Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


sábado, 28 de fevereiro de 2009

Paulo Bento no Porto...

Bem sei que já escrevi neste blog a minha ideia sobre a ida de Jorge Jesus para o Porto. Bem sei que ele teve comportamentos diferentes após os jogos com o Benfica e o Porto. Mas...já há algum tempo que vai circulando por aí rumores que Paulo Bento poderá não ir para fora do País, talvez Atlético Madrid, mas sim, Porto.

Alguns blogs bem informados, na 5.ª feira estive com uma conceituada pessoa no mundo desportivo e hoje, até o DN lança a dúvida nos adeptos portistas. A ser verdade...e mesmo não gostando do estilo comunicacional do Paulo Bento, o Porto ficará servido de alguém que faz boas omoletes com poucos ovos.

O problema...é que no Porto existem muitos ovos...e o Paulo Bento nunca geriu bem essa situação no Sporting e foi afastando temporariamente alguns jogadores para ir gerindo poucos ovos. Aguardemos...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Alguém disse que Helton tinha de ser posto à prova e ...


Alguém pediu? Hoje, um jornal que tentou ser sensacionalista, pegou em algumas palavras de um técnico sobre o Hélton...tentanto espicaçar alguém. Bem...Hélton deu de si.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Cruyff - aquele artigo...

Johann Cruyff, antigo treinador do Barcelona e personagem incontornável no Mundo do futebol, assina uma coluna de opinião do jornal El Periódico da Catalunha. O holandês aproveitou o espaço para dissecar a derrota da equipa de Guardiola no derby frente ao Espanhol, considerando que esta chegou num momento oportuno.

«A derrota do Barcelona no derby chega num bom momento. Se a equipa tirar ilações importantes das suas falhas, o adepto não deve tem medo que não ganhe nada. A equipa continua a ser líder com grande vantagem», começa por lembrar.

O antigo técnico mostra-se, como tal, satisfeito com o desaire. «Estou contente com a derrota do Barcelona no derby. Seguramente, sou o único culé a pensar assim. Pode soar a estranho, mas ter caído no sábado foi perfeito. Pela forma como caiu, pelo momento, pelo adversário e pelo cenário: em casa. Vejam por onde viram, foi uma derrota perfeita. Perfeita, sempre e quando eles se olhem todos ao espelho e vejam o que fizeram mal, que foi muito. Perfeita, porque onde causou directamente estragos foi no orgulho», prossegue.

«O Real Madrid recuperou cinco pontos em duas jornadas. E daí? Duas derrotas na Liga, em 24 jogos. Um descalabro? Uma bênção! São números de campeão. A cada jogo ganho, mais perto estás da próxima derrota. Coloco-me na pele de Guardiola e o 1-2 deveria facilitar o trabalho. No balneário, deve falar com os jogadores. Insistir que nada está ganha. Mesmo que jogues bem sempre, há falhas. Mas se achares a cada dia que és um fenómeno, acabas por esquecer as tuas falhas e baixar a guarda», conclui Cruyff.

Time-out proporcionado por um grande amigo!

Ontem fui surpreendido. Um recado num dos meus posts...sobre outra coisa. Fui ao site do meu amigo e constava lá que tinha sido premiado! O meu site estava lá numa pequena listagem de sites propostos! Bem...sigo aqui as regras!

"Associado a este selo vêm algumas regras, que passo a citar:

- Publicar o link da pessoa que o/a nomeou http://kmister.blogspot.com/;
- Escrever as regras no blog (já está);
- Contar 6 coisas aleatórias sobre si;
- Indicar mais seis pessoas e colocar os respectivos links no final do post;
- Avise as pessoas que indicou, deixando um comentário nos seus blogs;
- Deixe os indicados saberem quando publicar o seu post."

