiste não apenas em viver, mas ainda em encontrar o motivo para viver. Só assim se consegue afugentar a mediocridade e pôr em relevo a qualidade dos talentos existentes em cada pessoa.É por isso, que compreendo bem o que o poeta e escritor Robert Stevenson quis transmitir com esta mensagem: «Não julgue cada dia pela colheita que fez, mas pelas sementes que plantou.» "
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Identidade das Organizações Desportivas
Observamos os seus papéis sociais e desportivos, comparamos planos, acções, movimentos, estratégias, cruzamos informação, focamo-nos nas pessoas e não nos seus propósitos, escondemos informação e distribuímos um mapa pensando que tal significa o seu território. Sempre foi tempo de pensar a distribuição de funções, tarefas e razões de (in)existência dos Institutos, Fundações, Confederações, Comités, Associações, etc.
A identidade das organizações reúne vários itens: cultura de acção, história, visão, missão, procedimentos e valores de actuação. Os tempos modernos e as suas 'regras' de actuação convidam as organizações a alterarem procedimentos, formas de estar e viver. Convidam ou forçam, a mudança torna-se um sinal natural e/ou de segmentação. Será desta que alguém de direito (e deveres) se debruçará para a não convergência de todas as organizações desportivas em prol de uma só estratégia?
Deveremos continuar a multiplicar papéis, subverter o papel dessas mesmas organizações, competir entre elas para os mesmos fins? Gastar e investir recursos para os mesmos fins, com tanta tarefa que vai a meio ou nunca foi mesmo iniciada? Não seria mais simples, entre todos, federações e associações incluídas, decidir quem ficaria com o papel formativo, do associativismo, coordenação do desporto autárquico, competitivo, representações internacionais, diálogo com as federações, conselhos que não se atropelem, focar as populações especiais, etc?
Observar a forma como o desporto em outros países está distribuído e organizado seria um bom exercício. Existem exemplos para quase todos os gostos, e mesmo um País como Itália, que pode ser sempre 'acusado' de possuir também os nossos hábitos latinos, está organizado de uma forma bem mais realista e operacional, em que pelo menos, existe uma entidade que implícita ou explicitamente, assume a coordenação e a última tomada de decisão.
Em Portugal, tal como as várias intervenções que são feitas - por exemplo - nos passeios da rua, uma vez para a electricidade, outra vez para a água, outra para a Zon ou a Meo, etc, mas nunca ao mesmo tempo para se poder distribuir as tarefas pelo tempo e proporcionar sempre tarefas aos trabalhadores, mesmo que isso implique a destruição do passeio vezes sem conta. O sistema desportivo é semelhante, proporciona e cria as mesmas tarefas e funções multiplicadas por diversos, para sustentar verbas a serem gastas por diferentes territórios pessoais e egos.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Uma acção sobre equipas 4G
Aqui...
http://mbuintelligence.com/blog/?p=631
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Mentoring and Coaching
Hoje, cada vez mais, se exige aos líderes e gestores que sejam coaches dos seus colaboradores, ou individualmente ou de uma equipa.
Ter a capacidade de fazer o coach interno tornou-se uma competência muito valorizada nas empresas. É assim que surge, também cada vez mais, a necessidade do treino em coaching. Durante esse tipo de sessões de treino surge frequentemente a pergunta: "Coaching e Mentoring são a mesma coisa?". A resposta é não! Embora relacionados, não são, de facto, o mesmo. Desde logo um mentor pode ser um coach, mas um coach não é um mentor. Enquanto o primeiro actua funcionalmente e está focado na performance, o mentor, seja no âmbito de um programa de mentoring formal ou numa relação informal, foca-se na relação com o indivíduo. Mas existem outras diferenças significativas.
O coach tem uma agenda específica, já que esse papel é um dos requisitos da sua função como líder ou gestor. O papel do mentor é mais o de facilitador e tem lugar fora da relação gestor/colaborador.
Ou seja, no primeiro caso a relação decorre da própria função de gestão, no segundo a relação é escolhida e decorre do valor que é percebido pelas partes. Acontece, por isso mesmo, que no coaching a relação termina se a linha funcional desaparece. No mentoring a relação pode perdurar e transformar um processo formal num informal.
