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Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Crónica no Desporto da Sapo_Como construir e destruir? Bons exemplos no Sporting e Paços de Ferreira

Nada está ganho nem perdido, mas a forma como se ganha e se perde, já nos dá umas pistas!

É verdade que quer o Sporting quer o Paços de Ferreira não ganharam nem perderam nada. Trata-se de seis pontos e dois jogos e ainda vamos na 2ª jornada. Mas observar as distintas abordagens pode ser um bom exercício para quem quer perceber um pouco mais de dinâmicas de equipas. 
 
Um Sporting mais alinhado e unido. Não foco abordagens táticas, mas percebe-se que estão mais juntos nos lances, ganham mais ressaltos, festejam mais quando marcam, comunicam e dão mais feedback positivo. Há uma pessoa – introvertida e low profile – que comunica calmamente durante os jogos e que, tal como referi na última rúbrica, pode ter um problema chamado Bruno Carvalho no banco quando as coisas correrem menos bem dentro de campo. Mas até lá, vai havendo tempo para crescer.

Ao nível de dinâmicas de equipas e visão, a sua construção foi correta. Para crescer recrutou um conjunto de jogadores – interna e externamente – que querem aproveitar a subida do clube para subirem também. Ao contrário da época anterior, onde um conjunto de atletas supostamente com uma carreira mais solidificada, não se identificava com os maus resultados e não sentia como sua aquela luta. 
 
Ainda é cedo, nove golos são nove golos, mas é o processo que se destaca mais. Por muito que seja difícil não destacar os resultados.

Por outro lado temos a desconstrução e destruição de uma visão no Paços de Ferreira. Uma equipa que para esta época se reuniu à volta de uma visão que iria (e irá) durar apenas dois jogos na Liga dos Campeões. Uma mentalização coletiva e individual que se foca naquilo que não é o seu mundo. Uma surpresa é uma surpresa e para se tornar regular, há que solidificar processos. Nem o treinador Costinha está alinhado com o clube nem com o seu processo de estabilização. Não se trata de criticar a pessoa, mas sim, destacar que o crescimento ao nível de liderança se faz com dois pilares do treinador: identificação e superação. E Costinha até poderia cumprir na segunda. Mas nem isso. Carlos Barbosa e Carlos Carneiro não acertaram para já, vamos aguardar!

Por último, a vitória do Benfica. Não se passa a ser besta nem bestial com vitórias aos 92’. Jorge Jesus sofreu no ano passado esse descrédito. Perder nos descontos, destrói muito a confiança. Ganhar, pode ajudar a crescer o grupo e a união, especialmente quando aparentemente não há muita…

Próxima sexta-feira, supertaça europeia: duas equipas com um upgrade de construção, dois grandes treinadores de enormes construções. José Mourinho e Pep Guardiola!

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