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Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

E se Portugal mudasse de nome?

Durante uma aula na última 3.ª feira na Faculdade de Motricidade Humana, no seguimento de um convite, surgiu a temática da gestão da mudança durante uma conversa com os alunos. Porque falharia a estratégia na gestão da mudança de uma entidade pública que passava passo-a-passo para o privado?

Para além das questões comportamentais, legislativas, processuais, as pessoas e os colaboradores são os mesmos. Como alterar tudo juntamente com os comportamentos das pessoas que deverão (?) modificar as suas atitudes e acções porque de um dia para o outro, alguém lhes comunica "somos privado"?

As questões comportamentais, a formação, a inclusão das pessoas na mudança, explicar-lhes o porquê é deveras importante nem que seja para que todos, excepto o coelho do País da Alice das Maravilhas, saibam para onde ir.

Semelhante ao facto de Portugal alterar de um dia para o outro o nome para Alemanha, Bélgica ou Luxemburgo, por exemplo. E assim, tal como o estudo europeu indica, esses países produzem até à manhã de 4.ª feira, o mesmo que Portugal produz até ao final da 6.ª feira. E assim, todos poderíamos produzir mais um pouco, ou aproveitar mais um dia para juntar ao fim-de-semana. Funcionaria?

Claro que não. As pessoas, o contexto, a cultura é a mesma e alterar o nome não seria suficiente. Tal como mudar o estatuto ou o enquadramento não é suficiente nem constrói qualquer alicerce de segurança, pois, as pessoas não alteram os seus comportamentos sem formação, sem consequências, sem motivações, etc.

Falamos em motivar, produzir mais, substituir nomes e pessoas, não alterando a cultura e a sistematização, não construindo e/ou cimentando uma visão e missão. É um efeito que pode ser comparado aos foguetes, que sobem como as expectativas, brilham e fascinam, mas acabam por apagar-se como o efeito.

13 comentários:

Anónimo disse...

Podem mudar para "Cantinho Lusitano" mas têm de dar independência à Madeira pois fica na plataforma africana.

Luís Monteiro

Anónimo disse...

Mudar de nome e de proprietário. Por exemplo, Berst Resort Holidays Comunity, do Minho ao Algarve, que teria de ser auto-suficiente para seus habitantes permanentes e passageiros

Luis Gonçalves

Anónimo disse...

É SÓ MESMO O QUE FALTA !!!!
Eu não deixei de acreditar em Portugal, e nem sequer nos portugueses! Apesar do surrealismo em que temos estado...já há uns anos!

Quanto a metereologia a nivel mundial onde Portugal não consta...é grave é para o ignorante que a apresentou assim.

Margarida Sá Costa

Anónimo disse...

É realmente interessante. Há dois dias estava a ver um canal televisivo estrangeiro onde apresentavam a metereologia a nivel mundial. Quando apresentaram a Europa, Portugal efectivamente encontrava-se lá mas sem capital. Todos a tinham menos nós, pois ainda estamos coladinhos a Espanha e portanto continuam a considerar que isto nem é um País. Nem é preciso pensar duas vezes, falaram de todos os países e do tempo como iria estar em cada capital, menos em Lisboa.
Bem, se formos a avaliar (principalmente pelos útimos 36 anos) o nosso país há já 883 anos, até nós deixamos de acreditar que o seja!.

Maria João Valente

Rui Lança disse...

Atenção que eu também acredito no País, menos nas pessoas que o lideram, sejam elas rosas, laranjas ou outras cores. Abordei este tema na óptica da gestão da mudança, que não basta mudarmos o nome às coisas para as pessoas ficarem mais motivados, formadas e alinhadas. Considero que a mudança no nosso país acontece apenas para alguns e que os outros, ou por desinteresse ou por desconhecimento ficam de fora.

Anónimo disse...

Margarida,

E o que está a acontecer?
Muitos estudantes estão a querer continuar os seus estudos fora de Portugal e a procurar soluções e oportunidades de emprego fora do nosso país. Isto é acreditar ? Não, não é.

Quanto ao exemplo que dei, só denota que nós não nos temos destacado suficientemente.
Não se trata de ignorância de quem apresenta, trata-se sim da importância que nós conseguimos passar para fora.

Maria João Valente

Anónimo disse...