Assim, os dois papéis, sendo assumidos por pessoas com posições diferentes na organização, são igualmente importantes, complementando-se: o coach, responsável directo do coachee, focalizado em objectivos de negócio e performance, o mentor focado no desenvolvimento pessoal.
É importante sublinhar que o mentor, ao contrário do coach, não avalia o mentoree em relação ao seu trabalho e não dá informação para revisões salariais ou promoções, o que cria um meio de aprendizagem "seguro" em que o mentoree tem à vontade para discutir abertamente o que o preocupa na organização sem preocupações de eventuais consequências negativas.
Imaginemos o colaborador que diz ao seu manager/coach que não está a conseguir atingir um determinado objectivo porque tem um conflito com um colega da equipa. A resposta do coach pode muito bem ser: "O que pode fazer para ultrapassar o conflito e conseguir atingir o objectivo?", ou "O que pode fazer para que o conflito não interfira nos objectivos?". Já o mentor pode intervir com uma pergunta mais aberta: "Quer falar-me desse conflito?" sem prejuízo de prosseguir a partir daí para o atingir de objectivos.
As mudanças rápidas a que as empresas estão hoje sujeitas, tornam difícil atrair e reter talentos. Por outro lado, as estruturas organizacionais cada vez mais achatadas, levam a que se aposte na oferta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento dos colaboradores. É aqui que, quer o coaching, quer o mentoring, surgem como ferramentas poderosas a utilizar em programas de retenção de talentos.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
O paradigma da informação vs aprendizagem
A informação chega hoje à velocidade de segundos, à distância de uma pesquisa pela internet ou à troca de informação com profissionais do outro lado do oceano. Se esta quantidade de informação pode possibilitar inúmeras vantagens para o desenvolvimento da sociedade e de sectores em específico, pode criar expectativas e falsas-percepções de auto-conhecimento que provocam mais conflitos, trocas de ideias mais confusas e uma maior decalage entre o que se pensa que se sabe (quantidade de informação recebida) e o que na realidade o agente desportivo sabe (informação que é traduzida em conhecimento e aplicada correctamente).
Se o leitor considera que o referido é algo não se passa é porque (felizmente) tem o hábito de pesquisar informação com maior regularidade, já há algum tempo, está inserido num meio que possui essa filosofia, etc.
Mas infelizmente o aspecto transversal da nossa sociedade não é esse. Muitos sub-sectores ou sub-ramos do desporto vivem algo que não estão a conseguir adaptar-se: fazer diferente hoje porque é assim que se faz; ou pensar que ler ou ouvir como se faz, torna a pessoa capacitada para o fazer.
Subirmos o nível de exigência apenas porque a informação está ao alcance de todos ou a um nível mais acessível é criar patamares de exigência que corresponderão, mais cedo ou mais tarde, à incapacidade e desafios que essa mesma exigência cria. Considero que esse é um cenário que se passa em muitas chefias de processos, equipas, serviços, pessoas, etc., que é a pressão de acompanhar a modernidade, estar ao nível que alguns serviços, produtos, equipas, processos, pessoas assim o exigem. A necessidade de parecer bem, dar saltos não protegidos pelo conhecimento.
Pode parecer de senso comum o que se afirma ou se aborda, mas em campos como o ensino, o treino, a formação formal ou informal, o dirigismo, a coordenação de projectos, é fácil assistir-se a decisões, liderança, aulas, formações com base unicamente em informação que se ‘apanhou’, mas que na realidade não se sabe bem qual o impacto da mesma e que outros desafios e consequências irão criar. Não é bem a diferença do saber saber e do saber fazer ou ser. É a diferença entre o saber porque se leu e os restantes ‘três saberes’.
