Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


domingo, 3 de agosto de 2008

Superação é isto

Para quem já teve oportunidade de treinar atletas, muitas das vezes deparamo-nos com a dificuldade de passarmos a mensagem do que é estar motivado, concentrado, dar tudo pela equipa, pelo objectivo comum. Quando pedirmos a alguém para se superar, não vale a pena ir tão longe, mas a dorzinha aqui ou ali deixa de ser desculpa para muita coisa e...lembrem-se disto: Era uma vez...

"O drama de Ralston começou no dia 26 de abril, em um passeio que deveria ter durado apenas um dia.Ele foi até o parque Parque Nacional dos Cânions, no Colorado, com sua carrinha, parou o veículo no estacionamento, pegou sua bicicleta e pedalou cerca de 24 km até a abertura de um cânion – uma garganta profunda. A ideia era descer o cânion, que terminava próximo do local onde a carrinha estava parada, pegar o veículo e ir buscar a bicicleta, que ele havia deixado presa a uma árvore em um ponto no início da garganta. O drama começou quando, durante uma de suas manobras, um grande rocha escorregou e prendeu a mão contra a parede de pedra. Espera e dor. O alpinista tentou várias alternativas para tentar soltar a sua mão, desde tentar tirar lascas da pedra com seu canivete até usar as polias e cordas que estava carregando para tentar mover a pedra. Nada funcionou. Após três dias, a água e a comida, apenas algumas barras energéticas, acabaram e ninguém o havia encontrado. Nesse ponto, diz o alpinista, ele começou a pensar que teria que se salvar sozinho. Com calma, Ralston contou que tentou decepar sua mão com o canivete, mas que a lâmina estava tão cega que mal dava para cortar a pele. No quinto dia, ele diz ter percebido que a faca não seria suficiente para cortar os ossos de seu braço e decidiu que precisaria quebrá-los. "Eu consegui primeiro quebrar o rádio e em alguns minutos depois quebrei o cúbito na área do pulso", afirmou, se referindo aos dois ossos do braço do antebraço. Ele então usou o canivete para finalmente amputar a mão. Sem resgate, mesmo depois de ter amputado o braço, Ralston teve que rastejar por um cânion tortuoso, descer um precipício de 18 metros e andar 10 km pelo cânion.Quando ele encontrou outros aventureiros e foi ajudado, estava a apenas cerca de 2 km de seu carro. Apesar de ter sangrado bastante e ter ficado desidratado, o alpinista chegou andando ao hospital onde foi tratado. Ralston disse que, durante os cinco dias em que esteve preso, sentia um misto de calma e depressão com a possibilidade de morrer. Ele afirmou que imaginava seu corpo sendo levado por uma enchente antes que qualquer pessoa pudesse encontrá-lo."Pode ser que eu nunca entenda completamente os aspectos espirituais do que eu vivenciei. A fonte do meu poder foram os pensamentos e as orações de muitas pessoas."Uma equipa de resgate procurou pelo alpinista durante três dias. Segundo um dos membros da equipe, seria praticamente impossível ter localizado Ralston a partir do helicóptero que foi usado para procurá-lo. A equipa tentou também recuperar a mão para verificar a possibilidade de que ela fosse reimplantada. Embora tenham reencontrado o local onde ele ficou preso, o esforço não adiantou. Ralston, provavelmente, terá que usar uma prótese.

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