Um belo texto de motivação que vos deixo aqui! Retirado da Human.
Desloco a última frase para aqui: «Não julgue cada dia pela colheita que fez, mas pelas sementes que plantou.» "
Atitude mental e capacidade de desenvolver comportamentos mais positivos em relação ao trabalho, à profissão e às pessoas. Dominando a vontade e a parte imatura de nosso ser, que busca fugir da responsabilidade e de enfrentar a realidade. Uma perspectiva sobre o tema da motivação.
Há muitos conceitos e desenvolvimentos sobre a motivação. Geralmente, assiste-se a uma diferenciação entre motivação intrínseca, gerada por necessidades e motivos (teorias cognitivas), e a motivação extrínseca, gerada por processos de reforço e punição (teorias comportamentalistas).Todavia, acho que pode apenas ser considerada como o impulso interno que leva à acção ou a força que puxa/ atrai.Acredito que para se ser capaz de superar as dificuldades e os cansaços próprios da vida, é necessário ver cada meta como algo de grande e positivo que podemos e devemos conseguir alcançar. Por isso, nas pessoas motivadas sempre há «alguma coisa» que lhes permite obter satisfação onde os outros não a encontram.Aquelas que se sentem eficazes recuperam mais depressa dos fracassos, não se perturbam demasiado pelo facto de que as coisas possam correr mal; pelo contrário, fazem-nas o melhor que podem e procuram a maneira de as fazer ainda melhor na vez seguinte. O sentimento da própria eficácia tem um grande valor estimulante, e vai acompanhado por um sentimento de segurança que alenta e conduz à acção.O dia-a-dia requer uma contínua improvisação de habilidades que permite abrir caminho entre as diversas circunstâncias que se nos deparam, tantas vezes ambíguas, imprevisíveis e stressantes. Cada um de nós responde com sentimentos distintos, que levam a uma retirada ou à constância, dependendo da ansiedade que produzam e da nossa capacidade para suportar.há bastante diferença entre dispor de uma determinada capacidade e ser capaz de chegar a utilizá-la. Por essa razão, pessoas distintas com recursos semelhantes – ou a mesma pessoa em distintas ocasiões – podem ter um rendimento muito diferente.O mundo emocional de cada um dificulta ou favorece a sua capacidade de pensar, de sobrepor-se aos problemas, de manter com constância alguns objectivos. Por isso, a educação dos sentimentos estabelece um limite da capacidade de fazer render os talentos de cada um.É certo que as disposições sentimentais têm uma componente inata, cujo alcance é difícil precisar. Mas existe também a poderosa influência da família, da escola, da cultura em que se vive. E existe, sobretudo, o próprio esforço pessoal para melhorar.Cada estilo sentimental favorece ou entorpece uma vida psicologicamente sã, e favorece ou entorpece a prática das virtudes ou dos valores que desejamos alcançar.Daí eu ser da opinião de que o conhecimento do carácter é demasiadamente importante. Este compõe-se de elementos inatos e de elementos adquiridos. Os primeiros, inatos, estão ligados ao organismo e não são susceptíveis de uma modificação total. São a constituição física, o temperamento e a inteligência (esta última nas suas várias formas – concreta, abstracta; lógica, imaginativa). Os segundos, adquiridos, são: o conjunto dos sentimentos, o conjunto dos valores e dos ideais e o conjunto das atitudes.Se uma pessoa viver permanentemente frustrada porque a maior parte dos seus sonhos não se realizam, a tristeza não o vai abandonar. Mas se perceber que a grande maioria dos seus medos também nunca se concretizam, decididamente voltará a ser feliz.
