Assim lideras, assim competes!
Diz-me como te lideras, dir-te-ei como competes!
Antes de pensar em treinar ou liderar alguém, tens de treinar primeiro uma das peças fulcrais em todo o processo: Tu! Saberes como és, o que fazes e como o fazes. O processo é cada vez mais analisado por tudo e todos. E deve começar por nós esse treino, auto-análise! Liderar é muito mais que dar orientações, ser exemplo ou dar respostas a quem precisa de ajuda. Liderar é influenciar alguém de como se entrega à tarefa, do estado de espírito que a pessoa e uma equipa apresentam durante o treino e na competição. É dar confiança, é criar impacto com o que diz e como o diz, é tomar boas decisões, é ser-se capaz de ser mais emocional quando é necessário ou ser mais racional. Às vezes é estar lá, outras vezes é sair para libertar e delegar.
Liderar é também criar autonomia! É conseguir que o outro ganhe as competências necessárias para que no momento da verdade, esteja pronto para superar os desafios e os constrangimentos de uma prova, de um jogo ou de um projecto. Não há lideranças perfeitas nem há receitas. Mas há comportamentos e detalhes que funcionam mais vezes do que outros. E há os erros que levam as duas partes até ao fundo.
Como tu és influencia em muito o teu desempenho. E o teu desempenho e como tu o executas influencia as pessoas à tua volta, especialmente, se fores o líder das mesmas. Daí considerar que o primeiro passo, mais do que querer ganhar o mundo, é saber com o que tu podes contar na principal pessoa que tens poder de mudar: tu!
O que treinar?
Motivação:
Ser mais autodeterminado do que os outros. Implica ser alguém com uma grande
capacidade de se automotivar. Porque se numa equipa está incumbido que o líder
deve motivar os outros o inverso é uma cultura que se vai criando aos poucos. E
saber como motivar os que estão consigo e perceber que o que funciona com o
indivíduo x pode não funcionar com o y. E que o que funciona com x num dia
pode não funcionar amanhã.
Comunicação:
Se dizes e os outros não entendem é porque não disseste. Se fazes e eles não
compreendem é porque não fizeste. O como comunicamos passou a ter tanta
importância como o conteúdo! É urgente trabalharmos a nossa clareza, o impacto
e que meios utilizamos para as mensagens chegarem aos outros.
Gestão
de emoções: As emoções, mais nuns do que em outros, têm influência sobre a
nossa capacidade de recolher informação sobre o que se passa à nossa volta e do
que temos de fazer para atingir o objectivo.
Tomada
de decisão: Não há ‘não tomadas de decisão’! Passamos a vida a decidir mas
não temos a mínima noção de como o fazemos. Precisamos de mais tempo? Somos
mais pragmáticos? Porque não treinamos? Porque não compreendemos como
funcionamos?
Foco:
É fundamental! As distracções, os conflitos, o ruído, o cansaço, as emoções,
tudo nos pode dificultar a mantermos o foco! A capacidade de perdurarmos o
nosso foco é das competências mais fantásticas e que mais diferencia os que
vencem mais vezes!
Autonomia:
Ser autónomo e proporcionar autonomia! Delegar, partilhar, descentralizar e
formar à nossa volta competências para que outros possam assumir a liderança do
processo e das tarefas. Só isso nos permitirá focar-nos noutros campos que nos
possibilitarão ter mais conhecimento e ferramentas.