Há algum tempo li um pequeno texto sobre esta temática. A pergunta que era semelhante. Afirmava que não existiam treinadores ideais, muito menos um perfil único de treinador. O tipo ‘super-homem’ que sabe tudo e nada o perturba não passaria de um modelo ou produto imaginário criado e alimentado por alguns agentes.
Não posso estar mais de acordo. Ain...da se mantêm algumas ideias muito cimentadas que alguns treinadores ganham tudo e em todo o lado. Dá uma certa ideia que ganhariam com várias equipas. E com quaisquer atletas independentemente dos seus contextos e adversários.
Errado! O treinador ideal para tudo não existe. Também não existem os líderes para tudo e qualquer coisa. Muito menos os gestores. Existem um conjunto de comportamentos e características intra e interpessoais que aumentam a capacidade da pessoa que lidera atingir com mais eficácia os (seus e os colectivos) objectivos. Algumas empresas sabem-no bem e levam isso à letra, substituindo por vezes um líder com excelente capacidade de concretizar objectivos, que alcançou muito e fez estar uma equipa ou a empresa onde ela está.
O treinador sobrevive pelos resultados, por isso, raramente um treinador que atinge resultados é afastado (raríssimos mesmo). Pode duvidar-se do seu valor, contestar-se métodos e a sua própria liderança, mas ele respira e vive dos resultados. Outros – por muita qualidade que queiramos atribuir-lhe – não sobrevivem à falta de resultados e são afastados. Quem os afasta não liga muito ao contexto, adversários, especificidades individuais da equipa. Sai e pronto.
Há um certa corrente ideológica que coloca nos píncaros alguns líderes. Poucos analisam as condições em que os mesmos ganham as suas vitórias. Na verdade ganham mais aqueles que têm melhores condições dos que têm menos condições. Aos que têm muitas condições e perdem chamamos-lhes incompetentes. Por alguma razão lhes chamamos surpresas aos que não se esperava ganhar (cont.).
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