Isto é um artigo sobre liderança. Sobre um processo relacional entre pessoas com uma estrutura hierárquica. Num contexto, numa organização, sobre objectivos e sobre relacionamentos. Com processos mais dinâmicos, mais aceites ou impostos, mas é sobre liderança de equipas. Porque não existem equipas sem líderes e não há líderes sem equipas. Posto isto, este é um artigo sobre liderança e como podemos avaliar a liderança de pessoas que têm à sua frente outras pessoas.
Então como podemos avaliar a liderança dos líderes?
Dizia-me um amigo que eu não poderia avaliar a liderança porque não assisto à relação dele com os liderados. É verdade este ponto, mas não se avalia a liderança de ninguém ‘apenas’ pela relação com os seus liderados. A liderança é processo relacional com muito de aceitação – da mensagem, da visão, do conhecimento, das regras, da estrutura, etc. – mas o que não falta por aí são ‘boas’ relações entre o líder e liderados e a resposta ou o compromisso e respeito destes com os seus líderes ser absolutamente nulo. Ou ineficiente.
A liderança é avaliada pela capacidade do mesmo colocar os seus a realizar o que é necessário e do modo expectável, necessário e definido por um compromisso global. Por isso, para determinados contextos há perfis de líderes que mais facilmente flexibilizam a sua liderança para o contexto, os liderados e os objectivos definidos e que sejam exequíveis e realistas. E aqui fala-se muito, mas muito mais, do que conhecimento técnico da tarefa ou do contexto. Muito mais. Fala-se das suas competências comportamentais e na sua habilidade de entender onde está, o que é necessário e fazer essa adaptação e viagem entre o que há e o que é preciso haver para, e atenção, os liderados realizarem o que é definido. Porque um líder não pode fazer a tarefa, pelo menos, de modo regular!
E não, não são as equipas que ganham que têm os melhores líderes. E sim, há excepções e há equipas que vencem campeonatos, negócios ou mercados sem grandes líderes. Mas a regra é que uma equipa que vence um desafio competitivo, exigente, intenso e com tantos 'ses', tem de ser uma equipa com uma dinâmica forte e global (respostas quer a nível individual quer a nível colectivo) e uma liderança eficiente.
Voltando ao início, há bons líderes por empresas do meio da tabela e de outros escalões. Mas há uma grande contextualização ao que são os seus objectivos! E existe eficiência aí.
Para finalizar, a liderança de muitas equipas é avaliada exactamente no comportamento que essa mesma equipa tem, assume, na sua cultura colectiva e no relacionamento entre o líder e liderados.
1 comentário:
Olá, Coach Rui
A liderança também pode ser tóxica. Os estilos de liderança tóxica acarretam consequências muitas vezes drásticas para a organização. Minam a confiança, ferem as redes de cooperação, criam ambientes de "cortar à faca", e matam a iniciativa e a criatividade. Cabe aos gestores mudar este status quo que, muitas vezes de forma silenciosa, vai aniquilando o potencial humano das organizações.
In (Adaptado): Manual de Comportamento Organizacional e Gestão, Miguel Pina e Cunha, rh Editora.
Um abraço
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