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Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O Doutoramento e a Ultra Maratona

Num primeiro olhar, o doutoramento é como uma viagem. Diria uma viagem com várias saídas, várias estações e apeadeiros. Também com várias rotundas e com diversas saídas e opções, mas sem tabuletas e orientações.

Um dos Professores convidados disse durante uma aula que um doutoramento é como uma ultra maratona. “Menos mal” pensei eu, que ainda não fiz nenhum doutoramento – e penso que é coisa que depois de terminar, ficarei pela unidade – mas já fiz três ultras. A julgar pelo ultra maior que já fiz (55 km) e pelos primeiros tempos de doutoramento, há já algumas diferenças e semelhanças.

Principal diferença, é que os primeiros kms de uma maratona ou ultra são geralmente os mais fáceis, ou pelo menos, fáceis de suportar. No doutoramento, os primeiros tempos são de alguma excitação mas com várias rotundas e sem tabuletas a dizer para onde ir. Onde é normal escolhermos uma saída – com algumas certezas – e passado um tempo, termos de voltar para trás porque percebemos que nos enganámos. Embora continuemos a não saber por onde ir.

A principal semelhança é que trata-se muito, mesmo muito, de força mental. É importante estar bem fisicamente ou saber da matéria em estudo e ter hábitos e métodos de investigação, sim, é verdade. Mas sem força mental, quer numa ultra quer no doutoramento…não vamos lá. Não importa quantas vezes paramos, desde que a última seja depois da meta!

Parece-me ser a principal ideia a retirar para já. O ideal é nunca parar, mas escolher nunca parar e não conseguir chegar ao fim por teimosia, e saber quando parar jogando com a nossa motivação, é claramente a ideia chave: podes parar, desde que arranques depois!

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