Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Capitão

Tive curiosidade em ver no wikipédia o que quer dizer capitão no desporto e achei isto:

Capitão: jogador, em certos desportos, que comanda uma equipa e fala nome dos seus jogadores;


Bem, vejo o comportamento de Cristiano Ronaldo durante todo o Mundial e não revejo isto. Atenção, Ronaldo como capitão é uma herança de Scolari. Queiroz poderia tê-lo substituído quer como capitão quer como um jogador que faz parte de uma equipa. Mas não tem nem força nem estatuto para isso.

Vale a pena apreciá-lo como jogador, apenas isso.

Culpado? Nada disso, serão todos, a começar pelo Presidente da Federação que ninguém sabe onde anda...nem ele.

domingo, 27 de junho de 2010

O futuro será assim?

Podia-se ler ontem no jornal diário "A Bola" e também por alguns sitios da internet que equipas do distrito de Bragança na modalidade de Futebol de 11 tinham ganho o direito dentro de campo de subir do Campeonato Distrital à 3.ª divisão Nacional, mas por razões relacionadas com opções de gestão e estratégias, tinham recusado, preferindo manter-se nos distritais. Aliás...tanto quanto é possível averiguar, não tinha sido apenas uma equipas, mas quatro.

O jornal 'A Bola' incluia ainda que razões relacionadas com as deslocações e as despesas que isso implica tinham estado também na base da decisão.

A notícia pode não ser virgem, nem ficará por aqui em termos de seguidores. Na verdade, em outras modalidades colectivas já tinha acontecido o mesmo, especialmente na Liga Profissional de Basquetebol onde não se tratava apenas de direitos desportivos mas também requisitos económicos.

A particularidade da notícia poderá estar em saber nas próximas temporadas desportivas quantos casos irão suceder em moldes semelhantes. É verdade que o distrito de Bragança tem maus acessos e a deslocação a um outro local acresce em muito despesas com combustível, tempo e outros custos. Os clubes, associações ou outro tipo de entidades do distrito de Bragança queixam-se das dificuldades diárias, quer em encontrarem apoios quer na capacidade de auto-sustentar a sua actividade.

O desporto não é um caso isolado. Longe disso mesmo. Não se tratam de suposições, mas tudo caminha para que os efeitos colaterais e até bastante directos da crise social, económica e financeira afecta cada vez mais hábitos desportivos, quer ao nível de decisões quer ao nível de um futuro a curto-médio prazo.

Como tudo, as crises podem ser uma boa oportunidade para algo. Neste caso, as decisões quando tomadas com base em decisões de gestão ou estratégia de sobrevivência pressupõem que alguém dedicou um x tempo para tal. Quase com uma pontinha de ironia, diria se estes exemplos chegam a alguns clube profissionais, poderemos ter um desporto melhor no futuro, mais real. A aprendizagem de algumas ferramentas sempre foram fundamentais para um desporto melhor. A necessidade pode criar hábitos, neste caso, bastante positivos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A tomada de decisão na Human

Há uns tempos escrevi aqui um artigo sobre a tomada de decisão e a dinâmica da laranja. Hoje saiu na revista Human. Para reler e aproveitarem para (quem não conhece) navegar no sítio deles que tem bons artigos para ler e reler.

Até breve!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Change readiness do ketchup

Change readiness...prontidão para a mudança. A tradução anda mais ou menos próxima disto.

E o ketchup, onde aparece? Bem, aparece porque quando ele desce, é sempre a descer. Portugal teve no último jogo contra a Coreia do Norte uma mudança e quis mudar. E quando começou a descer (a entrar), entrou várias vezes. Esperemos que a embalagem não tenha ficado vazia.

Mais a sério, verificaram-se algumas alterações. Não sei se todas prepositadas, até porque mesmo com um 7-0, continuaram-se a verificar equívocos. Bem, não será um 7-0 motivo para nos calarmos e acharmos que está tudo bem? Não, não acho. Acredito que haverão pessoas que voltaram a achar que somos candidatos ao título. A verdade é que a França, Itália e Inglaterra podem ficar por terra já e isso elimina alguns dos candidatos.

7-0 é melhor que 1-0 sem dúvida. São 3 pontos, mas dá goal average e muita confiança. Mas mesmo assim...alteraria alguns aspectos:

- Miguel a defesa direito? Não, Paulo Ferreira ou no caso de ser um jogo sempre a atacar, Ruben Amorim.
- Contra gigantes pomos um homem de ossos e contra os pequeninos, um gigante no ataque? Hum
- E o Pepe, se não entra quando estamos a ganhar 5-0 para ganhar ritmo, quando entrará?

