Sendo a autonomia uma das características referidas como relevantes e fundamentais para os profissionais e equipas com elevados desempenhos, considero relevante saber como é que a autonomia individual e colectiva pode ser desenvolvida, treinada, como acontece e com que práticas de treino (formação vai perdendo espaço como palavra em si) as mesmas podem ser melhoradas.
É difícil encontrar literatura sobre como se alcança a autonomia individual e colectiva. É pertinente investigar sobre como são os exercícios, métodos, treinos e transferências com esse propósito.
Gosto da ideia de identificar como são planeados, organizados e dinamizados os treinos direccionados para criar, manter ou desenvolver a autonomia nas pessoas. Que tipo de exercícios, como é a relação entre o comportamento do líder e a tipo de dinâmicas.
A questão pode ser: Que tipo de treino e exercícios desenvolvem a autonomia individual e coletiva na perspetiva do líder?
Deixo aqui alguns pontos (sem a referência dos livros, se alguém quiser, é só pedir):
A importância do treino: O treino tem um grande impacto no desempenho das equipas desportivas, já que permitem estar à altura das exigências da competição. O treino para a autonomia deve recriar e potenciar situações que encorajem as pessoas a experimentar, corrigir, estabilizar e inovar processos, decidir e permitir-se errar e para recriar ambientes de aprendizagem deve-se considerar as diferenças individuais.
O primeiro passo para o treino é a análise adequada das necessidades de formação e o que é necessário treinar, para quem e em que tipo de contexto. Saber quais os resultados esperados, a orientação para executar, ideias prévias de avaliação desse mesmo treino e informações sobre os fatores que podem facilitar ou dificultar a utilidade da formação. O desafio de definir tarefas adequadas para a aprendizagem não é uma tarefa fácil, mas a dinâmica ecológica aproxima o reforço de reconhecer as competências que são necessárias para os indivíduos em ambientes específicos de desempenho durante a prática e treino.
Deve-se exigir ao elemento comportamentos continuados de coadaptação com os colegas e adversários e dar-se enfoque aos comportamentos interactivos dos jogadores, permitindo que se auto-organizem e possa existir uma influência de um planeamento anterior, como uma cooperação já definida sob a alçada de restrições relativamente a algumas tarefas, mas não através da voz do treinador.
4 comentários:
Bom dia, Coach Rui
O treino e exercícios devem desenvolver o carisma e a autenticidade.
A pessoa pode aprender a tornar-se carismática se:
1- Desenvolver uma aura carismática mantendo visão otimista da realidade, usando paixão para energizar os outros comunicando com todo o corpo.
2-Envolver os outros de forma emocional com a visão partilhada.
3-Estimular as emoções positivas dos outros.
Bibliografia : Gestão de competências e avaliação de desempenho.pdf _ Ana Junça da Silva _ ISCTE_ ISLA.
Gostei do pormenor da bibliografia :)
Poderia concordar, mas teria de saber o contexto. Até porque certamente as duas coisas são bem diferentes. O carisma...é importante para? Todos? Alguns? Quem faz o quê?
Se falarmos como líderes...até poderia concordar um pouco. Mas atenção, onde se fala da gestão de avaliação de desempenho...já se deveria falar do que se deve desenvolver.
Quanto ao treino e exercícios...eles devem desenvolver o que está em falta, o que é necessário e o que não chega ainda. Carisma e autenticidade...é apenas uma pequenaaaa fatia. Tanta coisa que podemos treinar e aprender. Não concorda?
Bom dia, Coach Rui
Só vou comentar a frase : "Tanta coisa que podemos treinar e aprender."
Podemos investir no desenvolvimento das competências de forma vertical (especialização) ou de forma transversal (multiplicidade de conhecimento). É minha opinião que devemos optar de acordo com as nossas vocações e capacidades.
Saudações académicas
Gostei! É uma das abordagens possíveis! E uma diferença no conteúdo das nossas trocas de opiniões! Saudações académicas!
No scholar da google tem muita coisa.
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