Coach do Coach

Os melhores profissionais e as melhores equipas têm um denominador comum: serem peritos nas competências intra e inter que perfazem as relações interpessoais entre todos os objectivos, as ferramentas e os meios.


domingo, 2 de junho de 2013

Como é que as pessoas e as equipas ganham autonomia...

Durante a formação na Un. da Beira Interior fui confrontado com uma questão, para lá de muito bem apresentada, extremamente pertinente: “Acredito que a autonomia possa ser aquilo que também diferencia uma equipa normal de uma excelente equipa. Então como se processa essa implementação da autonomia das pessoas e nas equipas?”

Bem! Mais do que o processo…referia que existem para mim três pontos anteriores e fundamentais:
- Existir contexto: na verdade, existem mercados e tarefas em que a autonomia não se propicia e provavelmente iria estragar a dinâmica já criada e que funciona bem para aquelas tarefas e contextos, como os call centers, serviço ao público por exemplo no fast food, etc.

- Quem estará incumbido no processo de liderar e estar próximo das pessoas e equipas que serão alvo do processo de autonomia estar realmente predisposto para que as suas pessoas e equipas adquiram autonomia, porque a autonomia retira o foco do líder e dispersa-se por outros colaboradores e resultados. Esta perda de mediatismo não é muitas das vezes bem encarada em termos implícitos nas lideranças.

- A autonomia tem imensas vantagens, especialmente se for adquirida e assimilada. Mas potencia também uma maior responsabilização dos colaboradores pelas suas tomadas de decisão, tarefas, bons ou maus resultados. E na verdade, nem todos querem essa responsabilidade, preferem muito mais a segurança de estarem dependentes de quem lhes diga o que fazer do que a liberdade e risco de decidir algumas das suas acções.
Passos? Depois destes três pontos, diria que é preciso definir bem as consequências positivas do processo. De sub-metas para que as pessoas que não as consigam superar percebam o que lhes pode acontecer. Aos poucos, e com uma rede para as possíveis quedas, as pessoas começarem a decidir e a compreenderem o processo de decisão / acção / autonomia. A motivação para que esta mudança aconteça acontecerá quase sempre com um farol bem visível: consequências extremamente positivas do que é estar autónomo e trabalhar numa equipa com autonomia.

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