Quando se aborda que a informação é um bem necessário e nos pode ajudar a dar passos e saltos na qualidade da oferta desportiva a vários níveis, o cuidado como ela chega e o que se faz com a mesma deve ser um cuidado a gerir a quem compete. Quem diria que não ter boa e melhor informação era um problema com tantas implicações como tê-la, mas não a sabendo usar?
terça-feira, 5 de outubro de 2010
AVB, nada como um espelho para aprender
Não vi o jogo de ontem do Guimarães - Porto, apenas hoje de manhã vi, primeiro, as capas dos jornais, depois o resumo na SIC e finalmente, li os jornais. Existe uma clara decalage entre aquilo que o treinador do FCP diz e que na verdade - as imagens da tv e as crónicas dos 3 jornais dizem - ou seja, a expulsão do Fucile é justa, há um possível penaltie para o Guimarães e um fora-de-jogo mal tirado a Falcão. Mas ninguém fala dos lances que AVB denuncia. Estranho ou não, há um jornal que manda para o ar a táctica de pressão usado por Mourinho. Até podia ser verdade, mas o AVB diz que não é o Mourinho, por isso, presumo que aquela faceta que se viu durante o jogo, na expulsão, nas entrevistas pós jogo sejam a parte de baixo...muito pouca, diga-se, do iceberg de AVB.
AVB tem surpreendido, contra factos não há argumentos. Considero que o Porto actualmente é um pouco como o Benfica de outros tempos, qualquer treinador arrisca-se a vencer, mas isso não retira o mérito de AVB.
No entanto...aconselho AVB a ler as palavras de Miguel Sousa Tavares hoje no jornal 'A Bola'...treinador que aos 30's não aceita critícas, achava que ia ganhar sempre e não consegue lidar com critícas e derrotas...não vai longe. Venha um espelho para o André!
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Ouvi três defeitos que um líder não pode ter...
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Um Psicólogo do Desporto no Futebol Profissional
"O especialista Pedro Almeida passou a estar perto da equipa de Jorge Jesus depois da derrota na Madeira com o Nacional.
O plantel do Benfica passou a ser acompanhado pelo psicólogo Pedro Almeida há já algumas semanas. A decisão foi tomada pelo presidente Luís Filipe Vieira e pelo director desportivo Rui Costa, sabe o DN, após a derrota na Madeira, com o Nacional, a 21 deste mês.
Trata-se de um regresso à equipa principal, depois de no início da época passada, tal como o DN avançou, o treinador Jorge Jesus ter prescindido da sua presença junto da equipa principal, passando Pedro Almeida a exercer funções apenas junto da formação.
Só que os maus resultados neste início de época e a falta de confiança de alguns jogadores obrigaram a esta decisão por parte da estrutura da SAD, à qual Jesus, desta vez, não se opôs. Um dos atletas que mais beneficiaram com a presença constante e os metódos do psicólogo foi o guarda-redes Roberto Jiménez, que aos poucos viu aumentar os seus níveis de confiança ao ponto de, na Luz, muitos dizerem que já não parece o mesmo que iniciou a temporada. Esta noite terá oportunidade de prová-lo na Alemanha, ante o Schalke.
Sabe o DN que o trabalho de Pedro Almeida incidiu, numa primeira fase, na recuperação psi- cológica dos atletas, que ficaram bastante afectados com as três derrotas consecutivas com que abriram a época (FC Porto, Académica e Nacional), tendo depois procurado reforçar a confiança e o controlo emocional entretanto perdidos pelos jogadores.
Pedro Almeida tem um papel importante na melhoria da autoconfiança da equipa, mas também teve uma intervenção de relevo na conquista do título da época passada. É que, apesar de na altura não fazer parte da equipa principal, a SAD solicitou, por várias vezes, a presença do psicólogo junto de alguns jogadores na fase decisiva do campeonato. O DN sabe que aquele clínico chegou mesmo a deslocar-se a casa de alguns atletas fora das horas de treino para trabalhar a confiança e o controlo emocional."
terça-feira, 28 de setembro de 2010
A gestão do Futebol Profissional do Sporting vista por alguém de fora!
JEB é contestado. Atenção...ganhou as eleições há um ano com 90% dos votos. Costinha, que em Dezembro de 2009 tinha sido vetado pelo ex-futuro treinador dos verdes que acabou por ir para o Porto, assumiu a pasta do Futebol e, sendo verdade que sem dinheiro é mais difícil, acabou por falhar na gestão das contratações e saídas de jogadores.