Bem, Queiroz alterou de um jogo para o outro e ainda bem. Denota alguma capacidade de aceitar algumas das evidências. E isso é um grande passo. Se der mais uns passos destes durante os jogos com o Brasil e os oitavos de final, pode ser que tenhamos mais alguns jogos para ver. Quem irá a Espanha, Suíça ou Chile escolherem para jogar?

sábado, 19 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A diferença de jogar no clube e na selecção! A diferença de estar numa equipa e num grupo!

Não é de agora, mas aproveitando o Campeonato do Mundo de Futebol, mais visível aos ‘nossos’ olhos, vários comentários são proferidos relativamente à diferença de rendimento de alguns jogadores dos clubes para as selecções.

Nos últimos anos habituámo-nos a observar alguns jogadores que jogavam melhor na Selecção Nacional de Futebol do que no seu clube. Lembro-me de um ou dois, com Maniche à cabeça. Claramente um jogador que com Scolari subia de rendimento, principalmente após a saída do Porto, quando a sua carreira nos clubes assumiu quase sempre uma recaída ao nível das suas exibições.
A grande maioria dos jogadores tem uma recaída quando chegam às selecções. E eu digo “Ainda bem!”. Porquê? Porque valoriza o papel do treinador e dos processos de treino, team cognition, building, etc. Qual treinador e processos? Clubes, claro está!

Se um jogador chegar à selecção, após dezenas e centenas de treinos a proceder de forma x e chegar à Selecção e for indiferente a posição onde irá jogar, algo poderá estar errado, mesmo quando falamos de um Messi ou um Ronaldo. Porquê? Porque nos clubes o treinador dedica-se a definir algo que na sua concepção, é o melhor processo de grupo para o conjunto de jogadores que compõem a sua equipa. Na Selecção será igual, mas o tempo de adaptação é muito menor e isso ser ainda mais visível quando os atletas se juntam dois ou três dias antes dos jogos.

Daí algumas das melhores Selecções e seleccionadores optarem, quando possível, por ‘esqueletos’ e sectores de alguns clubes. Meio-campo constituído por jogadores do Porto no Euro 2004, Itália que ‘abusava’ da ‘espinha-dorsal’ durante alguns anos do AC Milan, Espanha a utilizar o meio-campo catalão, etc.

Afirmo que é positivo este trabalho. Se por um lado, as selecções por vezes atingem um potencial individual melhor e poderá de alguma forma diluir estas dificuldades, de outras formas, a Selecção ter de passar em pouco tempo da fase de formação para a fase de normalização, sem dar espaço a conflitos posicionais. Sim, conflitos, testes, análises, etc.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Encontrei isto com 3 anos actualizado!

Andava eu a remexer no pc e encontrei esta crónica que escrevi para a SportLife há 3 anos. Mas continua mais que actualizado! Ou não?

“As competências que (não) existem no desporto”

Dizem que há uma primeira vez para tudo. Esta será a minha primeira crónica, deixando de lado a rigidez técnica dos livros. Tempos houve que também realizei as minhas primeiras críticas ao que se passava no desporto. Não sei se de uma forma mais descontextualizada, menos fundamentada ou com mais emoção.
Mas desde há algum tempo que assumo que abordar o fenómeno desportivo com a racionalidade exigida, é uma tarefa que implica alguma coragem e perspicácia, pois o desporto propriamente dito, e tudo o que o rodeia, é um assunto para a grande maioria da sociedade, de senso comum e de ‘entendedores curiosos’, o que dificulta qualquer abordagem mais técnica e rigorosa.


Não quero com isto dizer que as pessoas não possam dar a sua opinião sobre ‘isto’ ou ‘aquilo’. Nada disso! Até porque a criação de requisitos para abordar o desporto tinha outra repercussão, que seria a eliminação de uma grande quantidade de trabalhos por serem ocupados por pessoas pouco qualificadas.
A actividade desportiva tem sido utilizada com maior frequência como meio propedêutico, de estimulação ou de potenciação de uma forma de estar na sociedade que poderá ser definida como mais correcta. Através de diversos projectos utiliza-se o desporto no voluntariado e vice-versa, como forma de tornar os cidadãos mais activos, de participarem nas actividades sociais, de aprenderem a partilhar, a trabalhar em equipa ou aprender a perder e também a ganhar.

