Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Facilitar a criação de equipas

Coloco aqui o artigo que publiquei na revista ‘Human’ deste mês, uma revista de RH sobre o tema das equipas.

Uma das questões que continua a mover esforços, estudos e comparações é a capacidade que algumas pessoas apresentam para conseguirem extrair uma maior capacidade e desempenho de um conjunto de pessoas. Há quem reclame que são dons naturais, outros que apelam à possibilidade que temos para treinar e aperfeiçoar competências que definem a capacidade para fazer algo que à primeira vista pode parecer simples, mas está longe de o ser: 1 +1 > 2!

Quando me iniciei por estas paragens, uma das características que mais contribui para que uma pessoa consiga num determinado tempo e com x recursos, retirar de um conjunto de pessoas um potencial acrescido, que as mesmas estejam empenhadas para tarefas e objectivos comuns, e de forma a envolver todos é a capacidade que essa mesma pessoa tem para facilitar os processos de equipa!

Diversos autores apresentam diferentes ‘teses’ sobre as características que uma equipa deverá apresentar, mas no geral são sempre abordados a confiança, a comunicação frontal, o respeito, o alinhamento, a participação, objectivos comuns e exequíveis, a organização e o reconhecimento.
Para que num conjunto de pessoas todos os processos atinjam uma harmonia e sintonia que permita aumentar o rendimento e empenhamento das pessoas que compõem uma equipa, existem os tais processos que de alguma forma ‘jogam’ com o potencial individual de cada um dos elementos que a compõem.

A facilitação nestes processos, nas fases de forming, storming, norming e performing atinge uma importância no equilíbrio e no desenrolar do andamento que diferentes equipas apresentam. O líder, o treinador, o coordenador, o responsável pelas equipas tem de possuir uma capacidade de facilitar. De não complicar. De observar o potencial que o rodeia, as pessoas à sua frente, o ambiente e saber como colocar aqueles indivíduos a realizar determinadas tarefas. Como as explicar? Como torná-las suas também?

Um facilitador, como o próprio nome indica, facilita! Como? O facilitador sabendo onde quer chegar, assume-se como um expert no processo. É no processo que coloca o enfoque da sua acção. Instrui e ajuda as pessoas a atingir um determinado objectivo sem manipular ou influenciar directamente as suas acções. Cria condições para serem geradas acções, ideias, comportamentos. Lidera um processo para serem tomadas decisões, conclusões e reflexões.

Faz recordar as pessoas do ambiente, objectivos, age consoante a necessidade que o grupo tem, mantém a ‘chama’ acesa relativamente ao caminho a traçar até ao seu objectivo e cria uma atmosfera de participação. Quase que um misto entre formador e coacher, que tenta extrair o máximo de cada um e por sinal, da equipa, mas sem orientar o que deve ou não deve fazer, tentando constantemente que através do fazer e reflectir possam tirar as suas conclusões da melhor forma de atingir algo.

A primeira vez que fui confrontado com o termo ‘facilitação’ ou de ‘facilitador’ encontrava-me num Fórum para jovens dirigentes em Aarhus na presidência dinamarquesa da União Europeia, 2002. Digamos que foi a partir daí que tive consciência que alguns dos métodos que já utilizava tinham algo daquela natureza e poderiam ser melhorados a todos os níveis. Que podia aperfeiçoar esse método de transmissão de conhecimentos, trabalhar competências, misturar bases de animação, desporto, formação, relações e facilitar-me também.

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