Seis coisas sobre mim:

1. Gosto de viajar, conhecer novas culturas, observar, faz de mim mais tolerante. Já lá vão muitos locais, cidades, 22 países...e posso sempre pensar que já faltaram mais para conhecer grande parte do mundo.
2. Gosto da dor do dia seguinte ao se fazer exercício, de algum desconforto é certo, mas que algo está lá.
3. Hagen-daz, estilo um waffle com um ou dois sabores e chocolate de leite quente por cima.
4. Choro facilmente nos filmes e documentários e essas coisas.
5. Momentos entre amigos não têm preço, são valiosos.
6. Não gosto de controlo, gosto de interdependência.

Mais seis blogs!


Agora falta avisar o pessoal, vamos lá!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quique a comprovar que é um bom comunicador

Pernia - defesa do At. Madrid - referindo-se a Quique:

"Lembro-me de uma mensagem dele, que era mais ou menos assim: "Se vos disser para fazerem o jogo da vossa vida, quando saírem do balneário isso está esquecido. Apenas vos digo: se perderem, por ser contra quem é, a maior vergonha é vossa. Sabe pior perder com uma equipa pequena do nosso nível, é certo, mas também sabe muito melhor ganhar ao Real Madrid. A escolha é vossa, querem chegar a casa e sorrir para as vossas famílias ou preferem fechar-se nos quartos sem falarem com ninguém?"

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Uma entrevista diferente de Carlos Queiroz

Entrevista da SIC

Carlos Queiroz preferia ter herdado outra selecção de Luiz Felipe Scolari. O actual seleccionador nacional de futebol diz que os resultados da era do anterior técnico, final do Euro 2004 e 4.º lugar no Mundial 2006, são pesados para a missão actual da equipa. Mas diz não se imaginar fora do Mundial 2010."Preferia herdar uma equipa sem resultados, do que uma com resultados mas em construção", confessou ontem Queiroz em entrevista a Mário Crespo, na SIC.

O seleccionador admitiu ainda que não é fácil substituir Scolari, acrescentando que é uma "missão muito difícil" ter de construir uma equipa e, ao mesmo tempo, procurar títulos. Apesar das dificuldades, os objectivos são claros: "Procurar manter essa herança [de bons resultados] e tentar superar. Trabalho para ser campeão, conquistar títulos com a selecção", definiu. "Estou a preparar uma equipa em vez de a renovar. Dou oportunidade aos melhores jogadores e tenho outros prontos para os substituir em caso de algum deste grupo fixo de 17/18 jogadores se lesionar", justificou. Mas embora haja um núcleo duro na equipa, o técnico disse que não há "jogadores com cartão de crédito" na sua equipa "nem excomungados".

O técnico falou também dos "problemas conjunturais" da selecção. "O número de estrangeiros das equipas portuguesas inverteram-se desde 2003: passaram de 70 por cento de portugueses para apenas 30 por cento. Isto é um problema para a selecção e para as selecções mais jovens", analisou. O actual momento em torno da selecção é de desconfiança, mas Queiroz desvaloriza e diz que se sente bem no lugar de seleccionar. "Às vezes é o homem contra a nação e outras a nação contra o homem".

E acredita que o "azar", palavra que não gosta de usar, não vai durar sempre. "Sou uma pessoa com uma imaginação fantástica, mas com limite. Não imagino ficar de fora do Mundial. Isto é uma maratona. Não é possível Portugal ter o mesmo azar que teve nos jogos com a Polónia e a Dinamarca", disse. "Vim para a selecção para ser campeão e conquistar títulos", disse Carlos Queiroz.

Ruben Amorim, mais que um carregador de piano?

O minuto 56' do jogo contra o Paços de Ferreira veio aclamar ainda mais aqueles que há muito pediam "Ruben Amorim e Katsouranis no meio", tal como diz o Pedro Ribeiro.

Habituei-me a gostar de ver o Ruben a jogar. Talvez por me identificar com as suas atitudes e comportamentos, gosto de o ver jogar. Não é um individualidade, não é um grande especialista, mas apresenta características dos outros 3 tipos de jogadores que perfazem as equipas: um jogador de equipa, um carregador de piano e um potencial bom meio-campista.