Tem toda a razão, só que a forma de mudar para melhor não será certamente mudar de nome..mas sim mudar de paradigma de funcionamento, mudar o mais dificil: a mentalidade, a forma de viver que se tem seguido.
Não está nada fácil, mas parece-me que por vezes é preciso ir bem ao fundo para se querer ressuscitar e ser melhor. Temos assistido a uma muito maior consciencialização e debate público sobre os grandes problemas estruturais existentes, por estarmos precisamente com os problemas orçamentais que estamos.
Mas, de facto, já há mais de 20 anos que, quem estivesse atento (e nem era preciso muito) poderia antever o que se vive hoje. Mas ninguém queria ouvir.
A importancia, para mim, é como o respeito, não se passa, não se obriga, não se compra...ou se tem...ou não se tem. Há que mudar e viver o ser, em vez do ter.
E, se o ser portugues tem uma história de honra e de coragem, pode também ter uma de respeito e de importância, se todos trabalharmos honestamente para isso.
Não é?
Fugir é mau. É muito triste ver os nossos quadros mais valiosos e os mais corajosos a querer emigrar. Compreendo e até me sinto pessoalmente muito tentada, mas temos de lutar contra isso.

Além do mais, o desafio não é só português, é europeu e é mundial.
A sociedade globalizada em termos económicos está agora a enquadrar-se em termos sociais. Nada fácil. É de valores seguros e consistentes que precisamos. E, é aí que a crise é maior.
Sendo certo que estamos sempre a mudar, em meu entender, neste momento, estamos a mudar como sociedade, a adaptarmo-nos a novos formas de estar, necessariamente mais preocupados com sustentabilidade ambiental, poupança, reciclagem, reaproveitamento...tudo conceitos que andavam um pouco esquecidos e que agora se mostra fundamental fazer reviver.É esse o caminho, e, nesse caminho, Portugal pode dar muito pois tem recursos naturais importantes e porque tem uma caracteristica como povo particularmente relevante nesta fase: é resiliente.
Como dizia a do filme, o caminho é para frente.

Margarida Sá Costa

Anónimo disse...

A melhor corca de mudanca que nos temos, e pessoal que vai viver la fora, experimentando o bom e o mau de novas culturas, sistemas de impostos, governos, etc... o que temos de fazer em Portugal, e arranjar maneira de esses novos conhecimentos voltarem e aplicalos no nosso ambiente - o que de momento e quase impossivel, por muitas razoes.

(João) Costa

Anónimo disse...

Claro que não se trata de mudar nomes (isso é em sentido figurado).

Concordo com a Margarida , mas o que se verifica é que cada vez mais toda esta realidade que se está a viver torna menos credível o país onde estamos, isto sem estar a esmiuçar factos. Quantos aos recursos naturais não concordo que tenhamos assim tantos, é por isso que nós somos basicamente um país de serviços. E é esse um dos nossos grandes problemas.
Também concordo com o John. É quase impossível neste momento para quem estuda lá fora ou trabalha, vir aplicar os seus conhecimentos e experiências em Portugal.

Maria João Valente

Anónimo disse...

Temos mar, temos vento, temos além disso beleza natural e excelente clima (e comida...)
Temos de partir do que somos e do que temos. Eu acho que há muitas coisas! Acredito mesmo ser possivel mudar. Se não acreditarmos mesmo que é possivel, é que, mesmo se tentarmos, não teremos força para concretizar.
Somos criativos (dos povos com mais patentes a nivel mundial) e resilientes, lutadores. Sei que vamos ultrapassar isto, sendo certo que, sem estar a esmiuçar factos como bem diz a Maria João, must mudar em termos de organização. Mais valores e mais participação de todos, em particular apelo a todos os que estão fora de Portugal e tanta falta nos fazem!
Se não acreditarmos no Bem, só nos resta aceitar o Mal. Para mim, não é opção.

Margarida Sá Costa

Anónimo disse...

A questão é respeito, Portugal apesar de ter um passado de glória, hoje é um pais apagado no cenário mundial, então temos que crescer produzir para ai sim poder exigir que o pais seja conhecido. Veja o caso do Japão um pais pequeno porem com conhecido em todos os seus valores.

Ricardo Righetti

Anónimo disse...

exacto. o respeito ganha-se...com muito trabalhinho!

Margarida Sá Costa

Gaspar disse...

Tem tudo a ver com uma questão de criação, posicionamento e gestão da nossa marca. A marca Portugal...

vejam, um exemplo:
http://desportoquemarca.blogspot.com/search/label/Pa%C3%ADs%20Marca

ou:
http://www.scribd.com/doc/922810/20071126173942

Bom post Rui...