Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Existirá um momento eureka na nossa motivação?

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21 comentários:

Luís Graça disse...

Eu penso que sim, os "picos" de motivação existem, mas a percepção que tenho é que por muito que estruturemos a motivação esta está muitas vezes dependente de terceiros e de factores dificilmente controláveis por nós. Contudo, em certas situações é possível incrementar a auto-motivação, estabelecendo metas tangíveis, o que aumenta assim a percepção de sucesso das nossas actividades. Não é uma tarefa fácil, mas é possível e existem meios de se atingir uma auto-motivação bem sucedida.

Luís Graça

Rui Lança disse...

Obrigado Luís, concordo em muito consigo, não existem receitas mas algumas das ferramentas que fala se bem utilizadas podem ser fundamentais!

Cumps,

Eduarda Polibiano disse...

Acredito que todos os profissionais tem de ser motivados diariamente!!!!

Eduarda Polibiano

Rui Lança disse...

Olá Eduarda...também acho que sim, mas a questão até pode ser: por quem? apenas um processo individual ou o contexto organizacional tem 'essa obrigação' de o motivar?

E quanto a sabermos...como é que a motivação surge? E basta isso?

Maria Trigo disse...

A minha experiência e saber diz-me que a motivação é um trabalho continuado, persistente, interactivo, reflectido e nunca terminado. É um caminho a percorrer e até mesmo a construir e a reconstruir. Mas, nesse caminho e nessa procura, acontecem «momentos» eureka, resultado desse mix de procura, empenho e aposta no «quero ser/estar motivado» até para ser mais realizado e mais feliz. Mas, não há motivação gratis!

Maria Trigo

Rui Lança disse...

Adorei essa expressão de não haver motivação grátis. Mas concordo que o processo deva ser um mix de diversos aspectos, uns mais racionais outros mais emocionais. Obrigado.

Joana disse...

Sem dúvida que a motivação advém de um mix de aspectos racionais e emocionais intrínsecos ao próprio; no entanto, a forma como essa motivação é trabalhada na Organização perante cada um dos colaboradores e das equipas é também fundamental. Efectivamente não existe motivação grátis!!

Joana Resende

Rui Lança disse...

Era aí que tocava, nesse ponto. Para lá do momento (ou não) eureka...o papel que cada um e as organizações deve ter para limar a motivação?

Maria Trigo disse...

Estamos em sintonia, caros amigos/as.

Maria Trigo

Luís Graça disse...

Sem dúvida alguma Rui. Da minha experiência pessoal retirei um ensinamento que acho absolutamente fulcral: em momentos de baixa motivação, a criação de novos projectos, de novas ideias é fundamental, é um pouco como "semear" em tempo de crise. Os pequenos frutos que estes projectos e ideias vêm a dar, darão novas "sementes" de motivação para outros projectos e ideias, e naturalmente um incremento motivacional, mas não deixo de sublinhar que é essencial que estes projectos sejam tangíveis e realistas, porque se assim não acontecer, o processo de motivação pode ter o resultado exactamente oposto ao esperado.

Cumprimentos

Luís Graça

Rui Lança disse...

Claramente...o ponto certo motivacional tem de responder principalmente à questão de termos competências para a tarefa e a exigência da tarefa em si...porque podemos (considerar) achar que temos competência até em demasia e desleixarmos ou desmostivar...ficar sem chama.

F. Gaspar disse...

Boas,

Quero contribuir com uma questão que para mim me parece mais pertinente, ou talvez mais profunda e ainda mais difícil de "treinar" ou de provocar nas pessoas.

Momentos eureka irão existir sempre, embora sejam diferentes de individuo para individuo e de momento para momento, irão sempre haver situações capazes de despoletar uma onda motivacional, mais ou menos longa e mais ou menos intensa. Situações essas que podem ser naturais ou artificiais, intrínsecas e ou extrínsecas.

A minha questão é como treinar a predisposição para a motivação e para esses momentos eureka?

Enquanto treinador, deparo-me várias vezes não com a falta de momentos eureka, mas sim com a falta de predisposição para os receber, entender, interpretar e utilizar. Esta falta de predisposição funciona quase como uma bolha anti motivação, onde esses momentos eureka e acções deliberadas, são considerados como sorte, coincidências, etc… inclusivamente podendo funcionar como situação anti motivação.