Têm passado demais Directores Desportivos ou do Futebol nos últimos anos. Pedro Barbosa, Sá Pinto, Costinha, etc...Muitos para tão poucos resultados. Diria mesmo que o melhor elemento, quer se goste quer não se goste, que passou nos últimos anos pelo Futebol Profissional do clube foi o agora seleccionador nacional. Ganhou pouco, mas ganhou algo. Não ganhou mais, mas também não será com outros que irão ganhar. O clube assumiu uma fixação pelo desequilibrio e desnorte que de x em x tempo volta ao local do crime. É uma espécie de cópia do que era o Benfica até há uns 3 ou 4 anos e que poderá sempre lá voltar.
O clube terá de assumir as suas forças e fraquezas, e uma delas - sempre na comparação com o Benfica e Porto - é que a capacidade financeira é menor e com isto, exige uma ponderação melhor na política de contratações. Como acontece com o Sp. Braga por exemplo.
Existem em Portugal milhares de treinadores e também gestores de plantéis, directores, etc. Todos de nós temos um pouco, mas como explicar a venda do melhor ou segundo melhor central do plantel quase a custo zero (ou foi mesmo a custo zero?) e aquisição de um central argentino de 2.ª ou 3.ª linha por 3 milhões de euros? Que não joga! E a venda ou o desbravar de jogadores da Academia como Pereirinha ou Adrien para ir buscar brasileiros com menor valor? E Caneira...que se passa ali, ou um jogador que era titular e jogou nos melhores campeonatos do mundo não tem lugar nem no plantel?
Amanhã haverá uma Assembleia e começam a aparecer interessados...e onde falha mesmo, é na gestão de recursos humanos e desportivos. Falta e falha mesmo!
sábado, 25 de setembro de 2010
Ter habilidade é bom mas...
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A diferença entre a formação/treino e a realidade
A adaptação do treino e formação àquilo que encontramos na realidade é um contexto que deve preocupar quem forma e treina e quem decide 'colaborar' e participar nessas acções.
Tal como encontramos atletas que treinam como competem, também encontramos formandos que participam nas formações e dinâmicas que constam delas tal como estivessem a 'sério'. Para quem forma, dá gosto ver os formandos a aplicarem-se e esforçarem-se ao máximo nas dinâmicas. Tal como qualquer treinador adora ver os seus atletas a focarem-se nos objectivos do treino quer na parte técnica quer na parte emocional.
Cabe ao treinador e formador encontrar os melhores exercícios e metodologia para que os atletas e formandos possam encarar a personagem da competição e dia-a-dia de trabalho de forma igual, com a menor diferença possível! Não se fala apenas dos exercícios técnicos, tácticos, expositivos ou questionários x ou y. Fala-se na atitude igual, comportamentos semelhantes, dedicação e partilha dos valores individuais e de equipa.
No ponto 1, cabe ao formador e treinador dar as ferramentas e informações necessárias para que se possa caminhar e descobrir (ponto 2), caminho em que a seta azul significa a decalage entre o treino e a realidade.
O ponto 3 é a protecção (dos três p's de quem lidera) por parte do formador e treinador, perceber o timing correcto para 'deixar ir' o atleta à realidade confrontar-se entre o que possui e o que é necessário.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
A gestão de carreira de Mourinho
Saiu a ganhar na sua saída do Benfica, em que vence 3-0 ao Sporting na Luz e confronta Vilarinho com a exigência de mais um ano. Quando vence a Liga dos Campeões pelo Porto e negoceia logo ali com o Chelsea. Quando vence a Liga dos Campeões pelo Inter e negoceia logo para o Real Madrid. Vários casos...por cima.
No entanto, nesta rábula da FPF, Madaíl, Real Madrid e José Mourinho, diria que pela primeira vez, vejo José Mourinho a sair mal na fotografia. Disse a todos que estava interessado e receptivo em ser o Seleccionador Nacional (por 2 jogos...), assumiu publicamente essa vontade, a não compreensão do Real Madrid em não deixá-lo ir e por fim...Madaíl acaba por não assumir formalmente o convite, dizem as más línguas. Mourinho mostrou-se e o Real Madrid defende-se que não recebeu convite.
