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Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Uma entrevista diferente de Carlos Queiroz

Entrevista da SIC

Carlos Queiroz preferia ter herdado outra selecção de Luiz Felipe Scolari. O actual seleccionador nacional de futebol diz que os resultados da era do anterior técnico, final do Euro 2004 e 4.º lugar no Mundial 2006, são pesados para a missão actual da equipa. Mas diz não se imaginar fora do Mundial 2010."Preferia herdar uma equipa sem resultados, do que uma com resultados mas em construção", confessou ontem Queiroz em entrevista a Mário Crespo, na SIC.

O seleccionador admitiu ainda que não é fácil substituir Scolari, acrescentando que é uma "missão muito difícil" ter de construir uma equipa e, ao mesmo tempo, procurar títulos. Apesar das dificuldades, os objectivos são claros: "Procurar manter essa herança [de bons resultados] e tentar superar. Trabalho para ser campeão, conquistar títulos com a selecção", definiu. "Estou a preparar uma equipa em vez de a renovar. Dou oportunidade aos melhores jogadores e tenho outros prontos para os substituir em caso de algum deste grupo fixo de 17/18 jogadores se lesionar", justificou. Mas embora haja um núcleo duro na equipa, o técnico disse que não há "jogadores com cartão de crédito" na sua equipa "nem excomungados".

O técnico falou também dos "problemas conjunturais" da selecção. "O número de estrangeiros das equipas portuguesas inverteram-se desde 2003: passaram de 70 por cento de portugueses para apenas 30 por cento. Isto é um problema para a selecção e para as selecções mais jovens", analisou. O actual momento em torno da selecção é de desconfiança, mas Queiroz desvaloriza e diz que se sente bem no lugar de seleccionar. "Às vezes é o homem contra a nação e outras a nação contra o homem".

E acredita que o "azar", palavra que não gosta de usar, não vai durar sempre. "Sou uma pessoa com uma imaginação fantástica, mas com limite. Não imagino ficar de fora do Mundial. Isto é uma maratona. Não é possível Portugal ter o mesmo azar que teve nos jogos com a Polónia e a Dinamarca", disse. "Vim para a selecção para ser campeão e conquistar títulos", disse Carlos Queiroz.

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