Uma pessoa “aberta” é alguém a quem mais cedo ou mais tarde aparecerá um momento eureka e que ciclicamente terá momentos destes. Uma pessoa “fechada” dificilmente conseguirá interpretar estes momentos.

Mais do que os momentos eureka, parece-me mais importante preparar os indivíduos para os aproveitar (ainda que inconscientemente), para terem fome de motivação, para os procurarem ou até para os construírem.

Momentos eureka irão existir sempre… tal como o euromilhões, se não jogar, não serei certamente premiado. Se não estiver predisposto, não irei certamente ter um momento eureka.

Abraço Rui
Bom trabalho!

Rui Lança disse...

Excelente questão Gaspar...mas tb acho que se pode encontrar e trabalhar essa predisposição, não a 100 % até porque acredito que muito do processo é intrínseco....ou não?

F. Gaspar disse...

Concordo com o facto de se poder trabalhar essa predisposição e de ser um factor intrinseco.

Não sendo grande conhecedor da matéria, gostava de adquirir algumas ferramentas para o fazer.

Acrescentar que em relação ao intrinseco, nós somos o que aprendemos e o que nos ensinam, por isso é possivel que também hajam algures ferramentas para mudar essa predisposição.

Alexandra Bessa disse...

Eu partilho deste pensamento uníssono, de facto tal como "não há almoços grátis", também " não existe motivação grátis".
O clima organizacional pode ser alterado por um objectivo individual de um elemento da organização, é óbvio que as pequenas organizações são mais propícias a tal.
O objectivo poderá nem sempre ser profissional, pode ser o seu bem-estar pessoal simplesmente.
Quantos não serão os que buscam na motivação da equipa e nos momentos "eureka" ao longo do processo um reencontro como seu equilíbrio emocional.

Alexandra Bessa

Rui Lança disse...

Olá Alexandra...a questão da motivação individual se inserir na colectiva ou a colectiva conseguir abarcar um alinhamento das motivações individuais é uma área que gosto bastante. E como se vai dizendo e defendendo cada vez mais, as verdadeiras razões de muitas motivações estão abaixo da linha de água do iceberg...ou relacionada com questões identitárias...ou não?

Anabela Seabra disse...

A motivação, de facto, não é grátis. Todos os nós temos o poder de o conquistar. Não depende somente das organizações, mas também de cada um de nós. Cada um deverá encontrar a sua auto-motivação e, quem sabe, passar essa energia para o líder da equipa. Os momentos "eureka" devem acontecer todos os dias, em vários momentos e deverá ser partilhado entre a equipa, para que o foco não se desvaneça.

Rui Lança disse...

Obrigado Anabela. Eu 'defendo' (se é algo que se possa defender....mais acreditar) que uma pessoa motivada pode motivar outra. Gostamos de estar rodeados de pessoas motivadas, focadas...a questão é saber se esse ponto tem mais de emocional ou deve ter aquele lado racional que concretiza, planeia...etc. Obrigado pelo feedback!

Maria Trigo disse...

Estou a adorar esta discussão, em especial, porque conseguimos falar de motivação, auto-motivação, função das lideranças na motivação da equipa e vice-versa, momentos «eureka», clima organizacional, foco...e tudo sem nos socorrermos das teorias da motivação, como é hábito! E todas/os concordamos que «não há motivações gratis». Obrigada ao Rui Lança que nos desafiou para este debate.

Paula Nanita disse...

"Quem mexeu no meu queijo?" de Spencer Johnson ou "I Moved your Cheese" de Darrel Bristow-Bovey?
O que não é afinal motivação?

Rui Lança disse...

Obrigado eu por andarem aqui neste 'desafio'! Quanto ao livro...sempre tive uma ideia que a mensagem que o livro passava não era assim tão forte. Enganei-me pelo impacto que foi tendo...sinal que a sociedade não gosta mesmo de mudar e/ou não estava ainda atenta para algumas questões comportamentais...sinal que ainda há muito para fazer!