A coisa correu mal e como costume...Madaíl anda no silêncio, onde se move melhor!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Coaching, Desporto e o jornal Público
Os treinadores e os líderes desportivos estão a recorrer cada vez mais a um tipo de formação que nos últimos dois anos se tem multiplicado em Portugal e pela Europa. Trata-se do coaching, uma área que começou a ser utilizada pelas empresas para potenciar o rendimento dos seus colaboradores e que, ultimamente, está a chegar àqueles que têm por objectivo liderar formações desportivas.
Augusto Inácio, Manuel Machado ou o ex-andebolista Carlos Resende foram alguns que já tiveram contacto com esta nova realidade e consideram que os resultados são positivos. O antigo treinador campeão de basquetebol Jorge Araújo foi mesmo um dos pioneiros na utilização desta técnica, quer no desporto, quer nas empresas em Portugal.
Teoricamente, esta técnica aumenta a confiança, a capacidade de comunicação entre técnico e atletas, amplia competências, permitindo uma melhor utilização do potencial dos desportistas. E os cursos multiplicam-se, requisitados por clubes e empresas.
"É uma ferramenta transversal a toda a sociedade e mais importante ainda quando se tem por actividade dirigir um grupo de trabalho", garante Carlos Resende. "Ajuda a adquirir competências para retirar o melhor partido do conjunto de atletas que fazem parte de uma equipa e dos próprios técnicos. Mas é tão importante no desporto como em qualquer empresa", continua aquele que é ainda hoje considerado por muitos como o melhor andebolista português de sempre.
Resende frisa que um dos aspectos mais importantes é a eficácia com que depois se consegue passar a mensagem para o grupo: "Conseguimos transformar os vários objectivos de cada atleta num objectivo mais amplo que é o da equipa."
Uma opinião partilhada por Pedro Vieira, co-proprietário de uma empresa que presta serviços de coaching. Este especialista em programação neurolinguística e neuroestratégia refere que muitas vezes no futebol parte-se do princípio que todos os atletas estão focados no mesmo objectivo, o que, no seu entender, não é verdade. "Cada elemento tem as suas ambições e a função de um líder é fazer convergir todos para algo maior que é o bem do grupo.
O coaching permite treinar técnicas, por exemplo, para desenvolver confiança entre o treinador e os atletas", explica aquele economista que, depois de trabalhar numa multinacional onde lhe foi proporcionado o acompanhamento por um coach, passou a interessar-se tanto pela área que acabou por fazer vários cursos em Inglaterra. Pedro Vieira aponta o actual momento da selecção nacional, na qual diz existir uma "grande dificuldade em reunir os vários talentos que a equipa possuiu num objectivo comum", como um exemplo em que o coaching seria importante".
Evitar declarações a quente
O interesse nesta área está a aumentar entre os profissionais do futebol. Manuel Machado, treinador do V. Guimarães, só conseguiu participar em algumas sessões num curso na Madeira, mas pretende conhecer melhor aquilo que define "como mais uma ferramenta de trabalho". "Nas poucas sessões em que participei fiquei com a ideia que a forma de comunicação, a capacidade de fazer passar a mensagem é particularmente importante", diz.
"É uma coisa nova que não visa a táctica, nem os treinos, mas ajuda sobretudo na organização e oferece-nos uma preparação extra, por exemplo, no relacionamento com a imprensa, evitando muitas declarações imprudentes a quente. Passamos a fazer uma antecipação mental das coisas", conta, por seu lado, Augusto Inácio que garante estar a tirar dividendos do curso Sports Coaching que frequentou. "Passei a ter uma capacidade maior de automotivação, acreditando que é possível superar obstáculos que consideramos impossíveis. Também se aprende a passar essa motivação para o grupo", remata.