O problema na vida é a dimensão que damos às coisas que acontecem; o problema não é o problema, mas a atitude que temos diante deleÉ a partir do conhecimento do carácter que constituímos a nossa imagem. A imagem que cada um tem de si mesmo é em grande parte o que queremos que os outros pensem sobre nós, sendo uma componente real da personalidade, e que regula em boa parte o acesso à própria energia interior. E, em muitos casos, não só permite o acesso a essa energia, como inclusivamente cria essa energia.Como actualmente vivemos num mundo susceptível de muitos julgamentos, e em que a noção errada de liberdade leva a não contrair vínculos e a quebrar com facilidade os vínculos contraídos, é oportuno recordar que a liberdade é, na sua forma maior, liberdade de nos amarrarmos, de honrar a nossa palavra, de demonstrarmos o quanto somos responsáveis. É esse o significado de «criar laços».A vida não pode ser encarada como um jogo, mas sim como um caminho que vai criando oportunidades, algo que se adoptarmos uma postura positiva e saudável, gerindo bem as situações de desgaste, nos permite singrar com maior facilidade.Só a pessoa que é deveras íntegra e responsável é autenticamente livre. Quem não o é, joga constantemente e é ainda criança, imatura, insensata e pouco correcta.Os novos tempos exigem mudanças. O ser humano precisa de encontrar o seu verdadeiro espaço na dimensão pessoal e na dimensão profissional. Ele deve sentir a sensação de pertença no todo, dirigindo a sua energia e partilhando-a com a sua família e com os seus colegas.O que eu quero dizer é que importa que haja um esforço de disponibilidade e acessibilidade para os outros, mas que cada ser humano tem de ser capaz de encontrar em si mesmo o impulso e subir pelos seus próprios créditos.É a essa fase que eu chamo «maturidade plena». Quando tomamos consciência do que realmente somos e do que realmente temos e poderemos ter – em condições de vida normal.E é justamente tal maturidade que nos ensina a gostar do que fazemos. Viver a vida toda em busca de «fazermos aquilo de que gostamos» pode desviar-nos do prazer de «gostar do que fazemos».Uma pessoa realmente madura, mais do que buscar fazer aquilo de que gosta, aprende a gostar do faz. Aprende a gostar da sua família como ela é. Aprende a ver a sua verdadeira imagem e a gostar dela tal como é. Aprende a ver o seu emprego e a gostar dele e a sentir prazer no trabalho que executa.Não obstante, este exercício de aprendizagem não é conseguido por todas as pessoas, o que faz com que permaneçam em constante tensão. Passam o tempo todo em busca do que, muitas vezes, nem elas próprias sabem o que é. Elas sabem do que não gostam, mas não sabem do que realmente gostam. E essa busca, muitas vezes, dura uma vida toda de insatisfação e não-realização.Insisto, apenas na consciência da realidade de que, num certo momento da vida, é preciso gostar do que se faz e buscar a felicidade na madura dedicação e no comprometimento com o que se está fazendo e vivendo. É tudo uma questão de atitude mental e de desenvolver comportamentos mais positivos em relação ao trabalho, à profissão e às pessoas. É preciso dominar a vontade e a parte imatura de nosso ser, que busca fugir da responsabilidade e de enfrentar a realidade Sei que muitos leitores não concordarão com o que estou a afirmar e que defendem que, até ao dia do «juízo final», temos que procurar aquilo de que gostamos. Concordo com o ideal dessa busca, mas é preciso reconhecer, sem fantasias, que a vida na prática mostra que pessoas que aprenderam a gostar do que fazem acabaram por descobrir a felicidade e o sucesso de forma igualmente gratificante. Elas aprenderam a não desperdiçar a vida. Isso não invalida que deixem de ter novas ideias e desafios pela frente, mas mostra que sabem aproveitar cada etapa das suas vidas, como se fosse única.Devemos lembrar-nos de que o estado da vida de cada um de nós nada mais é do que o reflexo do estado da própria mente. Logo, se deixarmos que memórias agradáveis sobrevivam em tempos de tristeza conseguiremos criar fortes convicções e levar a cabo extraordinárias acções.Efectivamente, quem quer fazer algo encontra um meio, quem não quer arranja desculpas. O segredo da existência humana consiste não apenas em viver, mas ainda em encontrar o motivo para viver. Só assim se consegue afugentar a mediocridade e pôr em relevo a qualidade dos talentos existentes em cada pessoa.É por isso, que compreendo bem o que o poeta e escritor Robert Stevenson quis transmitir com esta mensagem: «Não julgue cada dia pela colheita que fez, mas pelas sementes que plantou.» "
1 comentário:
Obrigado, moço!
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