A grande certeza, é que o Benfica apresta-se - se o souber aproveitar - a possuir na sua equipa um jogador que poderá muito bem ser um jogador acima da média em várias posições do meio-campo, algo que o Sporting e o Porto já têm.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Benfica: Questão de personalidade, questão de táctica

Belo artigo este de Luis Freitas Lobo:

"As emoções do clássico já terminaram mas os seus efeitos permanecem. O debate em torno da luta pelo titulo partindo de FC Porto e Benfica estará, até ao último suspiro do campeonato, ligado ao duelo do Dragão. Não falo da questão do penalty. Debate que foge ao verdadeiro "jogo jogado". Falo do que as equipas "disseram" em campo e que pode, a nível táctico e mental, influenciar as próximas jornadas. E, entre essas dois factores, emergiu como principal destaque a afirmação de personalidade que, desde o primeiro minuto, o Benfica demonstrou na relva do Dragão.

Embora jogando com outros estímulos e desafios tácticos dos jogos anteriores (não teve necessidade de tentar ultrapassar defesas fechadas) realizou um jogo defensivamente seguro, equilibrado em campo., com os elos de ligação entre as diversas linhas ao longo do relvado muito mais próximas do que é habitual na filosofia de jogo de Quique. Foi, nesse sentido, um jogo diferente. Por isso, como "transfer" para os próximos jogos, o Benfica ganhou, claramente, maior personalidade.

A equipa (os jogadores) sentem-se mais importantes. Falta, agora a afirmação táctica. Porque o Benfica dos próximos jogos (como contra o Paços de Ferreira, próximo adversário) terá de ser muito diferente do Dragão. Não na personalidade, mas na táctica. Mais do que jogar de forma diferente, conseguir atacar de forma diferente, pensando neste conceito "atacar" não só na movimentação dos avançados, mas de toda a equipa, meio-campo incluído, no processo de construção de jogo defesa-ataque desde o momento de recuperação da bola.

Mais do que impulsos individuais, crescer na dinâmica de equilíbrios colectivos. Sem tremer, o jogo do Dragão, confirmou que o Benfica é a equipa (dos três "grandes") aquela que tinha (e continua a ter) maior margem de crescimento na construção do seu "jogar". O crescimento mental, com a personalidade de grande equipa, foi uma "vitória" importante.

É uma base emocional incontornável sobre a qual Quique deve agora construir também outra afirmação táctica. Conseguir circular melhor a bola perante adversários fechados, juntando mais o meio-campo na recuperação-organização e dando presença criativa aos movimentos à entrada da área contrária.
O crescimento de Aimar, como a maior liberdade de Katsouranois, entram nessa equação. No plano dos desiquilibrios, entra o factor-Reyes. Perceber como estimular a qualidade de jogo deste jogador parece ser, prioritariamente, também uma questão de afirmação de personalidade.

Qualquer equipa é construída nesses dois planos. Personalidade e táctica. Duas formas de se afirmar em campo. O Benfica do Dragão impôs-se claramente no primeiro factor. O desafio de Quique continua no segundo. É, no entanto, um desafio cruzado com os outros candidatos, onde a personalidade e a táctica também são dilemas que pairam como nuvens cinzentas sobre a cabeça de Jesualdo e Paulo Bento.

A próxima jornada, antes de mais um clássico, poderá "falar" muito sobre as três equipas nestes diferentes pontos. Mora na Luz, porém, a maior estrada de crescimento como equipa.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Jesualdo continua senil...

"Desde o início da época que me habituei a ver este tipo de situações. Os jogadores do FC Porto têm sido os mais agredidos, os mais penalizados. A minha actuação como árbitro terminou no domingo"

Atenção...aproximam-se períodos de captação para ser o próximo treinador do Porto.