O especialista em Psicologia Desportiva Jorge Silvério confirma que o coaching utiliza a psicologia para aumentar as capacidades de treinadores e dirigentes. "Há um conjunto de técnicas e estratégias que o coaching está a recuperar para o desporto que são muito importantes e permitem ao treinador ganhar em liderança, comunicação e interacção", diz. Os formadores de coaching referem que os técnicos perderam, com a dedicação extrema aos aspectos tácticos e físicos, aspectos como a motivação e a comunicação. "O coaching está a trazer novamente muito daquilo que se tinha esquecido em termos de liderança e motivação", conclui o coach Ricardo Silva.
domingo, 12 de setembro de 2010
Basquetebol é um mundo à parte nas equipas!
O que trago para a conversa - algo que cheguei a tentar explicar ao meu amigo PS e mais dois seus amigos - é que o Basquetebol é de longe a modalidade colectiva mais complexa que existe, a que mais regras tem, a que mais condicionantes quer no acto defensivo quer no acto ofensivo fomenta, exige e proporciona aos atletas e equipas.
Observar o método de trabalho de um treinador de Basquetebol ou de outra modalidade colectiva é um trabalho engraçado. Não digo com isto que os treinadores de basquetebol sejam melhores que os outros, até porque são 'mundos' diferentes. Apenas refiro que no Basquetebol existem tanta estatística, tanto dado importante, um ritmo tão elevado no jogo, condicionantes como o tempo de 24'' no ataque, 10'' na transposição para o meio-campo do adversário, 3'' no garrafão, segundos para repor a bola em jogo, etc...
Ao nível das dinâmicas de equipa ou grupo, o Basquetebol oferece um conjunto infindável de referências para se estudar as inteligências colectivas, dado o ritmo a que acontecem. Boa modalidade para se estudar...
sábado, 11 de setembro de 2010
Algumas acções de formação!
Objectivos do Curso: A participação neste curso visa desenvolver objectivos e princípios de trabalho em grupo, fomentar uma comunicação aberta e coordenada entre todas as partes integrantes, definir os papéis e áreas de responsabilidade sobre o trabalho a ser desenvolvido por cada elemento das equipas, um nível superior de autonomia e inter-dependência nas equipas e um estilo de liderança adequado ao ambiente, pessoas e situaçõe...s.
Destinatários: Líderes, Dirigentes, Chefias, Coordenadores de Equipas e Projectos e Treinadores.
Conteúdo Programáticos: O programa do curso considera a abordagem a conteúdos técnicos na área da Liderança, Gestão e Coordenação de Equipas, designação da visão e missão de uma equipa, sempre através de uma vertente prática (dinâmicas e exemplos) e experiencial do saber fazer.
Bloco 1. Equipas: realidades, autonomia e características .
Bloco 2. Liderança: Estilos e Contextos . Bloco 3 . Coaching: Individual, Organizações e Equipas.
Bloco 4. Comunicação nas Equipas .
Bloco 5. Gestão de Conflitos e Interdependência.
Bloco 6 . Visão e Missão das Equipas
Formador: Rui Lança
Formado na área do Coaching pela International Coaching Federation
(ICF), Executive Master em Auditoria em Gestão na EGE da Universidade Católica do Porto Pós-Graduação em Liderança e Gestão de Equipas pelo INA Mestrado em Gestão do Desporto pela FMH/UTL.
Para mais informações:
e-mail: comercial@cedis.pt
Telefone: +351 21 967 66 20
Fax: + 351 21 967 66 69
Mais a Sul...Portimão
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
E na 4.ª jornada...tudo se foi!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Walk the Talk!
Na gestão e/ou no marketing apontamos para a característica que tanto se pretende nos produtos e serviços, a fiabilidade, a capacidade de ser aquilo que diz ser.
Nas pessoas, caso elas não seja o serviço, dou cada vez mais valor às pessoas que fazem o que dizem e não os que falam demais. Preferindo mesmo alguém que diz que faz pouco mas que o faz, do que alguém que fala mas faz uma percentagem reduzido. Saber-se com o que se conta...talvez seja essa decalage das expectativas vs realidade que me acalma.
A frase é tão simples, com um impacto vivencial de enorme dimensão que temo que nenhuma palavra minha possa acrescentar nada melhor.