Uma simples história conta que um dia uma mãe levou o filho até Ghandi e pediu-lhe que fizesse algo para que o filho começasse a comer arroz. Ghandi, calmamente pediu que a mãe voltasse com o seu filho passado uma semana. Após uns dias os dois dirigiram-se novamente a Ghandi. Este virou-se para o filho e disse-lhe “A partir de hoje irás comer arroz”, virando-lhe depois as costas. A mãe, algo estupefacta, afirmou “Porque me mandou voltar passado uma semana para lhe dizer somente isto?”. Ghanid respondeu-lhe que há uma semana também ele não comia arroz.

Hoje acredito mais no que faço e que sou melhor também por isso. Não me basta coração ou emoção, mas ajuda. Junto a isto um conhecimento académico e prático e proporciono a hipótese de aprender mais ou acomodar-me.
O trabalho efectuado com várias populações deu-me a conhecer as potencialidades da actividade desportiva e recreativa como forma de ensinar novos e velhos, populações carenciadas e privilegiadas, do interior e do exterior, activas e sedentárias, interessadas e desinteressadas.

E olhando para o nosso país, algo vai mal nas pessoas que estão à frente de todo um fenómeno desportivo. Não acredito que estejamos a ‘8’, mas estamos sem dúvida longe, muito longe, do ‘80’.

Existem bons dirigentes desportivos, mas poucos deles em posições de decisão. Exemplos de más decisões, corrupção, dívidas, politicas desajustadas, ‘quintais’, etc. Fico com algumas dúvidas se será a imagem do país ou o contrário.
Falo muito para além de o facto de continuarmos na cauda da União Europeia no que diz respeito ao índice da prática desportiva. Claro está que tudo terá uma relação.

Mas é estranho, sem dúvida, utilizar o desporto como forma de desenvolver competências e que serão alicerces na forma como encarar desafios na vida em geral e continuarmos (de forma crescente) a ser bombardeados com exemplos como temos sido.


Torna-se difícil definir as competências que os técnicos deverão ou não possuir, pois as áreas relacionadas directa ou indirectamente com o desporto são diversas. Seria talvez mais fácil ir pelas características que um profissional não deverá possuir!


Caberá a todos decidir se queremos continuar a ser um país que vive de dirigentes desportivos (e não só) mesquinhos, que investem o seu tempo no mal dizer e na procura incessante do protagonismo, ou pretendemos algo sério, aproveitando as oportunidades criadas pelo desejo das pessoas quererem algo melhor e começarem a ficar fartas de viver neste mar de oportunidades de fazer mal e de contínua impunidade.

Sei que o desporto ajuda-nos a ser activos e empreendedores, obriga-nos a pensar em estratégias e soluções, potencia situações de sacrifício e espírito de equipa, ocupa a mente e o tempo com qualidade, mas até quando existirá a diferença abismal que temos assistido entre o dizer e o fazer?"

domingo, 13 de junho de 2010

Ama a vida

Pode não ser o dia dos namorados. Pode ser para mais que uma pessoa. Para muitas. Pode ser para uma motivação-extra. Mas pela imagem, vale a pena!


quinta-feira, 10 de junho de 2010

The Spirituality of Team Work, Phil Jackson

Li e gostei!

"Certainly, Phil Jackson's accomplishments - the highest winning percentages in both the regular season and the playoffs, among all coaches in NBA history - indicate that he is one of the greatest leaders in the annals of sports. Just as important, however, is how he achieved this amazing record.

When you examine Jackson's life, you see that he has always been committed to the idea that people who work together can accomplish much more than individuals seeking their own personal glory. This is a lesson he must have learned very early in life, growing up with parents who were both pastors. From them, he learned about self-discipline and generosity toward others -- key attributes of leadership.

As a college player at North Dakota, he wasn't the most polished-looking person on the basketball court, but he made the most of his attributes and constantly worked to improve his areas of weakness. Then, with the New York Knicks, where he spent most of his professional playing career, he was the perfect fit for that great club known for its unselfish, team-oriented approach.

The same themes permeate his coaching career. He helped superstars such as Michael Jordan and Shaquille O'Neal adapt to the team concept. That's another mark of a first-rate leader, bringing all the elements of an organization into one strong unit. The results speak for themselves in Phil Jackson's case. Before they played under Jackson, those two players had no championship rings. With him, Jordan won six, and O'Neal won three.