Acompanhar um selecionador nacional de...

Nos últimos dias tive oportunidade de acompanhar um seleccionador nacional de uma determinada modalidade. Acompanhar, observar, tirar apontamentos, voltar a observar, escutar, muita escuta activa. Palavras, gestos, comportamentos, ausência dos mesmos, volta a dar e mais observação, feedback. Sim, trata-se muito de feedback.

Coach do coach deve ser isto, dizem eles. Eu considero que sim. Agradeço desde já a abertura para um processo destes, de sair de zonas de conforto para o primeiro dos três p's, a de protecção. First step...direi eu, está iniciado.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Maradona faz com que dependessem do jogo para viver

Ontem vi o França - Argentina (0-2) e enquanto o fazia, por momentos, lembrava-me dos primeiros jogos de Futebol que comecei a acompanhar com real atenção no Mundial México 86. E daquela selecção liderada por Maradona que defendia a sua baliza como se tratasse de impedir que o seu país e vida fosse invadida por alguém inimigo.

Ontem, a selecção de Maradona deu uma prova de como se representa o seu país. A 'Visão' está lá. Todos a defenderem, a deixarem o que têm em campo, a meterem o pé à bola como fosse o último lance, e depois claro está, Messi, claramente acima dos outros, a dar um toque de génio!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Quando um jogador pede ao treinador para chegar mais cedo aos treinos...

Crónica de Manuel Queiroz no DN sobre Scolari:

"As coisas começaram logo mal, quando Robinho foi inopinadamente parar ao Manchester City em vez de Stamford Bridge. Depois foram as repetidas lesões de Ricardo Carvalho, a grave lesão de Essien e agora a de Cole. Tudo isto é evidente e nas últimas 12 jornadas da Premier League, o Chelsea só ganhou quatro vezes. E nesta época, a tradicional fortaleza de Stamford Bridge tornou-se um parque de diversões: em casa, perdeu 16 pontos (em 39 possíveis).

Mas a verdade é que o Chelsea e a Premier League eram grandes de mais para Felipão, há muito habituado ao trabalho pausado das selecções. A Premier League é outra coisa e mesmo os grandes jogadores do Chelsea, que em princípio fariam de qualquer treinador, bom ou mau, um treinador de sucesso, não salvaram Scolari. Pelo contrário, ajudaram a enterrá-lo, quando há um mês começaram a sair notícias de que Lampard e Terry tinham ido pedir ao técnico treinos mais intensos e que os principais jogadores não compreendiam as substituições que fazia. Ou que Scolari chegava tarde aos treinos. Acresce que só fez um ponto nos jogos grandes (dois com Manchester United e Liverpool, mais um com o Arsenal em casa). Um único ponto! Quem o conheceu em Portugal não pode, francamente, estranhar que as coisas lhe tenham corrido mal."

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Scolari a caminho do...


Com a saída do Scolari do Chelsea e com a saída mais que provável de Jesualdo do Porto no final desta época, presumo que Jorge Jesus tenha ganho um novo adversário para o futuro lugar de treinador dos portistas.
Parece que a vaca tem de ir dar leite para outro sítio...

Bravo Quique

Crónica de Joaquim Rita sobre Quique Flores:

"Só por milagre o grande «clássico» de ontem no «Dragão» não suscitaria polémica, num esgrimir de argumentos tipo cada cor seu paladar, ora na procura do consolo gerado pela partilha de pontos, ora no lamento da pouca colheita conseguida.

Sobrando espaço mediático para a exaustiva descoberta das razões que levaram a um desenlace que, no plano teórico, trouxe, por certo, maior felicidade aos benfiquistas, creio, no entanto, que a lição mais competente - ou terá sido consciente? - teve a assinatura bem legível de Quique Flores. Não me refiro a questões tácticas, estratégicas, de leitura ou emendas feitas com oportunidade ou a destempo, à elaboração do «onze» ou às substituições que promoveu. Esses são aspectos de natureza mecânica do jogo, sempre passíveis de diferentes abordagens.

