Por muito que se diga, se tente ou defenda, é difícil aceitar do ponto de vista prático a ideia que começamos alguma coisa – tarefa, relação, intenção, acção, etc. – a partir do zero. O que isto nos indica é que essa pessoa ou esse conjunto de pessoas tem consigo uma mochila de experiências, emoções, crenças, desejos, ideias, etc., que condiciona (pouco ou muito, positiva ou negativamente) o resultado da sua predisposição, dedicação, intencionalidade ou objectividade perante um desafio, acção ou contexto.
A forma como cada um conjuga e coabita com essa mochila, tira o melhor partido da mesma, sabe como conviver com os pontos menos positivos, ultrapassa e contorna as dificuldades, é claramente um indicador importante para o processo e resultado final. Engraçada esta ideia de quem lidera a equipa, o processo, convive com outras pessoas, tenta tomar uma decisão individualmente, já tem uma grande parte pré-definida. O saber como conviver, adaptar, retirar o melhor e afastar o negativo, é em si, uma ferramenta essencial.
8 comentários:
É muito difícil, concordo com suas palavras.Mais alguém tem que fazê-lo.
Gosto muito dessa frase:Gênio: 1% de inspiração e 99% de transpiração. -- Thomas Edison
Luiz Sttocco
Para mim o "zero" é a melhor altura..... Altura onde cabem todas as possibilidades, desafios ou mesmo esperanças.
Altura em que tudo pode mudar para melhor (ou não) e em que ainda nada é definitivo, onde a espectativa se torna inquietante e ao mesmo tempo empolgante...
Caro Luiz, penso que aqui o caso são as 'coisas' que trazemos como certas condicionarem muito daquilo que fazemos. E às vezes por mal.
Obrigado Ana, mas duvido que o 'zero' dure muito tempo, a mochila começa desde muito cedo a ser empactoada :)
Exactamente! Existe sempre algo ou alguém que influencia a tomada de decisão, logo nunca começamos do zero.
Anabela P. Leite
Exactamente Anabela, concordo a 100%!
Até se pode dar um nome a essa "mochila" que refere. Paradigmas. E tanto podem ser bons, porque nos ajudam através das experiências acumuladas, a desbravar caminho ou, nos podem prejudicar, toldando-nos a visão de novas e diferentes perspectivas. De resto, 100% de acordo.
Obrigado Álvaro. A ideia é essa e juntar que algumas chefias ainda acham que podem modificar e 'impingir' muita coisa nessa mochila. Se as peças não forem complementares ou coerentes, a mochila rejeita!
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