Jackson has been called a "Zen master," and I know spirituality is an important element of his life (as evidenced by the title of one of his books, "Sacred Hoops"). I think what this element has done for him, especially as a leader in the NBA, is to supply the confidence a coach needs to unite a group of individuals into a team. And as he practices these methods, he gives his players the opportunity to observe and learn from his success. That, along with his dazzling coaching record, makes him an exemplary leader."

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Interdependência...

(Interdependência é um conceito que rege as relações entre os indivíduos onde, um único indivíduo é capaz de, através de seus actos, causar efeitos positivos e/ou negativos, em toda a sociedade. Ao mesmo tempo, esse mesmo indivíduo, por sua vez, é influenciado pelo todo.

Ao pensar no imenso impacto que pequenos gestos podem causar, chega-se à conclusão de que cada pequeno acto é importante. Essa é a relação de interdependência: a consciência de que o todo depende de um único indivíduo. E cada indivíduo depende do todo para existir. Sendo assim podemos dizer: a interdependência pode ser compreendida em termos da mútua dependência que existe entre as partes e o todo. Sem as partes, não pode haver o todo e, sem o todo, o conceito de parte não tem sentido. A ideia de todo implica partes, mas cada uma dessas partes precisa ser considerada como um todo composto de suas próprias partes.)


O ciclo de dependência nas equipas e organizações apresenta teoricamente 4 fases: Inicia-se com a fase de sermos 'dependentes', passado algum tempo chegamos à fase da 'contra-dependência' e posteriormente, atingimos (?) à independência. A 4.ª fase e última fase e mais desejada, é a interdependência. Fase que muitas organizações não chegam (provocando grandes obstáculos aos seus elementos constituintes) a atingir, quer por factores intrínsecos quer por factores colectivos e extrínsecos.

O que se constata nos organismos, quer estejamos a falar de uma organização constituída por 50 elementos, quer estejamos a falar de um sistema que agrega 50 empresas ou organismos, é que a relação das entidades usualmente tem uma duração de estabilidade curta e que estranhamente estabiliza na 2.ª fase e fica por aí, salvo muitíssimas raras excepções.

Observar a forma como as diversas entidades, por exemplo, que compõem um organismo que congrega várias Federações. Ou uma Federação que congrega várias Associações ou Clubes, é perceber como funcionam as pessoas numa organização, numa primeira instância, a ‘luta’ pela sua identidade, pelo seu espaço, e após tudo isso, um possível alinhamento colectivo, quer com os outros parceiros quer com a entidade principal que concentra as Federações, Associações ou Clubes.

A incapacidade de um IDP ou outra entidade que de alguma forma deveria concentrar esforços, interesses e um alinhamento de uma grande maioria dos seus membros é uma das principais razões para a inexistência de uma estratégia em que os membros se identificam e estejam dispostos a embarcar nos seus desafios e objectivos. Embora se reconheça que a tarefa é deveras difícil.

A liderança de pessoas ou entidades, passa para além das fases do ciclo de dependência pelas fases de construção de uma equipa, e aqui, é notório, e diversas vezes assumido neste blog, nos comentários, na imprensa, na bibliografia, como um factor a ultrapassar para que de uma vez por todas, se consiga ter uma linha orientadora, com o compromisso de (quase) todos e assumida como um objectivo desafiante, exequível e para embarcar no mesmo (quase que podia ser um discurso de um caminho para uma organização, clube ou País!).

Iremos mais uma vez aguardar, tentando perceber quando e como é que as ‘umbrellas’ conseguirão alinhar um conjunto de membros, todos eles com os seus interesses, objectivos individuais, bússolas, faróis, valores estratégicos e operacionais, etc. Não é fácil, principalmente num País onde quase todas as pirâmides organizacionais e procedimentos estão subvertidos ou desproporcionados relativamente à realidade dos outros países europeus.

sábado, 5 de junho de 2010

Team Building e os Contemporâneos

Qualquer semelhança entre este video e aquilo que muitos ainda acreditam ser o coaching de equipas é pura...


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Avatar, a estória que fez história também na liderança pessoal

Vi e gostei. Retirado daqui, focaria como mais importante estes três pontos:

Curiosidade é a coisa mais importante que temos, imaginação é uma força que pode manifestar uma realidade e o respeito da sua equipa, é mais importante do que qualquer prémio.