Não é disso que se trata. Onde Quique Flores esteve soberbo foi na análise que fez após o jogo, na serenidade com que o rebobinou, rejeitando com invejável lucidez e coragem a bengala das circunstâncias que originaram a grande penalidade que concedeu o golo do empate aos campeões. Não sei quantos treinadores em Portugal teriam recusado não se apoiar num provável erro de arbitragem para desatarem numa ladainha de lamentos, de justificações, de choraminguices. A mesma serenidade manifestada a quente, na «flash» televisiva, foi continuada na Conferência de Imprensa alguns minutos volvidos, portanto, já com tempo para se ter certificado da natureza do lance entre Yebda e Lisandro.

Do comportamento do treinador espanhol ressaltou o seguinte:

- a não necessidade de encontrar um qualquer refúgio para justificar o resultado;
- a preocupação em não lançar (mais) gasolina num terreno tão propício a incêndios como é o da arbitragem;
- a dispensa de quaisquer papagaios que pudessem explicar-se, sobretudo perante os adeptos.Bastas vezes, ao longo da época, tenho criticado Quique Flores, sempre com os tais aspectos mecânicos do jogo como pano de fundo.

Alheio a pressões ou a encenações, o treinador benfiquista estabeleceu um claro contraste com o «modus vivendi» do futebol português, onde as culpas pelos fracassos são sempre alheias e os méritos dos sucessos têm a nossa inconfundível chancela. Quando aparece alguém a contrariar o sistema é caso para festejar. Ontem, Quique Flores mereceu aplausos. Bravo!"
Eu acrescentava a excelente atitude de Lucho no lance com Reyes ao não se deitar como quase todos o fariam.

Maniche

Maniche, sem ter renovado com o seu actual clube At. Madrid, proferiu que no jogo deste fim-de-semana entre o FC Porto - Benfica ia torcer pelos azuis e que era sportinguista desde pequeno.


Bem...porque o Porto não recupera jogadores de bons negócios para o estrangeiro, porque o Sporting não tem dinheiro para o comprar, e dado que na Selecção não me parece que venha a ter muito mais espaço, é caso para dizer, que em Portugal só de férias.

Futuro

Carlos Queiroz justificou a chamada de vários novos jogadores à Selecção com a necessidade de construir uma base sólida para o futuro.

'Se tivermos uma vaca e lhe estivermos sempre a tirar leite sem que ninguém lhe dê de comer e de beber, o leite seca e a vaca morre. De certa forma, foi isso que me propus fazer e nas convocatórias procuramos ter 20/30% de jogadores que vêm ganhar experiência', começou por explicar o selecionador.

'Temos de pensar mais à frente. Esta fase visa a integração de jogadores que temos vindo a observar e que, no nosso entender, merecem a oportunidade de vir à Seleção, de forma a que no futuro possa depois existir uma base sólida de jogadores'.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Jarra


Após o FC Porto-Benfica de hoje, começo a achar que o vencedor desta Liga de Futebol vai ser a 'Jarra'!
Para confirmar isso, Jesualdo Ferreira não comenta arbitragens, como é seu timbre, diz ele. Isto...foi dito sem ter cuspido no microfone, é de salientar.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Tomada de decisão

"A tomada de decisão do jogador acontece na sua acção, não sendo, portanto, um processo prévio à acção que se passa apenas na cabeça do jogador (ou seja baseado na memória). Sabendo que a acção de verbalizar é diferente da acção do jogar, o jogador perito é aquele que joga "bem" e não o que verbaliza "bem". Consequentemente, para o treinador, interessa sobretudo fazer com que o jogador jogue "bem", e não que verbalize "bem".

