Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


domingo, 27 de junho de 2010

O futuro será assim?

Podia-se ler ontem no jornal diário "A Bola" e também por alguns sitios da internet que equipas do distrito de Bragança na modalidade de Futebol de 11 tinham ganho o direito dentro de campo de subir do Campeonato Distrital à 3.ª divisão Nacional, mas por razões relacionadas com opções de gestão e estratégias, tinham recusado, preferindo manter-se nos distritais. Aliás...tanto quanto é possível averiguar, não tinha sido apenas uma equipas, mas quatro.

O jornal 'A Bola' incluia ainda que razões relacionadas com as deslocações e as despesas que isso implica tinham estado também na base da decisão.

A notícia pode não ser virgem, nem ficará por aqui em termos de seguidores. Na verdade, em outras modalidades colectivas já tinha acontecido o mesmo, especialmente na Liga Profissional de Basquetebol onde não se tratava apenas de direitos desportivos mas também requisitos económicos.

A particularidade da notícia poderá estar em saber nas próximas temporadas desportivas quantos casos irão suceder em moldes semelhantes. É verdade que o distrito de Bragança tem maus acessos e a deslocação a um outro local acresce em muito despesas com combustível, tempo e outros custos. Os clubes, associações ou outro tipo de entidades do distrito de Bragança queixam-se das dificuldades diárias, quer em encontrarem apoios quer na capacidade de auto-sustentar a sua actividade.

O desporto não é um caso isolado. Longe disso mesmo. Não se tratam de suposições, mas tudo caminha para que os efeitos colaterais e até bastante directos da crise social, económica e financeira afecta cada vez mais hábitos desportivos, quer ao nível de decisões quer ao nível de um futuro a curto-médio prazo.

Como tudo, as crises podem ser uma boa oportunidade para algo. Neste caso, as decisões quando tomadas com base em decisões de gestão ou estratégia de sobrevivência pressupõem que alguém dedicou um x tempo para tal. Quase com uma pontinha de ironia, diria se estes exemplos chegam a alguns clube profissionais, poderemos ter um desporto melhor no futuro, mais real. A aprendizagem de algumas ferramentas sempre foram fundamentais para um desporto melhor. A necessidade pode criar hábitos, neste caso, bastante positivos.

1 comentário:

F. Gaspar disse...

Acho que há gente que precisa de ouvir (ler) isto, antes de mandar uns tiros para o ar.

Se isto está assim nos semi-profissionais... imagine-se nos amadores.

Parece também, que se começa a aprender com os erros de equipas extremamente ambiciosas, que a muito custo e sacrifício atingem determinadas posições e depois... depois caem direitinhas para o fundo, sem ninguém para as amparar.