Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


domingo, 23 de outubro de 2011

"Convença-me que sou útil à equipa/organização"

Durante uma formação, e enquanto abordávamos a questão da autonomia e desenvolvimento individual e da organização onde se trabalha, falou-se da motivação. E da motivação individual e daquela que difere de pessoa para pessoa.

Dos inúmeros exemplos que - a partir do momento em que as necessidades básicas estão asseguradas - o factor monetário muitas das vezes não é prioritário. E que as pessoas querem sentir-se bem, úteis, bens preciosos para as organizações (diferente de ser imprescindível, insubstituível, etc.). Constátamos que as empresas muitas das vezes não ligam ao facto de manter os seus colaboradores motivados, pela simples razão de que utilizam uma estratégia muito transversal na motivação de todos os colaboradores, tratando todos por igual (a pior injustiça a nível colectivo).

Ao fim de um tempo, lancei a questão: Por que não perguntarmos à nossa chefia algo do género 'Diga-me algo que me convença que sou necessária ao dia-a-dia da empresa. Que me valoriza individual e colectivamente'.

Não sei a razão por que não o fazemos (mais ou nunca). Acharemos que o facto da nossa entidade estar a pagar os nossos honorários é mais do que suficiente para nos sentirmos ali...e pronto? Não posso responder por todos, apostaria apenas que a grande maioria das chefias não conseguiria fazer com que o seu colaborador saísse da conversa motivado, com uma ideia bem clara e concreta que havia sintonia e confiança também nas palavras. Uma questão de problemas de expressão? Impacto comunicacional? Também, mas iria mais para o facto de "who cares?".

5 comentários:

Anabela P. Leite disse...

E por vezes para conseguir motivar um elemento bastaría apenas dar-lhe feedback... positivo ou correctivo. Uma palavra apenas faría toda a diferença. Que mais será preciso para algumas chefias entenderem isso ???

Rui Lança disse...

Sim, concordo em absoluto Anabela. Regular, justo, honesto, pequeno ou grande, um feedback é importante, quer como factor motivador quer a funcionar como bússola.

Carlos disse...

Num breve comentário, julgo que no presente momento existem muitos colaboradores que devem ter receio em colocar essa questão às chefias... No entanto, defendo que a motivação é um dos factores essenciais para um bom desempenho profissional e para o bem estar do empregador e empregado.

E sim, existe uma clara falta de feedback do trabalho que se desempenha, muitas das vezes dos próprios clientes. Mas não deixa de haver quota parte de responsabilidade da parte do prestador de serviço ou de um colaborador em relação ao seu superior. Trata-se da falta de comunicação dentro e de dentro para fora nas empresas. Verifica-se em qualquer sector da economia portuguesa. Se esta situação fosse evitada estaríamos certamente com produtos e serviços mais rentáveis. Pois a falta de comunicação falha em situações básicas, facilmente corrigíveis.

Carlos

Rui Lança disse...

Olá Carlos, concordo em muito com o que disse. É bidireccional a falha e o resultado final 'sofre' de todos os lados, perante a falta ou má comunicação, inexistente feedback, despreocupação com o simples acto de motivar. E falamos de coisas gratuitas como o dar feedback por exemplo.

Nuno disse...

Partilha de necessidades, ideias e objectivos; na utilidade que todos devem ter, criar a empatia que servirá de base para todo o trabalho.