Duarte Araújo

Para o meu amigo Luis Vilar que se presta a realizar um Doutoramente nesta área...desde já os meus parabéns pela coragem. Podem acompanhar em http://futebolemetodologia.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ganhar ou formar? Formar Ganhando…

Coloco aqui um artigo do meu amigo e treinador de Futsal (com um excelente futuro) Rodrigo Pais Almeida

"Estamos hoje em dia inseridos numa modalidade em franca ascensão mediática e que além da modalidade de pavilhão com mais atletas federados, é a mais praticada em Portugal (se somarmos aos Profissionais, os Semi-Amadores e Amadores). Mas, rapidamente este cenário poderá mudar se não formos nós, Dirigentes, Treinadores, Atletas, Pais de Atletas e Amigos do Futsal a levarmos a modalidade para onde ela deve caminhar.

É neste contexto que nasce nos Dirigentes e nos Treinadores de escalões de formação o Paradigma básico da sua existência: Ganhar ou Formar? Para mim a resposta é óbvia e única, Formar Ganhando. Custa-me observar um jogo de formação e ver jovens praticantes semana após semana, treino após treino a não terem a sua oportunidade para demonstrarem o seu valor, que ainda que pequeno se baseou num esforço provavelmente maior do que o praticante mais dotado ou que é mais opção do treinador.

Digo-o porque enquanto treinador de formação já o fiz, e hoje sei reconhecer o quanto errei. Se por um lado fiz de uma equipa campeã, por outro acabei com os sonhos de tantas crianças que a única coisa que me pediam treino após treino, jogo após jogo eram alguns minutos para se sentirem parte integrante de algo que para eles era tão importante.

Ao jovem que se iniciou na modalidade quantos treinadores já se preocuparam em ensinar as regras do Futsal, os conceitos básicos do passe e da recepção, a movimentação típica num jogo de Futsal, etc, etc, etc…? Quantos Dirigentes já se preocuparam em perceber o envolvimento social e humano do jovem praticante? Quantos pais já se preocuparam na realidade com a formação desportiva dos seus filhos em vez de quererem à força terem em casa um Falcão? É disto que estou a falar! Isto é formar, ou é acumular com a mesma virtuosidade as frustrações de crianças e o pó nas taças da vitrina?

Até que ponto é importante sacrificar a formação em prol de uma vitória? Existem treinadores de formação que o que desejam é vencer a qualquer custo, se for preciso sem se preocuparem em perder dois ou três jogadores apenas porque não têm tempo para perder (ou a ganhar) em explicar mais algumas vezes a um atleta que naquele momento se mostra menos disponível ou menos dotado. Mas o que ganham com isso? Uma Taça, um conjunto de medalhas? É verdade, mas ganham também uma lista infindável de atletas que desistiram da modalidade apenas porque alguém subverteu o que parecia obvio, fazerem todos parte integrante de uma equipa.

Ao jovem praticante, e desde muito cedo, depois de ensinar as regras do jogo, os conceitos do mesmo, os modelos e tácticas possíveis, devemos todos (Dirigentes, Treinadores e Pais) explicar o conceito de equipa, e além disso exemplifica-lo, como? Treinando, Explicando as vezes necessárias o que é pretendido, mostrar com todos os meios e argumentos as virtuosidades da modalidade… e obviamente, Jogando.

Estou seguro que qualquer treinador de formação se sentirá muito mais realizado com um, apenas um jogador, que tenha chegado no inicio de época à equipa sem saber fazer um passe, e que no final seja uma opção de treino, jogo e saiba as regras e conceitos da modalidade, do que qualquer Taça ou medalha de Campeonato. Só assim a modalidade seguirá o seu caminho, e só assim teremos no futuro aquilo que sempre ambicionámos, o Futsal ganhar o seu espaço.
Deixo um pensamento que li em tempos:

“O ensinar de uma prática desportiva vai muito para além da complexidade de ensinar os fundamentos da modalidade. Desde logo o ponto de partida deve ser o do ensino da Formação Cívica, Humana, do Carácter e do Relacionamento Interpessoal. Assim, o Treinador precisa de ser muito competente do ponto de vista Técnico, mas também assume um papel fundamental o Ponto de vista Humano.

