Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Qual o número certo de elementos por equipa?

A discussão do número de elementos por equipa e o impacto que esse mesmo número apresenta no rendimento tem sido estudado desde 1913 pelo francês Ringelmann (efeito de).

Um artigo na Havard Business Review veio apimentar ainda mais a visão e a discussão em torno do impacto que esse efeito pode ter nas equipas e qual o papel do contexto da redução, me...
lhoria ou aproveitamento desse efeito.

Alan Ingham e três colegas na década de 70 decidiram recriar a experiência de Ringelmann na Universidade de Massachusetts. Demonstraram que a perda de esforço não poderia ser explicada apenas pela falta de coordenação, como foi afirmado por Ringelmann. Chegaram à conclusão que a equipa com mais elementos reduz o seu esforço também porque se sentem menos responsáveis pelo resultado ou ‘fracasso’ no caso do mesmo existir.

Claro que isto nos remete para a dificuldade em adaptar estes estudos à nossa realidade, seja qual ela for, pois os mesmos não contam com algumas variáveis como as tarefas, o contexto, a exigência das funções, etc.
A conclusão a retirar é que em cada contexto (o nosso) deveremos ter a percepção e a sensibilidade para aferir qual o número de pessoas que são realmente necessárias para as tarefas e os objectivos a concretizar. E que perante esta necessidade, existe uma enorme probabilidade de se perder a eficiência colectiva. O segundo grande risco é perder o compromisso colectivo com o resultado como foi demonstrado.

Esta conclusão remete-nos igualmente para a questão das tribos e o papel de cada um no colectivo. Pois sabemos que cada elemento disponibiliza um contributo ao grupo e à equipa e que nem todos esses contributos muitas vezes são mensuráveis e relacionados directamente com a produção. Uns possibilitam que outros brilhem, criam um bom espírito, estão lá para apoiar os outros, etc.

Considerando o ambiente e o contexto de cada um de nós, a questão é saber qual a realidade que mais se assemelha à nossa, a possibilidade de dosear bem o número de elementos necessários. Nem para menos, pois aí decaímos na produtividade e qualidade do trabalho desenvolvido, nem para muito mais, devido ao (des)compromisso, custos de rh’s, etc.

2 comentários:

Susana F. disse...

É necessário:traçar o perfil ideal e recrutar os elementos com as competências pretendidas. A produtividade tem de estar relacionada com a eficácia.Há que ter a pessoa certa no lugar certo e isso só se consegue com o respeito pelas caracteristicas individuais, com o envolver cada pessoa através da responsabilização e motivação positiva e simplificação dos processos. Tem de haver uma construção de um espirito de equipa (com objectivo comum) em detrimento do espirito de grupo (objectivos divergentes).

Rui Lança disse...

Partilho muito da visão, embora considere ou dê mais enfoque na questão do compromisso colectivo e dos processos de grupo que possibilitam que um grupo consiga a tal eficiência da inteligência colectiva ser maior que outros grupos.