Na compreensão destas duas importantes condicionantes, o Treinador concluirá que deve estender o seu conhecimento a todos os seus Atletas, e não apenas aqueles que para si, naquele momento, lhe parecem os mais talentosos…”

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Decisão

"Uma boa decisão não garante necessariamente um bom resultado, tal como uma má decisão não garante um mau resultado. Mas uma boa decisão aumenta as probalidades de sucesso e satisfaz a necessidade humana de controlar as forças que afectam as nossas vidas."

Hammond, Keeney & Raiffa

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Air

Catadupa de razões para consubstanciar a sua unicidade e só para enumerar as suas mais importantes conquistas: ao serviço dos Chicago Bulls, seis vezes campeão da NBA (o campeonato americano de basquetebol); cinco vezes eleito o melhor jogador da Liga; seis vezes escolhido como o melhor jogador em campo (MVP) das finais; dez vezes seleccionado para a equipa ideal do campeonato.

Números impressionantes, inultrapassáveis até, e que comprovam, de forma indelével, o sopro da autêntica diferença. Mas não só. Porque nem só de talento e de diferença inata vive um fenómeno.


Nunca desistir

Na primeira pessoa, eis o dedo numa ferida que pode ter sido, para além das características intrínsecas, a génese para a destrinça entre ele e os outros, meros humanos. “Sempre acreditei nisto: se deres tudo o que podes dar ao teu trabalho, os resultados acabam por aparecer, mais cedo ou mais tarde. Posso até aceitar o falhanço, o erro, mas o que eu não admito, nem posso admitir, é desistir antes de tentar. Só tentando saberemos se somos ou não capazes de fazer aquilo a que nos propomos. E depois de chegares ao topo, ao mais alto nível, então tens de ser altruísta. Não te isoles.”

E ele não se isolou.

Continuar a acreditar Jordan tentou. E tentou sempre. Mesmo quando todos não acreditavam que a bola ia entrar, ele tentava. E conseguia. Está-lhe no sangue arriscar e vencer. “Jamais deixei que alguma coisa ou alguém se intrometesse entre mim e a minha vontade inabalável de vencer.”

Nem o temor ou o receio de ser crucificado o detinham. Porque, muitas vezes, a glória e o fracasso – dois pólos aparentemente tão desconexos, tão diametralmente opostos entre si – na verdade estão próximos; bem juntos e apenas separados por uma linha muito ténue, fina, quase imperceptível.

“Errei vezes sem conta durante toda a minha vida. E foi isso que me fez chegar ao sucesso. Se quando fores a caminhar chocares contra uma parede, não dês a volta, não desistas. Tenta perceber de que forma é que podes trepá-la, deitá-la abaixo.” Foram paredes, muitas, as que Michael Jordan conseguiu derrubar ao longo da sua carreira desportiva.

Com o sonho a trepar-lhe pela alma

Para a vida “normal”, nasceu a 17 de Fevereiro de 1963, no famoso bairro de Brooklin, em Nova Iorque. Para o basquetebol – a sua outra vida, plena de sucesso – acabaria por nascer quinze anos depois.

Em história de ironia – muita – mas acima de tudo história que comprova que não é só de palavras que vive um Homem, Michael – com o sonho a trepar-lhe pela alma – resolve prestar provas na equipa de basquetebol da Laney High School, na Carolina do Norte. Pequeno e sem qualquer génio visível, é dispensado. Simplesmente não servia para aquela equipa. Mas o que para outros seria machadada sem redenção, para ele foi tónico de vitória, mote para um soneto de futuro que apagaria as fendas do passado. Dois anos volvidos, regressa à mesma escola. E convence.

Mais alto e mais habilidoso, fruto dos incansáveis treinos que deu a si mesmo, começa logo a dar nas vistas. O sucesso, afinal, era possível. E o que era defeito tornou-se a sua maior virtude. Estranho?

Sede de vencer

Nada é estranho para quem tem uma máxima, única, de vida (e de treino). E é o próprio que o define. “A minha atitude perante as coisas é esta: se me atirarem à cara algo que dizem ser a minha principal fraqueza, então eu vou transformar essa possível fraqueza na minha maior força. Algumas pessoas querem que aconteça, outras desejam que pudesse acontecer, mas outras – onde eu me incluo – fazem com que aconteça mesmo!” Simples e bem elucidativo.

E foi assim que, num piscar de olhos, Michael Jordan saltou para as selecções norte-americanas mais jovens e, daí, para o estrelato. No Verão de 1984 levaria, ao colo, a selecção olímpica do seu país (onde ainda não podiam entrar atletas da NBA), com espectacular média de 17 pontos por jogo. Salta de seguida para os Chicago Bulls, onde desde logo se tornou ídolo entre ídolos, até atingir o patamar supremo que os números comprovam.

A História jamais esquecerá Michael “Air” Jordan. “Sei que sou negro – e tenho orgulho nisso –, mas, acima de tudo, gostaria que toda a gente me visse como uma pessoa. Julgo que é isso o que todos esperamos que vejam em nós.”

Um bom exemplo

Um exemplo engenhoso do discurso e da política ocorreu recentemente na Assembleia das Nações Unidas e fez a comunidade do mundo sorrir.

Um representante de Palestina começou: "Antes de começar a minha intervenção, quero dizer-lhes algo sobre Moisés:
- Quando partiu a rocha e inundou tudo de água, pensou : "Que oportunidade boa de tomar um banho!" Tirou a roupa, colocou-a ao lado sobre a rocha e entra na água. Quando saiu e quis vestir-se, a roupa tinha desaparecido. Um Israelita tinha-a roubado."

O representante Israelita saltou furioso e disse, "Que é que você está a dizer? Os Israelitas não estavam lá nessa altura."

O representante Palestiniano sorriu e disse: "E agora que se tornou tudo claro, vou começar o meu discurso."

Como compreender o país em que se vive?

Quando tive oportunidade de ir visitando em trabalho alguns países fui percebendo aos poucos porque a Islândia era a Islândia, a Dinamarca era a Dinamarca, Singapura, Brasil, EUA, etc... e onde estavam nas várias estatísticas de produtividade, cultura, formação, educação, etc...

Porque gosto e acompanhdo o desporto no nosso país, dou por mim a pensar na razão de tantos e tantos problemas e das pessoas que o regem, a má formação, falta de bom sendo, educação e muito mais que contribuem para casos da (Des)Liga, Federações, Dirigentes e aqueles que se dizem de contribuintes para um estado de direito e desportivo em Portugal.

Outra pergunta me tem ocorrido ultimamente referente a este tema. Como é que um estrangeiro como o Quique, Boby Robson, Eriksson e outros vão compreendendo em que país se vieram meter?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

E agora FCP?

O Porto, através do seu Presidente, a confiar nas palavras do seu colega do Sporting, preparava-se para faltar na 4.ª feira ao jogo das meias-finais da Taça da Liga de forma a não ser prejudicado. Implicitamente estavam 3 jogadores em risco de apanhar o 5.º amarelo e ficarem fora do dérbie do próximo domingo contra o Benfica.

Hoje, contra o Belenenses 1 desses 3 jogadores foi expulso, fazendo com que o próximo jogo contra o Sporting servisse para limpar essa expulsão. E agora....volta-se atrás e a equipa B do Porto estará em Alvalade na próxima 4.ª?

Quanto podemos errar?

Na apresentação de um filme, aparecia uma frase bastante pertinente para o mundo do desporto (e não só): Quanto se pode errar?

Em jogos onde ouvimos dizer que ganha quem errar menos, tem toda a lógica esta pergunta.